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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Maturidade política é para poucos

Qual é a coisa que mais gosto de falar?
Qual é? Qual é? Isso aí, friend. Política.
A política de Jacobina vive dias parecidos uns com os outros, pelo menos no que diz respeito aos dez últimos anos, contudo, o que especialmente me traz aqui é a postura de dois vereadores: Carlinhos da Caixa e Milton da Natureza.
Acabo de chegar de uma audiência pública na câmara de vereadores da nossa cidade onde discutimos – ou discutiram – um projeto de Lei enviado pelo Executivo visando um financiamento de pouco mais de quatro milhões para o geoprocessamento da cidade. Significa dizer, muito leigamente falando, que programas de computadores e pessoas da empresa vencedora da licitação irão cadastrar todas as casas, terrenos, empresas, ruas e outras ‘cositas más’, com o objetivo de dinamizar e impulsionar a administração pública.
Foram apresentadas várias vantagens e desvantagens, como por exemplo, uma maior justiça arrecadatória para o município e a dificuldade de se pagar esse financiamento, já que existem débitos a serem adimplidos pela PMJ, respectivamente.
Em meio as quatro horas de discussão, muitos vereadores se manifestaram. Uns passaram despercebidos, outros não deveriam nem estar ali, ao passo que outros acham que ali é a hora do recreio. Mas como diria Xand, o recreio acabou, amigo!
Dois, especialmente dois me chamaram a atenção.
Fui poucas vezes na câmara de vereadores daqui, mas tive hoje uma grata alegria em ver Carlinhos da Caixa e Milton da Natureza falando.
Carlinhos, elegantemente, se mostrou como oposição da atual gestão, mas disse fazer uma oposição criteriosa, sadia e que pensa no coletivo, de forma que de jamais votaria contra o projeto enviado pelo executivo, visando, sobretudo, uma política fiscal e arrecadatória que beneficiará somente o próximo gestor.
Já Milton da Natureza se mostrou também a favor do projeto, mesmo discordando da forma em que o prefeito vem gerindo a coisa pública. Mas, mais que isso, trouxe a discussão (encabeçada pelo Dr. Professor José Alves – UNEB), de que seria mais viável – economicamente falando – e muito mais interessante que os profissionais da UNEB fizessem este trabalho, pois seriam estes altamente gabaritados e conhecedores da nossa região. Conheceriam os alunos e professores todos os becos e vielas da sede e dos distritos, o que facilitaria todo o trabalho que nos foi apresentado por professores (também supergabaritados) da Universidade Federal de Viçosa/MG.
O que me deixou feliz na postura das duas figuras que falo pra vocês foi a maturidade política, a responsabilidade com o social, a preocupação que tiveram em buscar uma nova maneira de se arrecadar para o Município, já que vivem os prefeitos com pires na mão no DF, esquecendo, para tanto, suas ideologias políticas e divergências políticas/partidárias.
No final da audiência, subi a tribuna e cumprimentei Milton da Natureza dizendo exatamente o que disse a vocês agora, reforçando apenas o seguinte:
- Tenho orgulho em ter votado em você em 2012.
Abraços, meus leitores ausentes. Na próxima faço chamada.

Bjs!