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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O lugar também vai morrer

Hoje de manhã amanheci pensando em como as coisas e lugares também morrem.
Com certeza deve existir frase e texto em torno dessa reflexão, mas nunca tinha me atentado com toda cautela como aconteceu hoje.
Minha infância teve de tudo. E por isso eu sou um bom contador de histórias passadas. Pelo menos os colegas da Faculdade diziam. Os do Yolanda talvez não suportem mais. Os de rua talvez me ajudem a contar. O de escritório um dia vai se cansar.
E é por isso que a gente vive em eterna mudança, conhecendo novas pessoas para que elas possam morrer, indo a novos lugares para que eles também possam morrer.
A morte do ser humano para nós uma merda. Você perde o contato direto. Não ouve mais a risada, o choro, as pirraças, as brincadeiras e as manias.
E dos lugares? Do que a gente sente falta?
Treze anos atrás (eu conto história que aconteceu uma década atrás, o que significa que estou ficando velho), minha Tia Nã morreu. Ela era tia de Gi, que vocês tanto conhecem. Então, seria minha Tia também.
Como nossa infância foi lá e ela não está mais entre nós, deixamos de ir, de passar as férias, de ver os pintinhos nascerem dos ovos das galinhas, de regar as plantas, cozinhar licuri, andar de jegue e cagar no mato.
O lugar simplesmente: Buum!!Também morreu!
Os galhos secos, as arvores pedindo socorro, a casa agora é abrigo de morcego, jegue aprendendo a comer malva, etc.
Recentemente outra tia, dessa vez de sangue, também faleceu. Morava na Jacobina III e às vezes, não com muita frequência, eu também ia lá.
Hoje passo perto da Serrana e o volante meio que dá uma puxada para a esquerda, querendo entrar na avenida que dá acesso a Jacobina III. Eu resisto e sigo direto.

É que ainda estou em processamento. Aquele lugar também vai morrer.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Os encostos de Jacobina e as encostas de Salvador




Dia desses brinquei no meu Facebook dizendo que nas eleições de 2018 para Governador da Bahia, ganharia quem fizesse mais encostas, já que em 2016 não teria graça. Quis dizer que ACM, o Neto, ganha fácil.

É que Salvador é uma cidade desordenada no subúrbio, fazendo com que as pessoas se instalem em locais inseguros e inapropriados, não porque querem, mas porque a história explica. Tomara que o Secretário e pretenso vice-prefeito de Salvador (Bruno Reis - PMDB), não diga que é porque eles querem.

Rui Correria (Costa – Governador da Bahia) vem fazendo propaganda exagerada, dizendo que mais de 200 milhões de reais estão sendo empenhados nas encostas de Salvador, oferecendo mais segurança e comodidade aos moradores.

Neto, o pequeno pônei mais desenrolado da América Latina, não fica atrás. Vem visitando a cidade baixa e também realizando obras por onde quer que o bolso e a saúde financeira da Prefeitura permita.

O que me traz aqui é uma comparação que fiz dirigindo e meio tomado pelo efeito do café que tomei logo cedo, pois em Salvador ganha quem fizer encosta. Já em Jacobina, quem tiver menos encosto.

Em Jacobina, amigo, precisa de Político que não tenha encosto, que tenha coragem de dizer NÃO!!

Nas eleições do ano passado para Presidente eu me encantei com um vídeo de Eduardo Campos, dizendo em alto e bom tom (nunca sei se é bom som ou bom tom) que diria NÃO a determinadas pessoas. Que estas seriam OPOSIÇÃO!

Em Jacobina tá faltando homem com essa disposição.

Em 2012 Rui deu um chute nos ovos de Juliano Cruz, tirando-o da Vice e colocando Fagundes. Leopoldo não perdeu tempo e logo trouxe para o grupo. Foi candidato a vereador e levou um não da população.

Não também foi dado, nas urnas, para Jasson e para Cristiano Teti.

Vejamos então, qual a contribuição estas figuras podem oferecer pra Jacobina? Respondo com a maior tranquilidade que pode existir:
Nenhuma!

Digo isso sabendo, inclusive, que duas foram levadas pelo próprio Fagundes (Jasson e Teti), contra a vontade do Prefeito.

O Secretário de Obras da cidade, por exemplo, em outros tempos, foi Secretário de Saúde. Hoje está na gestão por um pedido político de cima, para não ficar desempregado. Dessa vez não é culpa de Fagundes. Robério Wanderley, que ano que vem pedirá voto para o candidato de Leopoldo, não tem culpa. Todos temos contas a pagar.

As eleições se aproximam, os encostos também.

Em todos os grupos existem pessoas malucas, irresponsáveis, que falam demais, agem no impulso e meio que traz imagem negativa, mas é muito difícil se desfazer destes cabos.

De outro modo, se afastar dos encostos da política jacobinense é algo urgente, que ajudará, e muito, aquele que queira se eleger no pleito de 2016.

Sorte e coragem aos candidatos, lembrando, sempre, querendo ou não, gostem ou não, podem espernear, as eleições municipais de Jacobina dependem diretamente de Rui Macedo e Leopoldo.


Candidato: diga não ao encosto!

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Rapidinhas das prévias em breve

Nas eleições de 2012, pós resultado e a vitória - e que vitória - do 15 (Para Reconstruir Jacobina), eu fiz alguns comentários que chamei de "Rapidinhas das eleições 2012". Bombou di'cum força!

O Bahia Notícias, com o brilhante Zeca de Aphonso, faz parecido semanalmente com algo chamado "Curtas do Poder". Ele, com toda sua sapiência, nos anima com os detalhes dos bastidores da Assembléia Legislativa, Câmara Municipal, Palácio Tomé de Souza e também o de Ondina. 

Ainda estamos faltando mais de um ano para as eleições municipais, contudo, já teria bagagem pra novamente fazer algo como em 2012. 

Vou pensar bem direitinho porque tem algumas coisas pesadíssimas. Prefiro que o efeito desse café que tomei agora há pouco vá embora,



sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Na calçada de Mipibu



Zé Fagundes velho forte
Trinta dias de hospital pode aguentar
Mas logo, logo vai pra Mipibu
Pra na sua calçada o povo acenar

A gente já tá até acostumado
Essa não é a primeira vez
Vive nos assustando
E a família segue orando
Para revê-lo outra vez

Chega logo sete de setembro
As passagens Sara vai comprar
Vou até comprar uma calça nova
Para no seu aniversário poder entrar

Avisarei também a Ricardo
Que é pra mode seu bem
Se queres participar
Se adeque ao velho que beira e chegará aos cem

Escrevi esse poema (?!)
No teleférico de Montjuic
Estou aqui na Eurotrip
Vixe que negócio chique!

Agora vou m'imbora
Algumas roupas pra lavar
Porque amanhã tem Amsterdã
O que será de mim nesse novo lugar?

Se alguém puder ler para Vovô
Muito feliz ficarei
Pois foi a forma de falar
Que muita saudade sentirei

Bem de pertinho, cá no aparelho
Cleuber manda um abraço
Pedindo que o espere
Para que dê outra benção no velho bom de cordel
Bom de namorador
Coisa de sangue
Herança que não se divide
Que me perdoem os que brigarão
Mas esse sobrenome não é pra quem quer não.



Cleuber Fagundes, 11 de maio de 2015. Barcelona, ESP.