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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Terra Payayá - Cena Cruzeiro - Henrique e Duda


Com direção de Mário Silva, os atores Cleuber Fagundes e Jéssica Liz gravaram nesta tarde de segunda-feira cenas do filme Terra Payayá, com roteiro de Corino Alvarenga, direção de fotografia de Wilson Militão, direção assistente de Ivan Aquino, contrarregra Rosa Menezes e co-produção de Isa Cedraz.

Jéssica Liz interpreta Duda e Cleuber Fagundes vive a personagem Henrique, formando o casal jovem do romance, que conta com a participação especial dos atores globais, Júlio Oliveira e Maurício Silveira, Tânia Toko, de Ó Paí Ó, e do forrozeiro Adelmário Coelho, além de dezenas de atores do Grupo de Teatro Dionísio Artes.

As gravações deste mês vão até o próximo domingo.

Foram gravadas até agora 20 cenas de um total de 60 e as filmagens deverão estar concluídas em dezembro deste ano, enquanto o lançamento do filme Terra Payayá irá ocorrer em 2012.

O filme conta com apoio da Petrobras Cultural, Grupo Yamana, Secretaria de Cultura da Bahia, Polícia Militar do Estado da Bahia, Hotel Serra do Ouro, Rancho Catarinense Quilo e dezenas de empresas do comércio de Jacobina. Da Redação


Fonte: www.brasilc.com - CORINO URGENTE

23ª ExpoJacobina


Começa hoje e vai até domingo a 23º ExpoJacobina -
Quero inclusive parabenizar aos guerreiros da organização que se propuseram a enfrentar os vários obstáculos pra chegar a esse nível de estrutura e serviço prestado. João Dias, Zezinho da Mami, Sávio Valois, Vlamir, Luciano Galo e cia!

Leilões de Mangalarga marchador -
Comidas típicas -
Gir Leiteiro -
As melhores raças para corte -
Estrutura digna da nossa cidade -


Prestigiem! Eu não vou perder!

domingo, 18 de setembro de 2011

Seu ‘Valdé’ e as aulas de violão




“Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez... eu sei!!!
Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem”

“Se quiser alguém em que confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança”

Quando pequeno, por mais estranho que pareça - por ter um gosto musical diferente - era essa a música que eu gostava e queria fazer aquele solo no violão.
Aperreei papai um bocado até ele providenciar um professor. Como santo de casa não faz milagre, eu mesmo arranjei.
Seu Valdé. Esse era o nome do meu até então professor de violão.
Morava na ultima rua da caixa d’água, perigoso bairro de Jacobina, com muitos desempregados, jovens sem famílias, portanto, foco de muita droga e violência. Sejamos claros!
A primeira aula eu fui sozinho, subi as escadas ali na esquerda da Igreja da Conceição morrendo de medo, com um pequeno violão, capa branca, emprestado do amigo de papai, conhecido como Raimundinho. Bati as mãozinhas na grade da casa e ouvi uma voz mandando subir. Subi meio encabulado e me apresentei falando baixo. Ele perguntou se eu não era homem pra ta falando daquele jeito. Dei uma risadinha sem graça e fomos pra garagem, conhecer o nosso local de aula. Muitos violões, guitarras, cavaquinhos, instrumentos de percussão, máquinas. Ele, além de músico, realizava consertos. Sentamos e começamos a conversar do jeito que ele gostava. Tinha uma aparência agradável. Velho, cabeça branca, moreno, sergipano. Perguntou por que queria tocar violão, qual estilo eu gostava, se não era fogo de palha. Completou dizendo que eu sairia dalí sabendo um pouquinho do que ele sabe, o que pra mim já bastava. Cheguei ao colégio encantado e contando aos amigos da novidade. Logo atraí o interesse de outros amigos, que ainda não tinham se manifestado.
Ainda na primeira semana de aula, não mais encabulado, levei um CD e pedi pra ele ouvir a música de Renato Russo, pra minha surpresa, a primeira vez que ouviu, conseguiu fazer o tão sonhado barulho que eu nunca consegui aprender. Solava de um jeito engraçado, rindo da minha cara, como se eu estivesse prestes a conseguir. Eu, com a boca aberta, me surpreendia e ficava olhando pros dedos dele, que ia mudando de nota em nota, querendo decorar pra repetir e finalmente aprender. Sem sucesso, eram muitas pestanas pra um iniciante.
As conversas eram puxadas pro sertão, pro Nordeste. Ele dizia que eu era ladrão de jegue lá de Tobias Barreto, interior do SE. Me agradava, a gente ria um bucado.
Os dias passaram e eu ganhei um parceiro de aula. Era o meu amigo Matheus Brasil. No primeiro dia de aula ele já chegou à oficina/sala de aula bagunçando, tocando o terror, o timbau, repelique, me trazendo sérios problemas. Na primeira oportunidade que Seu Valdé teve ele me chamou a atenção pra regular o “cabeludo”, como ele gostava de chamar. Criei coragem e dei algumas dicas ao meu parceiro de violão. Aprendemos seqüências, algumas músicas simples, até brincamos uma vez lá na porta de casa, tocando “Asa Branca”. Ele solava e eu fazia a base. O cantor era papai, todo besta. Lulinha e Luquinhas também chegaram a fazer duas ou três aulas, mas não deram seqüencia.
Era muito bom, mesmo subindo a escada do Coliseu às três da tarde. Tinha um cachorro da rua que a gente chamava de “Baleia”. Quando acabava a aula a gente não queria ir embora, queria ficar brincando com os instrumentos. O jeito era botar “Baleia” pra correr atrás da gente. A carreira era grande. Os risos maiores ainda.
Dezembro chegou e a gente encerrou aquele ano “letivo” com nossos violões.
Com o ano seguinte já na ativa, tenho hoje a impressão que o fogo que ele havia me perguntado no começo do ano e da história, tinha se apagado. Sem dar satisfações que teria saído, papai me pegou pelo braço, botou dentro da F1000 e fomos lá, falar que não mais iria ter aulas. Desistiria então do sonho. Como sempre, Seu Valdé me abraçou e disse que tava me esperando qualquer hora e que nos encontraríamos pelas ruas da cidade.
Meses depois ele adoeceu, a desgraçada da diabetes pegou ele de jeito, amputou o dedinho do pé. Tive na casa pra visitá-lo, mas poucos dias depois ele faleceu. Como era membro assíduo da igreja, músico e super popular, foi velado na casa das freiras, no bairro do Leader.
Eu nunca gostei desses lugares, mas eu tinha que ta ali, dando o ultimo adeus ao meu amigo. Quando a tampa do cachão foi colocada, olhei pra Matheus que abraçava a mãe dele de um lado e eu mamãe do outro. Choramos juntos a ultima visita ao nosso eterno professor de violão, o sempre prestativo Seu Valdé. Hoje eu sei malmente fazer um dó maior. Mas é pegar num violão e lembrar do meu mestre. É tocar Asa Branca e lembrar do meu professor. É ouvir Renato Russo e não querer mais saber mais daquela música, mas é reviver aquela cena. É ver Matheus destruindo na guitarra e lembrar do nosso pra sempre amigo.

sábado, 17 de setembro de 2011


Depois de um bom tempo sem escrever, venho hoje aqui com a real necessidade de expor uma sensação.
Agora há pouco tava no facebook, a mais nova sensação das redes sociais, conversando com Neuminha lá do Caém.
Ouvi falar muito dela quando Raonne dizia:
- Ei pow, vem aqui pro bar de Pingo! Tá cheio de nega aqui...
Eu saía de Jacobina e ia, caindo nessas ondas de Raonne. Chegava lá só tinha a pobre da Neuminha sentada com os meninos todos.
Hoje ela me pegou de surpresa! Com uma ressaca amarga da Brahma terrível de ontem, ela me surpreendeu dizendo do nada:

"Poww, Keu... Raonne me falava um bocado de tú... mas eu não sabia que era tão gente boa não!"

É, uma besteira pra quem ler... aparentemente!
Mas é uma sensação muito boa receber um elogio, ter o respeito de outra pessoa. Acho que estamos precisando disso...

Na foto dois grandes amigos do Caém -
Raonne e Reurys - Gosto muitão dos dois!