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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Votar de graça?


Vem se aproximando o grande momento, as eleições do dia 3 de outubro onde escolheremos nossos deputados, senadores, governadores e presidente. Thiago Pellegrini Valverde caracteriza o voto como o "verdadeiro exercício da cidadania, a maneira mais eficiente e cristalina de exercício da soberania popular". O que vem a ser SOBERANIA? É aquele poder absoluto, inquestionável, supremo. Você tem essa soberania, essa supremacia e a faculdade do voto, podendo fazer valer através do seu voto uma esperança e um novo rumo pra uma suposta mudança. John Locke dizia que o governo não deveria pertencer ao príncipe, mas ao povo, que seria, na verdade, o único soberano. Nunca ouviu falar que o poder emana do povo? Mas, afinal, qual a importância do voto? O que ele efetivamente muda na vida das pessoas? O que têm a acrescentar? Vivemos um momento de mudanças, de grande expectativa e aspirações nacionais. O voto é nossa arma mais poderosa para mudar um País.
Dia desses ouvir dizer por aí que o único que votava de graça era "Fagundes". Seria esse motivo para me orgulhar ou mais uma indagação a ser feita?
O ato da democracia é baseado em alguns princípios tais como a igualdade, a liberdade, a legalidade e o direito de oposição. Oposição! Isso ele sabe fazer, e bem! O ato de se opor a alguém não perpassa pelo sentido de atingir, aperriar, atrapalhar ou destruir algum trabalho que venha a ser feito e sim, cobrar em prol do tão bem comum, por mais restrito que seja o lugar. Acho que nos falta esse sentimento de nacionalismo, pois, como bem disse Thiago Pellegrini Valverde (Professor de Direito Constitucional, Administrativo e Direitos Humanos e Mestrando em Direitos Difuso) só reconheceremos o valor da democracia quando depois de violados ou conculcados, durante repressões, ditaduras ou terrorismo.
Dia desses ouvir um causo, coisa que gosto muito!
Interior de Minas Gerais, pacata cidade na época dos coronéis e dois líderes políticos, sendo eles compadres. Um dos, com algumas crises locais, teve que fechar o seu armazém, fonte de renda da família, ficando devendo então, duas duplicatas para o compadre que seria o outro líder político. Na tentativa de sanar a dívida ele propôs:
- Rasgue as promissórias e venha pro nosso lado.
O outro senhor, indignado, respondeu inteligentemente:
- Compadre, pensei que o senhor me conhecesse...

Quero então ficar para sempre votando de graça.

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