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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Que coisa feia, tio Edvardo.



Dei início hoje pela manhã ao meu segundo congresso jurídico. O primeiro, discutimos as novas teses das ciências criminais. Nesse segundo, um pouco diferente, falaremos dias 13, 14 e 15 de setembro sobre as mudanças do CPC.
Com os mais variados temas, uns estranhos, outros comuns e habituais da sala de aula, serão mais de 20 horas de puro civil.
Grande nomes, grandes mestres e algumas decepções.
Ada Pellegrini falou sobre prescrição e decadência nas ações de improbidade administrativa. Um sono só...Pode ser renomada como for, mas entrou no rol de juristas que estão no folheto de palestras para atrair a atenção do cliente/estudante.
Humberto Theodoro Junior, o qual tenho o prazer de ter uma obra sua, foi pra mim, morno, monótono. O que a gente menos quer saber nesses congressos é de histórica, aristocracia, parlamento de mil seiscentos e lá vai bolinha...sei da importância (ou não), mas sinceramente, é preciso dinamizar esse tipo de encontro.
O que me traz aqui é a presença do meu querido “Edvardo meu fiu”. Nada mais, nada menos que o nosso vice-prefeito de Salvador e candidato a vereador, Edvaldo Brito.
Entre um intervalo e outro, Igor o-avistou e não acreditava no “tamain do negão”. Animado, fui cumprimenta-lo e não perdi a oportunidade de dizer:
- Bora meu vereador!
Um aperto de mão firme e um pedido de apoio.
Depois das apresentações dos presidentes de mesa e o famoso “sem mais delongas”, que é demorado pra caralho, Edvaldo pegou o microfone começou seu showmício.
No começo ele arrancava algumas palmas entre um pause e outro, mas logo se percebeu que naquela palestra sobre direitos reais e seus direitos “res nullius” e “res derelicta”, ele aproveitava a oportunidade e se valia das suas armas políticas. Dedo pra cima, voz quase falhando, falando sem pause, supervalorização da juventude, batidas firmes no peito e mais uma vez palmas e mais palmas, sempre puxadas por uns que estavam lá na frente. Entendi como assessores ou “cabra-eleitorais”.
Falava repetidamente que era filho de pedreiro e de lavadeira. Falava repetidamente que era um “negão ousado” que tem orgulho de ser advogado e que em São Paulo foi discriminado.
Enfim, Edvaldo utilizou do nosso palco do centro de convenções pra se autopromover, para entregar um plano de aula com suas qualidades em letras garrafais e esquema de direito minúsculo.
Eu fiquei extremamente chateado com a situação. Comício eu vou de livre espontânea vontade. Congresso eu pago pra assistir. Edvaldo Brito, o jurista e político eu admirava de corpo e alma. Saí do STIEP um pouco retado com o comportamento do nosso futuro vereador e advogado até a morte.

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