Eu formei em bacharel em Direito
pela Unijorge em dezembro de 2014. Em fevereiro colei grau institucional e,
somente agora em abril, foi aquela solenidade. A festinha superfaturada que a
gente faz, convida a família, os amigos e joga o chapéu lá pra cima. Eu não
joguei. Tinha que devolver na segunda e não tava no clima de sair procurando
feito um doido, mas, enfim.
Fiz 25 convites e deveria ter
feito 50 ou 100. Muita gente que eu queria que recebesse ficou sem saber. Era
também uma oportunidade de tá divulgando minha imagem para a campanha de
Estadual. Fiquei lindinho na foto.
Muita agonia antecede essa
solenidade. Seja a parte financeira, quitando as parcelas, seja a burocracia da
empresa e a quantidade infinita de recados pela Comissão, ou até mesmo a logística
de viagem da família e dos amigos.
O que me traz aqui hoje,
escrevendo rapidamente antes que Roberval (cliente) chegue, foi a presença dos
meus amigos na solenidade.
Pode parecer algo bastante normal
ter amigos na solenidade, afinal, eles sabem, vivem a luta e devem prestigiar
esse momento.
As fotos foram feitas, o mestre
de cerimônia chegou e nos acomodamos. Os nomes iam sendo chamados e eu tentava
achar o meu povo. Salvador vivia uma semana chuvosa, de engarrafamentos, de
transtornos e cancelamentos de eventos, por isso até mesmo formandos estavam
ausentes.
Eu acho que ia entender caso eles
não tivessem ido, mas tinha Arthur (sócio – depois conto a vocês) e Heitor, meu
querido amigo Thola. A cruzada de perna dos irmãos Maia é inconfundível. Já
estava seguro e pensei: “Eles vieram. Que massa!”. Digo isso porque Arthur
tinha uma audiência em Itapoã 17:30 e Heitor tinha num sei o que pra fazer na
faculdade de medicina dele. Ele agora só quer saber de ser médico. Até pra
tomar uma é o maior trabalho do mundo.
Alguns minutos passaram, meu nome
foi chamado e disseram que eu era o “Playboy do interior”. Aquela
brincadeirinha que fazem quando chamam algum nome, sabe?! Apois...Entrei com a
música do Saia Rodada “Doutorzinho da mulherada”, cumprimentei meus professores
homenageados, esqueci de dar a mão a “Edvardo meu fio” – foi sem querer – e esperei
por meus pais. Recebi os parabéns e voltei para a minha cadeira.
Já na cadeira, avistei láááá na
entrada do salão três pessoas. Caps, Daniel e Maíra. Eles entraram por uma
porta meio agoniados, saíram e voltaram pela outra. Desta vez se acomodaram e
encontraram com Heitor, Arthur e Jéssica. Eu tentava acenar, mas eles não
respondiam. Estavam fazendo o que eles sabem de melhor. Cochichar, fofocar,
falar quando não deve. Quando finalmente me viram dando com a mão, eles sorriam
infinitamente, me davam com a mão e Jéssica levantou uma bolsa de viagem.
Aquela bolsa significava que ela tinha acabado de chegar de viagem. Significava
que ela tinha vindo para a minha solenidade, que tinha deixado muita coisa para
trás e que poucas coisas a impediriam de estar ali. As lágrimas, contidas,
vieram. Não pude evitar.
Não só ela, mas Caps e Dips.Eles
também vieram de Jacobina, deixando um monte de coisa para poder estar ali,
vendo se era verdade que eu tinha formado.
Lembro agora que durante toda a
semana eu ligava pra Caps para confirmar a sua vida. Era importante que ele
tivesse aqui comigo. Sou seu amigo, seu advogado, seu parceiro, seu peixe. Ele
vinha de moto e, como já disse, a Bahia tem chovido muito. Moto seria
arriscado, ruim de viajar e a mãe dele poderia dificultar. Ainda assim ele
veio. Foi uma surpresa e tanto.
Já Dips sempre soube que viria.
Ele não era louco de faltar. Seria imperdoável. Perdão esse que daria a Rafael,
porque estava em Iraquara, na Chapada. É uma cidade longe, então, mesmo ele que
fez parte de toda a minha luta, meu sofrimento e também vitória em Salvador, eu
desculparia caso ele não viesse. Mas a vida é feita de contrariedade, de
surpresas e de emoções que ficam na memória. O filho da puta veio da casa da
porra e pôde me dar um abraço e os parabéns. Ele é louco, inconsequente,
imaturo, mas eu gosto pra caralho.
Os outros que estavam em Salvador
tinham a obrigação, então, sofram! Não escreverei sobre vocês.
Um muito obrigado a todos! Vou
indo. Roberval parece que bate a porta.
Não fui! Mas tb não fui convidada (então tudo bem, mais ou menos)
ResponderExcluirNão fui pra a solenidade, e essas palavras fizeram eu me arrepender! Rsrs! Deveria ter dado um jeito de ir, mas mil palavras de desculpas agora não farão diferença! O que desejo pra tu não muda, lá ou cá...uma vida de sonhos concretizados e muita felicidade, em primeiro lugar! Tenho orgulho de ver a pessoa que vc se tornou e o potencial que ainda tem pra desenvolver! Bjos, Cindi! 😊
ResponderExcluirNanaíra, vc faz parte daqueles que queriam comigo se fosse fazer do jeito que eu desejava. Fico devendo a parte material da coisa.
ResponderExcluirCindi, muito obrigado. O que você me deseja não muda mesmo não. Obrigado por ter ido, participado e comemorado com a gente. Você e Maíra são duas irmãs entronas! rsss
Mil beijos pras duas.