Pra quem andava sumido, aparecer duas vezes numa única semana, nada mal. Anda sem processo pra fazer e tomar conta? Não. Pelo contrário. Mas é quando nos falta tempo que a gente sabe administrar melhor.
Venho aqui hoje por três motivos. O primeiro é que fui cobrado por uma amiga das postagens. Segundo ela, não sou dos mais assíduos blogueiros, já que ela volta e meia aparece aqui e nada tem de novo.
Então vamos lá.
O segundo motivo é que hoje logo cedo viajei pra Saúde. Estamos fazendo audiências pra OI em Jacobina e algumas cidades da região.
Quando, nos fóruns ou ruas da vida, alguém menos esclarecido nos vê de paletó, logo pergunta se somos advogados e se podemos ajudar. Como de costume, sim, sempre posso ajudar, mesmo que algumas vezes desconfiado daquela ajuda.
Dei algum tipo de resposta pra o interessado e disse que não, não era quem ele procurava, estava ali para representar a OI.
Logo despertei a atenção de um senhor que poucos minutos atrás tinha se sentado ao nosso lado.
- Então é com você que vou brigar hoje?
- Não...não brigo com ninguém não. O senhor que vai fazer a audiência da OI comigo?
- É, tive que fazer isso. Não gosto de desrespeito, e eles não foram leais comigo...
A partir daí a conversa de alongou e vi que se tratava de um senhor de 92 anos. O seu nome não tô lembrado agora, mas o sobrenome era Figueiredo. Era um Oficial da Polícia Militar aposentado em São Paulo.
Sei lá o que aquele cara aprontou durante toda a vida, como era a sua relação com seus filhos, netos e esposas, já que ele tava em seu terceiro casamento.
O curioso é que dos três casamentos, um chamou mais atenção. Segundo ele, foi o grande amor da vida dele, a mãe dos filhos, uma Rainha e que ele não foi merecedor. Os olhos dele lacrimejavam quando falava dela.
Hoje ele estava em um novo relacionamento, com 92 anos, casado com uma professora; Não podia dar todo tipo de atenção, mas jurou para nós ser carinhoso e atencioso.
Me lembrou muito Zé Fagundes, meu avô paterno. Não pela gentileza com as mulheres, mas pelo estilão.
Sempre simpático, bem vestido no social e com um passado que a gente não conhece.
O Figueiredo da nossa conversa disse que durante toda a sua carreira só prendeu três pessoas; O quarto teria sido um rapaz que passou num sinal de trânsito sem poder. Abordou o rapaz, pediu sua habilitação e o documento do carro. Não tinha nada, só mesmo o carro, o que deixou o Sr. Figueiredo irritado.
- E por quê você não fugiu, rapaz?
Ai, ai...Figueiredo.
Vou escrever outra coisa e não vou me alongar, mas ele nos disse que o segredo para 92 anos com saúde e vitalidade era a semente. Plantar a semente do bem.
Por mais audiências com pessoas como o Sr. Figueiredo.
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sexta-feira, 30 de setembro de 2016
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Festinhas da Pró Suzana
Olá, amigos do blog.
Que saudade que estou disso aqui. Vou escrever no
word e depois vejo se lembro a senha pra poder postar.
Me deu uma vontade de postar essa semana, mas sei o
que foi não. Desisti, arrumei outra coisa pra fazer. Como tenho um compromisso
agora pela manhã no Paraíso, estou com preguiça e vou escrever. Só assim eu
chego atrasado.
É que eu recebi uma mensagem no celular com uma
foto e uma mensagem: “João na sua primeira balada. Que medo!!!”. Acompanhada de
boas risadas, seguimos conversa e logo lembrei também da minha primeira festinha.
Vou aqui excluir os festivais de torta do Oásis,
onde se levava dez reais e saía com o bucho cheio, enjoado de doce para os
próximos sessenta dias. Vou falar verdadeiramente da primeira festa.
Devíamos ter 11, 12 anos no máximo. Muito no
máximo. Sempre fomos precoce.
Eu, Matheus Brasil, Chiquinho, Simão, basicamente.
Netão, que era o mais velho, nunca gostou desse tipo de ambiente. Até hoje não é
dos maiores fãs.
Simão, mais novo pouca coisa, mas na época
diferença que parecia significativa, já que eu tenho 12 e vc 11 – hahahah –
rolava dessas coisas né. Chiquinho, sempre pra frente e eu, não sei, mas sempre
animado com a ideia de ir para a Escola Paroquial, hoje Colégio Suporte, nas
festas da Pró Suzana.
Sempre mais meninas do que meninos. Os meninos são
sim mais tímidos e mais intimidados em lugares em que as mulheres dominam com
seus bandos.
Não sei se tenho liberdade para expor os nomes, mas
a turminha era coisa fora de série. Jéssica, Natana, Patrícia, Larissa
Laranjeira, Uinna, além das menores, como Amanda e a irmã de Patrícia que
esqueci o nome.
Dançar – ou não – aquelas músicas, descer aquela
escada escura para ir pegar cachorro quente e refrigerante, as roupas, o velho
icekiss com embalagem que tinha alguma figurinha que ajudava na hora de
conversar.
Simão não era o terror como é hoje para o lado de
mulher, os outros meio que se encarregavam. Porque hoje esse menino é demais.
Que amizade boa tenho com Simãozinho. Nada assim – oHHHHHHH! – mas sempre que
nos encontramos tem muita coisa boa. Um abraço bom, um aperto de mão legal.
Mas voltando ao assunto da festa, lembro de um
episódio interessante. Lembro de muitos, mas é aquilo de não saber até onde
posso ir, até porque o contato com a turma daquela época hoje é muito pequeno.
O episódio que me recordo é de uma conversa com
papai no sofá, com Matheus Brasil, os três sentados ouvindo sobre o que seriam
as drogas, de que maneira elas chegariam até nós. Acho que papai se referia ao “Doce”.
Ele devia estar com o mesmo medo que a Bel, a mãe de João, que estava indo
buscar o Boy na sua primeira festinha.
Ninguém foi me buscar. Cidade pequena, casa perto,
o bom talvez seria até mesmo a volta pra casa. Mas aí imagino a apreensão né, a
agonia em que os pais devem ficar quando seus filhos vão ao seu primeiro “reggae”.
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