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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Os Príncipes do Alecrim
Que eu tenho um apreço enorme pelos meus amigos, acho que quase todos já sabem. A lição dada por papai foi muito bem dada e absorvida. Agora, dar valor, saber respeitar e admirar os pais deles eu acho que vai um pouco além. Baúra, Zé, Rosa, Mariana, Guto, Saulo, Net, Marilene, Cajé, Edna, Paulo, Rita, Leda, Roberto, Flor, Socorro e um que eu vou falar agora.
O nome dele é Jailton, pai de uma menina que conheci na internet e que virou Raizeira. Como tudo passa, passou.
Pelo pouco que eu sei ele trabalha na maior empresa de cigarros do Brasil, a Souza Cruz. Dono de vários títulos de melhor vendedor/representante comercial, prova no mínimo a sua inteligência e compromisso com a empresa. Mas e os outros compromissos? Falo da responsabilidade social que todos deveriam ter.
Passadas as apresentações, vamos ao que interessa.
Férias de 2008, salve o engano, nós fomos pra um distrito de Capim Grosso (Alecrim) a convite de Gabi Mello, filha de Jailton, irmã de Marcela e prima de Mari que também estavam no bolo. Elas, eu, Iago e Daniel. Os inseparáveis. Elas foram no carro com os pais e eu junto com Iago fomos num carro da Morel que não cabia nem as nossas pernas direito. Era uma camionete que serviria de palco pra festa que viria acontecer na noite posterior.
Distrito como vocês devem conhecer, é pequeno, pouca luz, muito menino, cadeira na porta pra uma boa conversa, duas praças e muita gente boa. Éramos tratados com todo cortejo possível, logo fui intitulado pelas meninas resenheiras como "Príncipe do Alecrim".
Quando caiu a noite, fomos todos pra praça e foi aí que eu me surpreendi, o motivo desse texto.
Estava montado na praça um verdadeiro parque de diversões, com dois tipos de pula-pula, cama elástica, piscina de bolinhas, picolés, algodão doce e uma festa ao som de Cajé & Maíra. Era menino de toda qualidade, todos lindos e arrumados, prontos pra festa que acontecia. Pode pra você parecer pouco isso que tou contando, mas era muita coisa, com qualidade e o melhor, feito com o coração e sem nenhum vínculo, ajuda ou pretensão política.
Filho da terra que todo ano destina o ser décimo terceiro salário pra fazer o natal e reveillon de um povo esquecido. É de dar inveja! Essa idéia eu vou copiar. Quero ser um dia como ele e passar a ser o Rei do Alecrim.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Como é bom se apaixonar
Você é homem ou um bago de jaca? Mamãe vive me perguntando isso pelo medo que tenho de alma penada e do escuro. Devo ser realmente um bago de jaca, daqueles bem moles que escorregam goela adentro sem avisar.
A casca, a imagem que passo, ou pelo menos tento, é de um jovem sério, centrado, duro com ele e com os outros, que xinga e arrota, que manda e desmanda. O que sou é completamente diferente, é muito menos que toda essa farsa ai que eu mesmo acabei de criar, porque sei lá se ela existe. Que confusão! O que tem a ver com o título?
Acontece que eu tenho uma facilidade de me apaixonar pelas pessoas que até eu mesmo fico impressionado. Durmo pensando apaixonado, acordo sem lembrar quem era a azarada, me chamando de louco e mandando me comportar.
Quem diz por aí que amor é um pra vida toda, ta mentindo, porque eu pelo menos já tive três e quero ter mais trezentos.
As paixões eu poderia aqui citar pelo menos umas três dezenas de nomes, mas posso esquecer-me de alguma e criar um problema daqueles, então eu acho melhor mantê-las no anonimato, apenas aqui nas loucuras da minha cabeça.
Quero apenas que saiba que sou uma moça, um quase homem que chora vendo Luciano Huck, maratona, novela, filme besta, texto de amigo. Choro na lembrança de um antigo amor, das coisas errada que fiz e que não consigo esquecer, etc.
Gosto, quero, sinto prazer, amo me apaixonar!
A você que eu mando mensagem, acredite! Posso estar apaixonado, aproveita. Não sou ninguém, eu sei e você não precisa dizer, mas pelo menos tenta.
Vamos acabar com as desconfianças, com os medos, se entrega minha gente! É tão bom!
Quero deixar bem claro que sou absolutamente contra as meninas idiotas, imbecis, burras, que usam a internet pra dizer que ama Deus e o mundo. Por favor, eu mando ir pra casa da porra e não me venha com cara feia, porque eu viro o bicho irracional lá de cima do texto.
Faço o que você quiser pra chamar a atenção, pra agradar seu coração. Tem muita música bonita nesse meio de mundo, e foi essa que me fez levantar agora pra escrever isso. Amanhã eu com certeza vou rir um monte disso aqui e mais uma vez dizer:
É Keu, meu bixinho ta ficando é doido.
Mas quando eu gosto, gosto mesmo é pra valer.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Entrevista de estágio
Amanhã (23 de fevereiro de 2011) farei a minha primeira entrevista de emprego/estágio. Pra quem não sabe, eu curso o terceiro semestre de Direto na Unijorge (Salvador) e na tarde de ontem fui surpreendido por uma ligação de uma moça que identificou-se como escritório dos associados alguma coisa que não deu pra entender. Como de costume, dormia naquela preguiça triste e o celular tocava com tudo, não deu pra entender muita coisa, só sei que amanhã 15:45 eu tenho essa entrevista que pode mudar o rumo da minha vida agora em 2011.
Liguei pra casa pra informar a novidade e depois dos parabéns, não sei pelo que ainda, papai me enxeu de dicas.
- Tomado banho (como se andasse sem tomar)
- Barba feita (preciso ir fazer)
- Roupa descente que é diferente de aviadado
- Perfumado/hálito descente
- Olhar nos olhos e falar com segurança
Segundo ele, essa entrevista vai ser como conhecer sua futura namorada. Tem que mostrar ser o cara, tem que tá cheiroso e bonito. Caso não saiba algo que for perguntado, diz que não sabe e que quer estagiar justamente pra aprender.
São palavras dele. Vou fazer desse jeitinho...
Não posso negar de jeito nenhum que estou muito ansioso, já decorei milhares de significados, já me expressei de várias formas ali no espelho, mas amanhã vai ser tudo diferente.
Não contei diretamente pra muita gente porque eu tenho uma onda de que quando eu fico confiante, nada dá certo. Isso aí Jéssica depois de formada tenta me explicar o que seria exatamente isso.
Quanto a mim, boa sorte e que dê tudo certo.
Vai ser muito bom, independente do resultaod.
Meu primeiro emprego
Ano passado (2010) eu tava bem deitado na vida boa assistindo minha novelinha das seis e ouvi Sara conversando com alguém no celular falando o meu nome completo, foi quando eu me aprocheguei perguntando a da colé de mesma. Fiquei sabendo que ia ter um trabalho pra gente fazer no domingo seguinte, sendo então fiscal de prova comandada pela CESGRANRIO.
Eu fiquei meio assustado com a notícia, porque até então eu sou estudante, e partir pra fiscal de prova assim do nada é muito estranho. Eu comentava brincando com Bruna que quem olhasse pro lado ia tomar a prova, queria nem saber! (risos)
No sábado eu tinha uma festa pra ir, já tinha comprado, não podia deixar de ir, até porque era gravação do DVD de Aviões com participação do mestre Dorgival Dantas. Eu tava tão ansioso pra chegar logo esse domingo que fui embora antes das doze da noite, pra poder dormir e no outro dia está preparado. Quando chegamos lá no colégio que seria a prova, vejo aquela multidão chegando parecendo um vestibular, só serviu pra me deixar mais nervoso. Como o concurso era pela tarde, na manhã teve uma mini aula pra instruir os fiscais de primeira viagem. A mulher lá falava, falava, e eu não entendia quase nada. Mas como era uma prova e eu já tinha feito vários vestibulares, enem's da vida, não seria tão complicado. Fui sorteado pra ficar com uma senhora, cujo nome me fugiu a cabeça agora, mas era muito simpática, ativa, fumava que só uma caipora e ainda pediu meu celular no final. Quem guenta?
O público do concurso é importante ressaltar aqui, porque eram 50 vagas para 2000 mil concorrentes de copa e cozinha, ou seja, o nível de escolaridade muito baixo, ao contrário do nível educacional, como eu tinha digitado, porque eram muito educadas e gentis. Quando eu distribuí todas as fichas para preenchimento do gabarito da prova, tomei coragem e perguntei, coisa que não nos foi dada autonomia.
"Vocês sabem como funciona esse papel que tem em mãos?"
O silêncio foi predominante, mas eu sabia que 90% alí não sabia pra onde ia, o que me fez novamente perguntar. Como a segunda vez também não tinha tido êxito, eu expliquei no quadro como funcionaria, mesmo elas supostamente já sabendo.
Foi ai que o cenário mudou, porque uma tinha tomado coragem e me chamou pra tirar as dúvidas finais. Por fim, passei mesa por mesa explicando as minhas amigas como seria o funcionamento. Queria muito que todas da minha sala passasse, mesmo sendo quase impossível.
Ao final do concurso desci com todo o material e fui pegar a tinta, o meu tão sonhado primeiro salário de 70,00. Foi muito, muito, muito bom ganhar aquele dinheiro. Me sentia muito bem! O dinheiro era significante, mas não era nada pelo feito, porque vocês não sabem a inveja que sinto quando ouço de um pai ou mãe:
"Eu comecei a trabalhar com 14 anos..."
Não me venha você dizer que posso também trabalhar, porque os tempos mudaram e eu creio estar no caminho certo, estudando.
Há quem diga que meio primeiro emprego foi guia de enterro, mas isso deixa para uma próxima história.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
A Passárgada por uma semana
Quando eu escrevi alguns dias atrás sobre o tal verão da Chapada Diamantina, achei que tivesse acabado as férias, já tivesse curtido tudo que eu tinha direito. Faltou a parte que eu não tenho direito, não deveria ter feito, a parque que eu pago e ainda vou pagar por isso. Não é filosofia barata, serão castigos! Como diz meu grande amigo Iago Itã: "Cleuber não tem limites". E não tenho mesmo, em todos os sentidos. Posso ter discernimento do que é certo e errado, mas são coisas relativas, porque na minha cabeça tudo é muito diferente do que os outros acham, e o errado pode ser a coisa mais certa, o longe fica bem pertinho, o perigo me deixa louco, me instiga.
Então, vim acompanhar mamãe numa cirurgia um pouco arriscada aqui em Salvador no meio das férias, e como tudo tinha sido melhor do que a gente imaginava, na sexta feira durante o almoço pedi a papai com cara de cachorro morto pra ir pra Jacobina. Eu esperava um “não” dele, porque já tínhamos conversado sobre isso. Com a surpresa e o direito de ir pra Jacobina passar mais uma semana antes do começo das aulas, faço minhas malinhas na manha, sem muita empolgação e alvoroço, porque certamente despertaria a fúria e os comentários de Sara e Gi, tentando impedir a minha ida. Com tudo certo amigo, a viagem parecia não passar. Feira de Santana, Riachão, Nova Fátima, Capim Grosso...Coisa é quando chega no Junco. Me sintia em casa, mas faltava quase uma hora. Era pra matar o peão, definitivamente. Lá Dips e Caps estavam meio que esperando pra gente começar os trabalhos. Depois de ver e brincar muito com Quincas, que como a música do Rei diz: Ele sorria latindo... Tomei banho e fomos pra rua, rever o povo, naquele clima gostoso que sinto quando estou em Jacobina.
No sábado, mais descançado, porém, com muita coisa pra fazer, fiquei sabendo que ia ter um reggae lá em casa, daqueles que Raone promete e nunca sai. Durante a tarde teve um encontro lá em casa, passando pra noite quando fomos pra um dos melhores shows que “Um Xote Novo” já fez. Tava de parabéns a banda naquele dia. Na companhia das belíssimas meninas de Caldeirão Grande, tentamos fazer um churrasco no domingo, sem muito êxito. Você lendo parece que foi ruim, mas foi muito divertido. Pra mim tudo seria divertido, bom! Tinha ido pra curtir aquela semana intensamente, porque mais adiante começariam as aulas. Umas 5 da tarde fiquei sabendo que ia ter meu amigo Branquinho numa cidade vizinha. Vizinha de Senhor do Bonfim, só se for. Porque Ponto Novo é uma terra longe, viu?! Como tinha que deixar as meninas em casa (Caldeirão) e de lá pra festa eram 30 KM, custava nada, né?! Pense numa festa boa também. Até Netão tinha ido, o que não é muito comum, ele ir pras festas com a galera. A vaquejada foi fraquíssima, com muito vaqueiro sem ser testado. A festa em si tinha pouca gente, cerveja Schin e um espaço desproporcional pro evento. Você acha que a gente ligou? Dançamos do início ao fim, ainda com a mulher dos outros, o que nos trouxe um pequeno probleminha, resolvido por Caps e que tinha Netão na retaguarda pronto pra derrubar uns 4 de vez, porque o homi é “mei” forte. O cabaço do Raone essa altura do campeonato tava no carro, eu acho que brigando com a namorada, enquanto eu, Caps, Netão e Elo dançávamos ao som de Brega & Vinho. Com o término da festa, fomos embora num sono retado, contrariando as coisas que papai cansa de ensinar. Vai pra festa? É longe? Deu sono? Dorme! Depois vem... Netão teve que assumir o volante até chegar em Jacobina, era melhor, não podia arriscar.
O começo da semana chegou e parecia que já estava em casa a mais de 10 dias, pela quantidade de coisas que tinha feito.
Durante a semana resolvemos algumas pendências, inclusive a busca de Maribondo (meu cavalo), que estava meio que esquecido por mim, mas agora ta na roça de Dips, muito bem cuidado e alimentado, como nunca teve antes. Montar foi muito bom, coisa que não fazia há muito tempo, passando pela zona rural de Jacobina e a famosa barragem da Sapucaia, que inclusive, ficamos devendo uma visita de retorno pra comer um peixe e uma galinha caipira. Não como nada disso, mas a moça que trabalha lá merecia a nossa visita.
Na sexta feira surgiu a idéia brilhante de Gisele Batatinha pra ir pra Bonfim. Olha pra aventuras... Dessa vez mudaram os personagens, porque Dips e Netão não foram e Reurys sim. Lá foi bom, dançando um forrozinho na academia, depois um programa de índio de ir beber na rodoviária. Como ia dirigir, não tava bebendo, mesmo estando lá programado pra dormir e vir mais tarde pra casa. Como até então tava sem sono, passamos na feira livre da cidade pra comer um mocotó e descer pra Jacobina. No sábado eu nem lembro direito o que teve, sei que de noite fomos pra onde? Branquinho lá em Caldeirão Grande. Depois de uma enrola daquelas no Caém, por causa de um danado de um Wisk, seguimos na paz de Deus até a festa que também foi excelente. Branquinho é um artista e tanto, tem muito que crescer pela musicalidade e animação nas festas. Na volta pra casa, já de manhã cedo, o carro inventa de quebrar no meio do caminho. A sorte é que mais uma vez a amizade prova ser uma aliada, companheira, a melhor coisa que existe. Três carros pararam pra nos ajudar, sendo que tinha mais de 30 nesses carros. Manhã de domingo, um sol quente e aquela camionete parada na estrada, por duas vezes. O bom era que mesmo na miséria, a galera não perdia o humor, chegando a deitar na BR, fazendo alusão a música de Aviões, pulando corda, escutando música, etc.
Quando cheguei em casa, não tinha mais sono, foi quando papai me ligou e descobriu que eu tinha feito alguma coisa de errado.
Ele disse: Cleuber, to ligando mas você já sabe o que você aprontou, não é?!
Como eu tinha aprontado poucas e boas, não poderia abrir o jogo, tinha que esperar ele dizer logo do que se tratava. Porque vai que eu digo uma coisa e era outra? Seria outro motivo pra zuar. Como de costume, ele mandou eu ficar em casa refletindo sobre a minha viagem pra Senhor do Bonfim, pensar nos riscos, e outras coisinhas a mais.
Hoje estou aqui em Salvador, passou uma semana e toda vez que ele liga e chama meu nome, passa uma história pela cabeça e imagino que vem aí uma reclamação.
Deus queira que continue tudo desse jeito e que ninguém conte o que tem escrito no blog, até porque ninguém pode provar se é verdade ou não.
Foi tudo muito bom! Jacobina e região é demais! Caps, Raonne, Dips, Netão, Reurys, Jana, Elo, Nanny, Huguinho. Valeu galera! Vamos viver desse jeito, construir nossas histórias pra poder ter o que contar e rir sozinho depois das merdas e benfeitorias.
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