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sábado, 9 de abril de 2011
Fui roubado no Rio de Janeiro
Dia desses tive o prazer de receber um convite dos meus primos do Rio Grande do Norte, os famosos Breno, Bruno e Flávio para fazer uma viagem ao Rio de Janeiro e assistir o jogo classificatório de Vasco x ABC. Mas logo dia de semana?
Nem tinha prova, então não podia perder essa oportunidade única com aprovação e aceitação de Papai. Sempre tive vontade de conhecer as praias, o corcovado, o tal bondinho, as cariocas e claro, tentar ver Juliana Paes na praia de Ipanema. Foi uma viagem curta pra quem tá de fora, mas intensa pra quem viveu, de quarta (06-04-11) à sexta (08-04-11). Marcada pelo meu primeiro vôo de Avião, um trauma pra vida toda, porque queria mais aventura e várias turbulências. Nada disso aconteceu. Como estava com muito sono, o que mais queria era dormir. Fui impossibilitado pelo pequeno Cauã. Quando cochilava, ele, com pouco menos de um ano, me dava uns murrinhos na perna querendo brincar. A dona sua mãe já estava estressada com o baby por ele tá incomodando o moço, como dizia ela. Como não havia mais saída, resolvi então jogar no time dele. Peguei o pãozinho de batata e fui batendo na testa dele, brincando quase que a viagem toda, até dar sono, chorar e por fim, dormir.
Na chegada fomos recepcionados pelo senhor Cristovão, amigo do meu "Tio Toinho", pai dos meninos. Depois de instalados, pegamos um carro e fomos conhecer a cidade maravilhosa, só no nome. Depois de conhecer e nos decepcionar com a famosa Niterói, o refúgio dos atores das novelas das "8", voltamos ao Rio e fomos pro estádio do Vasco, o São Januário. Chegamos cedo, ainda não era permitido entrar, onde sem dúvidas estaríamos mais seguros. Como éramos visitantes, não tínhamos nem sequer o direito de vestir a camisa do "nosso" time, com medo de ter alguma confusão, mesmo as torcidas sendo supostamente aliadas. Lá dentro a torcida do ABC ia se aglomerando, iam chegando os nossos vizinhos de cidade, pessoal de São José de Mipibú, Nízia Floresta, Mossoró, Macaíba, etc... A turma que mora no Rio e é do Rio Grande do Norte também ia chegando, e logo era identificado pela cabeça lá de nóis. Antes de começar o jogo, fomos submetidos a uma recuo de mais de 20 metros do nosso espaço de visitante nas arquibancadas. Justificado pela política, continuo achando que:
"Puta que pariu!! Essa PM é a vergonha do Brasil!!"
A chegada dos juízes no campo para aqueciemento prévio, me trouxe uma energia contrária ao que vinha sentindo, porque sentia o cheiro de "zebra" (expressão usada quando acontece no futebol algo inesperado). Depois de saudar os nossos jogadores, começa então a partida mais esperada pelos torcedores do ABC e muito temida pelos Vascaínos, afinal, já foram derrotados e elminados pelo Baraúbas de Mossoró na Copa do Brasil de um ano aí que não me recordo. Com aproximadamente 10 minutos, um dos nossos melhores marcadores comete uma falta comum e logo é punido por um cartão amarelo, sem a mínima necessidade. O desenho do jogo já estava feito na minha cabeça. Não quero ter visões, nem sinto aquelas energias vindas do além, mas é que o andar da carroagem e o futebol apresentado pelo Vasco, considerado um time grande, é extremamente vergonhoso, então não seria muito difícil prever esse tipo de coisa. Ainda no primeiro tempo o ABC marca um gol, intimidando os torcedores eufóricos e preconceituosos, deixando o time do Vasco ainda mais nervoso. Com a ida pro segundo tempo com a vantagem, tendo o empate ao nosso favor, tínhamos 20 minutos pra segurar a pressão e levar o campeonato adiante. Seria muito difícil, caso o Vasco e Felipe estivessem num dia bom. Com não mais de cinco minutos de segundo tempo, o Juíz da partida vê um penalti inexistente contra o ABC, revoltando a nossa torcida e fazendo os torcedores cariocas esticarem os seus dedos maiores, gritando:
Volta pra casa, Paraíba!
Se não bastasse o penalti a favor do Vasco, o Juíz mineiro (ow raça desgraçada), ainda expulsou o jogador. Sem comentários!!
Penalti convertido! Esperanças jogadas fora!
Para os meninos apaixonados pelo time do coração, viagem perdida. O ABC, com um jogador a menos, infelizmente não suportou a pressão do time e da torcida, ambos ofensivos literalmente. Tivemos que vergonhosamente ir para o carro antes mesmo de ver a partida acabar, sem poder aplaudir o time que foi guerreiro do início ao fim. Era muito arriscado sair do estádio com a camisa do time adversário no corpo. Podíamos ser linxados e fazer parte dos dados das tragédias cariocas (sem exagero). Pra mim, como baiano e ainda apredendendo a gostar do ABC, por não ser muito ligado ao futebol, foi uma vitória, um orgulho. Se Vascaíno fosse, envergonhado ficaria. É triste assistir um jogo de futebol, que antigamente era espetáculo e diversão das famílias, rola hoje a mala branca, muitos dólares, muita descaração e falta de ética. Fomos reconhecidos por jornalistas da Band e da ESPN, que pelo menos uma vez na vida, reconheceram o erro contra um time do Nordeste. Mas faz parte da vida! Ainda me avisaram... Cuidado pra não ser roubado no Rio.
Não teria graça nenhuma conhecer a cidade dos bandidos sem ser roubado.
Até qualquer dia, Rio de Janeiro. Conheçam a Bahia! Jacobina! Aracajú! Maceió!
Por fim, dêem uma esticadinha à Natal, para que saibam o que é uma cidade maravilhosa.
*Foto extraída do blog www.semprecriativos.blogspot.com
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