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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Oposição desesperada




O papel da oposição é um dos mais sublimes da democracia. Serve ela para ir de encontro às atitudes tomadas pela situação, sempre a favor do bem comum.
Acontece que Jacobina tem vivido dias engraçados.
Com uma vitória em outubro de 2012 pela chapa encabeçada por Dr Rui, com seu 15 e o “para reconstruir Jacobina”, ele tinha uma missão complicada, principalmente no que tange à saúde municipal.
A outra chapa, na pessoa do senhora Valdice, restou como falida e cansada, visto que fora derrotada com frente esmagadora, mesmo com a máquina da prefeitura na mão.
No cenário político atual, o Brasil vive dias de manifestações, de ir para as ruas como antigamente, de emoções tomadas pelo sentimento de nacionalismo e, principalmente, pelo desejo da reforma política.
No embalo de tudo isso, Jacobina em junho de 2013 aderiu aos manifestos e brilhou pelas ruas. Você via pessoas diferentes, que não estão acostumadas o “subir serra” com os dois caciques da política jacobinense e nem tampouco se expor por picuinhas político/partidárias. Considero esse o único movimento legítimo em que Jacobina teve.
Passado aquele dia, na contra-mão do movimento nacional, surge nas costas do Hospital Regional, um movimento apolítico mais político que eu já vi. Se pareceu que sou muito velho, só tenho 21 anos, mas serviu para dar ênfase.
A começar pelas pessoas que protagonizam. São estas as que estão acostumadas a subir as tais serras que mencionei agora há pouco.
O que enfraquece e torna o movimento ainda mais cômico são as atitudes. Não tem norte, não tem comando, tem políticos no meio e, principalmente, tem interesses partidários por trás.
Esse mister desperta no cidadão comum, aquele que esteve na rua brigando por dias e políticos melhores, um sentimento de afastamento. Esse cidadão não se sente mais parte do movimento. Tô fora!!
Eu me considero político, tenho lado, defendo lado. Essas pessoas que integram o movimento apolítico/político também comungam da mesma ideia. Logo, os demais não se aproximam e o movimento perde o sentido.
Se querem motivos para que diga em público o “caldo de batata” que esse movimento é, vos falo.
Busca-se o chamamento das pessoas aprovadas em concurso. Um dos integrantes, e talvez o principal, é um dos aprovados. A prefeitura municipal de Jacobina já começou a chamar pouco a pouco os aprovados. Nesta senda, acho razoável que se tenha superado esta fase. Mas, não. Ainda é pauta de discussão. Ressalta-se que foi um concurso legítimo, contudo, com resquícios de manipulação. Isso cabe ao MP e não a mim.
Outro ponto é “passe livre”. Bobagem, dissonância com a realidade.
Jacobina não precisa de passe livre como as grandes cidades que suplicam por isso. Jacobina precisa de um salto nos serviços essenciais/básicos aos cidadãos. Acreditem, só basta isso.
Cobrar da Prefeitura de Jacobina, município com arrecadação razoável, o passe livre, onera, e muito, desnecessariamente a administração municipal.
Vamos brigar por saúde, por escolas, por melhorias no novo amanhecer, bananeira, grotinha e mutirão.
Vamos lutar pelo vale da Caatinga do Moura, pelos postos de saúde do Batata, Cachoeira (recentemente aberto), Junco, Paraíso e tantos outros. Vamos valorizar o esporte e cultura local. Reviver a concha, construir a entrada do Junco, limpar o Rio do Ouro, o estádio do Junco. Alavancar o turismo de Itaitu, levar progresso pra Saracura, Piancó, Cafelândia e Palmeirinha.
Vamos nos unir para algo concreto, que dê resultado.
Chega desse suco de carambola.
A oposição de Jacobina está jogando errado.
O “pobre” do Corino, por não ter conseguido o que esperava, bate na atual administração como mala velha. Inventa diálogos e denúncias que nunca chegaram à sua casa. Digo isso por ver semelhança nos textos do seu blog com os do seu filme, em que eu, inclusive, faço parte e ele é o escritor (Terra Payayá).
A oposição começou muito cedo. Não estão dando espaço para o povo pensar. O povo quer liberdade de pensamento. O povo quer tempo para avaliar o que foi e o que é melhor pra cidade.
Se a oposição começa desde já, ela se torna pífia, inútil. Eles cansarão primeiro e não conseguirão desgastar no momento certo o governo municipal.
É hora de esperar pra ver. É hora de deixar o 15 e sua gente trabalhar, para que, pós eleição para presidente, governador, deputados e senadores, possa-se avaliar o governo.
Chega disso, JACOBINA! Ninguém suporta 4 anos de política sem parar.

Um comentário:

  1. Verdade, Cleuber. Também acho que 'passe livre' não compete com a realidade de Jacobina. Saúde, educação e segurança são necessidades bem mais urgentes. Estive no primeiro movimento que saiu às ruas da nossa cidade e fui feliz, orgulhosa, por que foi um momento em que o clamor social não ficou restrito somente às capitais. Mas infelizmente, percebi que existiam pessoas que não estavam afinadas com as ideias do movimento; muitos estavam ali por estar. Mas enfim, mesmo assim foi legítimo, bonito de ver. Parabéns pelo texto! Vi muita clareza e certeza nas suas palavras, como sempre! =)

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