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domingo, 22 de janeiro de 2012

Metas pra 2012 -

Antes da virada me programava pra programar as minhas metas pra 2012. Alguas legais. Outras são no mínimo estranhas.

- Conseguir um estágio
- Dar continuidade e força à UJJA
- Comprar um ar condicionado e um home theater pro meu quarto (SSA)
- Brutus Light - Abril
- Forró Light - Setembro
- Viajar pro Recife ou qualquer lugar que seja para a gravação do DVD 10 anos do Saia
- 4 shows do Saia Rodada - 2 por semestre
- Não fazer final, caso queira ir pro meu São João em paz
- Findar as gravações e me assistir no filme "Terra Payayá"
- Obter êxito nas políticas municipais
- Conhecer algum Estado do Sul ou a Argentina



Eram essas, eu acho...
Durante o ano os planos vão mudando, as metas se renovando, mas gosto de fazer as coisas desse jeito.
Um abraço e bom 2012 pra todos. Um pouco atrasado, confesso.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Reunião de trabalho é tenso


Tinha postado dia desses que ia ter uma reunião com menos de uma semana de estágio. Foi tranquila. Era a nossa chefe comunicando a chegada da nova coordenadora, delegando funções para as próximas semanas, já que a partir de amanhã ela entra de férias.
Hoje, completando uma semana no novo ambiente, Carol, antiga chefe-coordenadora do nosso setor chamou para uma reunião com a famosa doutora Cristiane. Como toda superior, quando ela chega é tensão total.
Entramos na sala de reunião e os estagiários conversavam entre si.
- Gente, que agonia.
- O que será?
- Oxe! Deve ser nada não. Comunicar que Carol vai entrar de férias, apresentar a nova coordenadora e essas coisas, menina...deixa de agonia.
- Oxi. Pois tô me sentindo no colégio, sentado nessa mesa. Deus é mais.
As falas se revezavam e saiam freneticamente de todos da sala. Eu apenas observava e ria.
A Drª. entrou, cumprimentou e perguntou se todos já estavam por lá. Ao ver que não, esperamos mais um pouco. Deixando ainda mais tenso o clima.
Ela fazia alguns comentários sentindo também o clima pesado.
Todos postos, se apresentou para que não a-conhecia (como se ninguém soubesse e não existisse rádio corredor) e desejou um feliz 2012. Falou brevemente sobre sua carreira jurídica, sobre os projetos para a PGE e PROFIS e pediu compromisso dos estagiários.
Pediu para os novos se apresentarem e olhou pra mim. Quando ia começar, ela se retratou e pediu a uma moça que estava ao seu lado para começar, pra não sair da ordem.
Depois, agora pra valer, disse:
- E vc?
- Sou Cleuber, jacobinense...
- Jacobinense?
- Isso!
- Jacobina tem muito poeta. Vc faz poesia?
- Poesia? Não...rs
- Toca violão?
- Já toquei, tentei...
- Ah! Então você falta muita coisa pra ser jacobinense...agora continue.
Todos da sala riam, quebrando um pouco o gelo e tensão.
- ...estudante da Unijorge, quinto semestre e hoje completo uma semana aqui na Profis, setor de parcelamento.
As apresentações continuavam, mas eu nem tava mais aí. Tava surpreso com a minha desenvoltura. Apesar de ter sido uma simples apresentação, com a presença da Procuradora do Estado na minha frente, tinha me saído super bem. Na saída pra assinar o ponto, tive direito a um:
- Tchau, Jacobina.

Nada filhão, nada!!


Sexta, dia 13, foi a minha primeira sexta feira de trabalho que antecedeu um final de semana. Socialmente falando, período em que se descansa para recomeçar a próxima semana de trabalho.
No dia 14 era aniversário de Daniel, vintando, diga-se de passagem.
Caps me ligou para irmos até Abrantes, passar a noite na vila, ao som dos pagodes baianos horríveis. Pós festa, pães com carne na casa de Rafael e muita resenha. Muriçocas, um ventilador para três que mais fazia zoada.
No sábado, 14, acordamos e fomos para Itacimirim. Lá Daniel estava a nossa espera para comemorarmos o seu aniversário. Um clima diferente, gostoso e família. Diferente porque era um ambiente que não estou habituado a viver na Bahia. Em contrapartida, aquelas casas com muros baixos, outras com muros enormes, arrodeados por cercas elétricas e piscinas com aquecedores, areia, coqueiros e um mar bem na nossa frente, fazia pensar em como seria se estivesse em Tabatinga, RN, lugar que, repito, merece mais de dez páginas nesse blog.
Durante todo o dia muita conversa boa, piadas, cerveja, voz, violão, praia e vôlei. Fomos dormir por volta das quatro da manhã, com umas três mil duzentas e cinquenta e duas muriçocas nos atormentando.
Domingo, passado o aniversário de Daniel, mas ainda em clima de festa, resolvemos ir para o encontro do rio com o mar, mais adiante.
Sempre com muita risada, com as piadas de “Vicente” interpretadas por Cajé, nos acomodamos e fomos primeiro para o rio. Uma correnteza fora do comum. Lembramos imediatamente de uma aula de campo em Guaimbim que havíamos feito no terceiro ano de colégio (2009). A lagoa de Arituba, no RN, também foi lembrada. Comentei com Caps duas histórias que um dia vou publicar. Foram dois salvamentos por afogamento na referida lagoa. Uma acompanhada por Breno e outra sozinho.

Então, agora no rio de Itacimirim, Junior, irmão de Daniel, atravessou o rio e me chamou para fazer time do outro lado com uma turma de rapazes que lá estavam. Atravessei “na manha” e fui ao encontro dos boys.
Antes de ir, parei na beira e fiquei escutando Edna (mãe de Daniel, Jr e Maíra) passar algumas instruções, preocupadíssima.
Quando tentei me virar para ir “bater o baba” fiquei olhando uma cena estranha.
Um pai e um filho sob suas respectivas pranchas de boryboard. O pai atrás e o filho na frente. Quando eles estavam no meio do rio, a correnteza os levava para o mar, lugar certamente de muitas mortes.
Eles eram brancos, logo, turistas. O pai já tava amarelo e pálido, mas o filho ainda não sabia da gravidade daquela brincadeira de sair passeando em cima d’uma prancha.
Ele dizia tranquilamente para o boy:
- Nada filhão, nada!
- Não tô conseguindo. O que faço? O que faço?
- Nada, filhão!!
Quando percebi a infelicidade da brincadeira me atirei no rio e fui ao encontro do pequeno. Grudei na prancha, e tentei empurrá-lo pra beira do rio. Repito. A correnteza era fora do comum e com água não se brinca.
Como não dava pra ir até a beira de jeito nenhum, ele dizia pra mim querendo chorar:
- Me salva. Salva?
- Relaxe vei...só não saia de cima da prancha.
Também segurei na prancha e tentei me guiar para uma pedra, já dentro do mar. A água ia nos levando e chegamos.
Esperava tá “salvo”. Contava com um apoio da tal pedra que iria nos amparar. Não imaginava que ela estaria lisa feito pau de sebo. O limo não deixou que eu segurasse e me apoiasse. Já bastante cansado, tinha que soltar o garoto, caso quisesse ficar pelo menos vivo.
Ele sem saber dessa situação, já me agradecia sem ar e muito cansado.
- Poxa, obrigado. Você me salvou, salvou.
Agora como ia deixar esse menino ir embora ele já me agradecendo?
Isso eu não podia de jeito nenhum...era agora, questão de honra.
O pai dele estava também na pedra, só que mais confortável. Ele tava só, então era só ter um pouco de força para se manter. Eu tinha que lutar contra meu sedentarismo, a força da água e segurar o pequeno.
Nessas horas, só mesmo a mão do cabeludo lá de cima. O mar puxou a água do rio e secou a parte que nós estávamos. Foi o tempo de olhar onde eu tava, abraçar a pedra, segurar com os dedos lá em baixo, a mão esquerda segurar o menino e pedir pra ele descansar.
A cena desenhada seria um gordo segurando a pedra com a cabeça apoiada sobre ela, o menino segurando minha mão esquerda com a barriga pra cima e água passando a todo o momento por cima dele. O pai era um sorriso amarelo o tempo todo e perguntou se tava bem. Por fim, pedi pra ele ficar por lá, caso ele quisesse ficar vivo.
O salva-vidas (profissional) chegou, segurou o boy e ainda me deu uma regulagem.
Queta! Tudo bem...eu não ia mais mandar aquele cara tomar ai dentro. Era uma regulagem pra tentar chamar a atenção da merda que eles dois (pai e filho) fizeram e eu me meti.
Acontece que me metia de novo, sem medo de ser feliz. Acho que os aplausos que recebi quando sai do rio pagaram todo o meu final de semana.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Mais novo estagiário


Essa época do ano eu estou habituado a passar na beira da praia, mais precisamente na minha querida Tabatinga. É de lá também que me recordo agora de uma conversa entre Flávio (primo) e Tia Graça. Eles conversavam sobre custo x benefício de um futuro empreendimento no centro comercial de Natal. Eu olhei rindo e comentei com eles que não me imaginava numa situação daquelas, que seria pai e filho conversando feitos adultos.
Sábado passado eu vivi uma cena parecida com essa.
Tudo começou quando vim a Salvador fazer prova final da faculdade. Na volta Lua Maria recebeu uma ligação de Daniel dizendo que teria uma entrevista de estágio para a próxima segunda feira. Como era uma quinta, só teria o final de semana. Não voltaria pra Salvador por dois motivos. Um porque já estava no caminho e outro porque queria minha Jacobina. Com alguns incidentes, a entrevista ficou para a terça-feira. Cheguei logo cedo. Entrevista bem sucedida, fui encaminhado à coordenação dos recursos humanos. Lá, outro espetáculo de mulher. Assustado com os olhos da tal, recebi um papel com uma lista de doze documentos para entregar no dia 6 de janeiro.
Dia 5 lá estava eu, com todos os documentos certinhos. Deu tempo ainda de resolver quatro pendencias. Duas de mamãe e uma de Sara na faculdade. Deu tempo também de cumprimentar o deputado Amauri Teixeira que estava na FLEM para a posse do colega Rui Costa para alguma coisa da Casa Civil.
Com o reencontro com a moça do CRH, ela me deu alguns papéis para assinar, eu assinava sem pensar. Devia ser coisa boa...eu assinava! No final ela disse que começaria na próxima segunda, dia nove. Tudo bem. Dia nove estaria lá com a força de Jorge. Antes de sair ela ainda perguntou se eu tinha o número dela. Disse que não. Ela então pegou um papel e começou a escrever. Alguns números e o e-mail. Pensei comigo...Se ela botar @hotmail.com ela está afim de graça. Doce ilusão! Era um e-mail profissional. Acho que aquilo foi meio que um toque interno. Eu precisava sair daquele espírito de sexo na mesa do computador e pensar mais nos sistemas e contribuintes.
Como era uma quinta e faltavam mais 4 dias pra começar, pedi a mamãe pra voltar pra Jacobina. Voltei empregado e feliz da vida.
No sábado na hora do almoço tive uma conversa com papai e mamãe sobre o trabalho. A proza mudou. Não mais era sobre mineração, afazeres domésticos, lavar carro, área, comida dos cágados, do cachorro, faculdade e concursos. Ele me falava sobre os tipos de funcionários públicos. Depois de listar, me deixou livre pra escolher qual que queria ser. Se fosse metade do que mamãe é, seria ótimo.
Das várias coisas que queria fazer, um banho de cachoeira era prioridade. As coisas foram dando errado e só fui conseguir ir no domingo, mas fui. Lá subi o poço da geladeira e me deitei com a cabeça pra baixo, olhando uma queda interessante. Foi um pause, um momento meu. Dizia pra mim que estava pronto pra viajar, pro pra começar. Levantei, pulei. Bumm! Quase que seco a cachoeira.
Na segunda levantei quatro e meia da manhã, afinal, havia combinado com João que sairíamos cinco da manhã, pra fazer uma viagem tranquila e estagiar. Ele de volta e eu primeiro dia.
Uma viagem atípica. Escuro, música baixinha e uma conversa boa. Aprendi muita, mas muita coisa. Assim como Breno um dia me ensinou a diferença de culpa consciente pra dolo eventual, João me ensinou a diferença entre calúnia, injúria e difamação. Coisinhas que a gente leva ad eterno.
Em Salvador, me ajeitei no apartamento e fui para o estágio. Ainda dei um cochilo debaixo das árvores do CAB, dando tempo ainda sonhar.
Na subida das escadas, o danado do sapato social calejava meu calcanhar direito, mas não podia perder a compostura. Apresentei uma carta e fui para o setor. Depois de apresentado pela chefe, sentei com uma colega estagiária que me deu instruções. Foi assustador. Foi de arrepiar. O que eu tinha mais medo acabou com quinze minutos de estágio. Como venho de uma turma boa de colégio e uma fraca de faculdade, a do estágio me preocupava. Foi só até conhecê-los.
Muito sistema, muitas senhas, muitas planilhas, ligações, débitos, cobranças e metas. Entro num setor que vem batendo recorde de arrecadações para o Estado. Tenho que no mínimo, manter o nível.
Muito animado com a nova fase, com a sensação trabalho, com o clima de repartição pública, com as novas amizades que farei naquele ambiente.
Amanhã teremos uma reunião logo cedo, fora de horário. Deus sabe pra que vai ser...Tomara que não seja uma demissão precoce! Rs
Pois é meus caros amigos, muitos querem saber como foi, como ta sendo, o que faço, como me sinto. Sei que o texto começa de um jeito e termino de outro. Mas se não for desse jeito não sou eu. Sem pé nem cabeça.
Por fim, quero profundamente agradecer a Daniel por ter indicado. Tô lá com a força de Daniel, num é a de Jorge não.


- Foto hoje de manhã bem cedinho - Tomando um banho pra ir trabalhar novo!