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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Mais novo estagiário
Essa época do ano eu estou habituado a passar na beira da praia, mais precisamente na minha querida Tabatinga. É de lá também que me recordo agora de uma conversa entre Flávio (primo) e Tia Graça. Eles conversavam sobre custo x benefício de um futuro empreendimento no centro comercial de Natal. Eu olhei rindo e comentei com eles que não me imaginava numa situação daquelas, que seria pai e filho conversando feitos adultos.
Sábado passado eu vivi uma cena parecida com essa.
Tudo começou quando vim a Salvador fazer prova final da faculdade. Na volta Lua Maria recebeu uma ligação de Daniel dizendo que teria uma entrevista de estágio para a próxima segunda feira. Como era uma quinta, só teria o final de semana. Não voltaria pra Salvador por dois motivos. Um porque já estava no caminho e outro porque queria minha Jacobina. Com alguns incidentes, a entrevista ficou para a terça-feira. Cheguei logo cedo. Entrevista bem sucedida, fui encaminhado à coordenação dos recursos humanos. Lá, outro espetáculo de mulher. Assustado com os olhos da tal, recebi um papel com uma lista de doze documentos para entregar no dia 6 de janeiro.
Dia 5 lá estava eu, com todos os documentos certinhos. Deu tempo ainda de resolver quatro pendencias. Duas de mamãe e uma de Sara na faculdade. Deu tempo também de cumprimentar o deputado Amauri Teixeira que estava na FLEM para a posse do colega Rui Costa para alguma coisa da Casa Civil.
Com o reencontro com a moça do CRH, ela me deu alguns papéis para assinar, eu assinava sem pensar. Devia ser coisa boa...eu assinava! No final ela disse que começaria na próxima segunda, dia nove. Tudo bem. Dia nove estaria lá com a força de Jorge. Antes de sair ela ainda perguntou se eu tinha o número dela. Disse que não. Ela então pegou um papel e começou a escrever. Alguns números e o e-mail. Pensei comigo...Se ela botar @hotmail.com ela está afim de graça. Doce ilusão! Era um e-mail profissional. Acho que aquilo foi meio que um toque interno. Eu precisava sair daquele espírito de sexo na mesa do computador e pensar mais nos sistemas e contribuintes.
Como era uma quinta e faltavam mais 4 dias pra começar, pedi a mamãe pra voltar pra Jacobina. Voltei empregado e feliz da vida.
No sábado na hora do almoço tive uma conversa com papai e mamãe sobre o trabalho. A proza mudou. Não mais era sobre mineração, afazeres domésticos, lavar carro, área, comida dos cágados, do cachorro, faculdade e concursos. Ele me falava sobre os tipos de funcionários públicos. Depois de listar, me deixou livre pra escolher qual que queria ser. Se fosse metade do que mamãe é, seria ótimo.
Das várias coisas que queria fazer, um banho de cachoeira era prioridade. As coisas foram dando errado e só fui conseguir ir no domingo, mas fui. Lá subi o poço da geladeira e me deitei com a cabeça pra baixo, olhando uma queda interessante. Foi um pause, um momento meu. Dizia pra mim que estava pronto pra viajar, pro pra começar. Levantei, pulei. Bumm! Quase que seco a cachoeira.
Na segunda levantei quatro e meia da manhã, afinal, havia combinado com João que sairíamos cinco da manhã, pra fazer uma viagem tranquila e estagiar. Ele de volta e eu primeiro dia.
Uma viagem atípica. Escuro, música baixinha e uma conversa boa. Aprendi muita, mas muita coisa. Assim como Breno um dia me ensinou a diferença de culpa consciente pra dolo eventual, João me ensinou a diferença entre calúnia, injúria e difamação. Coisinhas que a gente leva ad eterno.
Em Salvador, me ajeitei no apartamento e fui para o estágio. Ainda dei um cochilo debaixo das árvores do CAB, dando tempo ainda sonhar.
Na subida das escadas, o danado do sapato social calejava meu calcanhar direito, mas não podia perder a compostura. Apresentei uma carta e fui para o setor. Depois de apresentado pela chefe, sentei com uma colega estagiária que me deu instruções. Foi assustador. Foi de arrepiar. O que eu tinha mais medo acabou com quinze minutos de estágio. Como venho de uma turma boa de colégio e uma fraca de faculdade, a do estágio me preocupava. Foi só até conhecê-los.
Muito sistema, muitas senhas, muitas planilhas, ligações, débitos, cobranças e metas. Entro num setor que vem batendo recorde de arrecadações para o Estado. Tenho que no mínimo, manter o nível.
Muito animado com a nova fase, com a sensação trabalho, com o clima de repartição pública, com as novas amizades que farei naquele ambiente.
Amanhã teremos uma reunião logo cedo, fora de horário. Deus sabe pra que vai ser...Tomara que não seja uma demissão precoce! Rs
Pois é meus caros amigos, muitos querem saber como foi, como ta sendo, o que faço, como me sinto. Sei que o texto começa de um jeito e termino de outro. Mas se não for desse jeito não sou eu. Sem pé nem cabeça.
Por fim, quero profundamente agradecer a Daniel por ter indicado. Tô lá com a força de Daniel, num é a de Jorge não.
- Foto hoje de manhã bem cedinho - Tomando um banho pra ir trabalhar novo!
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