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sexta-feira, 6 de julho de 2012

O levante da política de pão e circo

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Finalmente o cenário político começa a se definir. Os jornais, rádios, televisão e revistas começam a veicular as notícias e a mostrar sua parcialidade, infelizmente, diante das eleições 2012. Cada um defende seus interesses como pode, sem, é claro, pensar na grande massa em quem, de fato, sentirá na pele o peso das decisões apuradas em outubro nas urnas. A política de pão e circo romana vem à tona mais do que nunca nesse período. Agora, sem máscaras, pelo menos pra mim. Digo que vem à tona, por que nunca deixou de existir. A diferença é que as apresentações de carnificina com os leões foram substituídas por micaretas e obras “tapa buraco” e agora é o povo que luta por sua sobrevivência. Peço perdão pelo coloquialismo, mas é que não encontrei outro termo pra definir as obras feitas no último ano de mandato dos políticos em todo o Brasil, inclusive na cidade “rodeada por serras majestosas”. Esse é o momento de mostrar serviço à população; surgem obras por toda a cidade, em prol, segundo os representantes do povo, do bem estar da comunidade. Eles se esquecem de dizer que fazem as obras a fim de investir numa possível e esperada reeleição. Essa é realmente uma das grandes ironias dessa história. Roubar mais 4 anos não tem preço. Aliás, quem paga o preço é você, cidadão que trabalha 8 horas por dia para ganhar 1 salário mínimo. Me pergunto como é tão fácil ludibriar assim a população. Não é possível que não enxerguemos os verdadeiros interesses, aqueles que estão por trás de cada ‘jogada política’ – jogada de mestre, diga-se de passagem. Às vezes eu penso que estou no meio de uma partida de xadrez, onde cada um planeja e prevê as jogadas do seu adversário. A política é, sem dúvidas, um jogo de inteligência, mas diferente do xadrez, a moral e os bons costumes não valem muito. Contudo, como no jogo, apenas um poderá dar o xeque-mate. E acreditem, para conseguir a vitória vale tudo! E game over para o povo! A corrupção, a sujeira e a impunidade envergonham a ‘pátria amada’. A política virou um circo, onde os palhaços são, na verdade, a sociedade. E os mágicos, os próprios políticos, que são capazes de trapacear e fazer desaparecer provas que os incriminam da tão assistida improbidade administrativa, além, é claro, de desviar o dinheiro público; fazendo valer a idéia de que no Brasil ‘tudo acaba em pizza’. Esse circo, no entanto, não desperta bom humor, ao contrário, causa indignação. Muitos preferem fingir não ver, não se importar e não perceber toda a movimentação existente por trás das cortinas do espetáculo político. Fechar os olhos para essa realidade feia deve ser mais fácil, pelo menos para alguns. Falo isso por que muitas vezes preferi ter fechado os meus para as contradições do sistema. Talvez por amar tanto o meu país, a minha cidade. Mas enfim, essa não é a melhor solução. Cruzar os braços nunca fez ninguém conseguir nada. É preciso ter esperança, defender as nossas ideologias e lutar pela tão sonhada democracia, que ainda está longe de ser totalmente compreendida e cumprida. Como boa sonhadora que sou, prefiro acreditar que no meio de tanta sujeira, ainda existem políticos sérios, responsáveis e de bom senso. Capazes de lutar pelos direitos da população que o elegeu e pelo bem da nossa nação/cidade. A decepção de muitos é tão grande, que até fica difícil reconhecer esses tais políticos que se encontram em extinção em meio a tanta roubalheira e descaso. O eleitor esperto vai pesquisar, estudar as propostas, verificar o passado político dos candidatos e também a índole. Convido a todos os jovens, não só de idade, mas de alma, a refletirem um pouco antes de dar um passo tão importante – escolher seus representantes. O voto é o exercício da cidadania. Suas escolhas podem mudar a realidade social do seu país/cidade. Vamos ter cautela e senso crítico. SAÍZE FREIRE

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