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sábado, 8 de outubro de 2011
Dia do Amigo
Acordamos logo cedo pra curtir um dia na roça. Ver “painho”, ver o famoso Chico, olhar os cavalos, as muitas e bonitas cabeças de gado, os pastos, os amigos da redondeza.
Parece que o dia dos amigos é dia vinte de julho, mas eu não estava nem ligado. Me pegou lá em casa de moto, botei a espora e o chicote – como diz a música – saímos calmamente até a loja de agropecuária mais próxima pra comprar alguns vermífugos. Na saída de uma dessas casas recebi uma mensagem de uma amiga, desejando o feliz dia dos amigos. Quando li eu comentei com ele.
- Hoje é dia dos amigos... sabia?
Dei dois tapinhas no ombro como se quisesse desejar algo, mas ficou naquilo mesmo.
- E é? Dia dos amigos...
Nenhum disse absolutamente nada, mesmo que fosse uma besteira qualquer pra marcar aquele dia. Acho que não precisou...
Chegamos, nos acomodamos, providenciamos os cavalos, banho, cela, montaria. Como sempre muito divertido, prazeroso. Lá na outra fazenda reunimos a boiada e fomos identificando pouco a pouco. Cada um, uma história, um dono, mas no fundo quem manda é “painho”. Curamos um bezerro retirando um ‘berme’ e colocando graxa pra mosca não pousar.
Na volta algumas apostas correndo com os cavalos, algumas dívidas que ainda tenho que receber, porque me deve vinte latinhas de energético até hoje. Maribondo ta velho, mas ainda é cavalo de homem. Mentira! Eu sempre ficava em ultimo. Foi-se o tempo que eu ganhava alguma coisa com o pobre do Maribondo. Na metade do caminho, assim como na ida, tinha um rio. Mais medroso que eu – acredite – pensamos e resolvemos ficar pra banhar os animais. Tira bota, calça, camisa, e a viadagem começa.
Brincadeiras de criança besta, jogar água no outro, medo das pedras que pisávamos no fundo do rio, histórias de jacaré e cobra d’água... Realmente, muita bobagem pra dois meninos que, como ele diz, já estão na faculdade. Mas foi aquele momento que a gente pôde viver o tal dia vinte de julho, aproveitar o dia dos amigos, que de fato somos fielmente.
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