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sábado, 8 de outubro de 2011

Urologista



Coça, arde, incomoda, irrita, preocupa.
Tempos atrás me apareceu uma danada de uma “bicheira” na cabeça do pênis. A namorada na época era uma enfermeira formada, então, não precisaria consultar os dotes medicinais de Gi, o que me aliviava profundamente. Ainda sem muita gravidade, apresentei o problema e pedi pra que fizesse um oralzinho ali mesmo, fazendo jura que ao tocar sua boca curaria como o beijo dos contos de fadas. A resposta foi um tapa e uma exclamação: Nojento!!
Como a gente sempre acha que vai melhorar no outro dia, o meu pênis quase invisível parecia está com medo daquela inflamação. Ele não é pequeno... Deixa disso! A maioria das que estão lendo sabem disso. Era medo!
No domingo seguinte esperando a melhora cair do céu, passei o dia na roça de Gi com alguns familiares que chegara de São Paulo. Convites pra comer, pra beber, pra dançar. Nada me fazia sair debaixo daquela sombra do pé de jaca, pensando em que diabos estava acontecendo comigo. HIV? HPV? Um aviso? Usa camisinha, Cleuber... avisava o meu anjinho do lado esquerdo.
Na segunda tive que contar à Dips. O filho da puta ria da minha cara e dizia:
- Eu avisei pra usar camisinha... Eu avisei!
Eu sei que avisou, mas ninguém queria o aviso dele mais não, queria mesmo uma solução.
Foi ai que me lembrei do famoso urologista João Cleber.
Envergonhado, criei coragem e fui até a recepção. Estranho seria se a moça fosse desconhecida, porque Jacobina é grande... vocês sabem! ¬¬
- Oi! Quanto é a consulta?
Meio sem acreditar o que estava fazendo lá, a moça responde:
- Cem reais.
- Aceita plano de saúde Assefaz?
- Não. Aqui trabalhamos apenas com particular.
Vejam só que beleza! Vou ter que arranjar dinheiro não sei de onde... Peguei o cartão de papai e marquei uma consulta. Informei a Dips, a namorada e pronto. Fui esperar a consulta sentadinho com os velhos que estavam prestes a receber uma dedada.
Ao entrar informei dados que precisaríamos pra dar continuidade à consulta.
- Nome...
- Cleuber Augusto de Souza...Fagundes.
- Fagundes? Perguntou Dr. João Cleber. – Aquele meu vizinho?
- Isso mesmo. Somos vizinhos.
A vergonha ficava do tamanho do mundo, mas aos poucos a gente ia conversando sobre as várias festas que tem lá em casa, sobre namoro, cuidados, deixando a consulta mais informal.
Ao perguntar sobre o que tinha não sabia muito bem o que dizer, disse apenas que tinha acordado naquela segunda com uma coisa estranha no pênis.
Pediu pra ir à outra sala e foi examinar. Desde as consultas com Drª. Aparecida que ninguém estranho pegava no meu foguinho.
Na volta ele disse brincando que eu era um irresponsável. “Você deve ter namorada...” apostou sem ter medo de errar. Mostrou algumas fotos, leu algumas legendas sobre como ficaria o meu pênis caso demorasse mais de ir ao médico.
- Ainda bem que você veio logo – completou.
Mal sabia que o problema já ia em quase uma semana. Passou uma receita com duas soluções, uma mais em conta e outra caríssima. Vocês acham que optei por qual? Justamente! Eficaz do mesmo jeito.
Agradeci imensamente pela consulta, por mostrar a solução pra um dos membros que mais gosto e necessito. Não desmerecendo os demais, papai do céu. Perdão!

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