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terça-feira, 22 de maio de 2012
VINTEI!!!
Sexta passada, 18 de maio 2012, completei duas décadas de vida. Bem vivida!
Um abraço de Dips e em Sara logo na madrugada (Não imaginava que protagonizariam, mais adiante, um capítulo a parte) e alguns recados no facebook.
Pela manhã, pegar Gi na rodoviária. Veio de Jacobina ao meu pedido, deixando mamãe e seu braço de radiola.
Umas onze da manhã, já sem querer ir pra aula, recebo minhas primeiras visitas. Os bonitões Itã e Netão. Serviu pra confirmar que iria ficar por ali mesmo, sem faculdade e talvez, sem estágio.
Ao redor de vários e excelentes amigos, tomamos cervejas, cervejas...só me restava comunicar que tiraria um dia de folga na minha querida PGE/PROFIS, mesmo desejando infinitamente receber o abraço das minhas amigas de estágio.
- Fome bateu, bota na mesa, Gicélia!!!
Gritavam os meninos, ansiosos para comer o delicioso e repetitivo nas datas comemorativas vatapá de Gi.
Fabi, Rafael, Dips, Marcão, Netão, Itã, Daniel, Gi, Sara, Jeane, Lando, Brunna e Caps me acompanhavam no dia legal.
A tarde se estendeu com mais cervejas, mais comidas, som alto no quarto, um DVD antigo do parque das sete passagens em 2007 e várias conversas pra recordar, pra não perder o pique nem o costume.
Por volta das seis da tarde fomos até o Garcia, alí atrás, continuar a bebedeira. Dessa vez somente Dips e Marcão. Como toda em mesa de bar, além de pepetas, falamos sobre o pleito de outubro. Isso me assustou, me deu vontade de ir no dia votar e vir embora. Quero que chegue novembro, ou segunda pós eleição me basta.
O bolo dos Raizeiros, presenteado por Sara, digamos que tenha sido a grande e boa surpresa do dia 18.
Depois, ainda na sexta, fomos para o bar de Selminha, no meu querido Doron. Várias cervejas e o empório nos esperava.
Dizem que já foi um ambiente melhor, mas acho bastante animado. Dips e suas danças lindas de morrer, eu conversando com uma menina louca e Marcão querendo dar a sorte de Dips.
Ressaca! E assim começou o dia que oficialmente comemoraria o meu aniversário. O sábado, dia que ngm teoricamente trabalha nem estuda, mesmo tendo uma importante aula de processo civil, fomos arrumar as coisas, checar cerveja, comprar detalhes que faltavam e rezar pra parar de chover. Eu realmente queria que muita gente fosse comer essa água.
Cheguei a acreditar que não tomariam as 5 caixas de cerveja que havia comprado. Doce engano! Terminamos com o dobro.
Churrasco excelente, todo o cuidado de mamãe em mandar, preparar, oferecer e ajudar; A paciência de Gi em não se estressar com meus amiguinhos que pertubam demais; A presença de várias pessoas legais.
Pessoal de Jacobina, da faculdade, do estágio, do prédio...estivemos todos durante todo o dia 19 comemorando as minhas duas décadas.
No final, imprevistos!! Tinha tido boas surpresas durante o final de semana, aquilo não poderia acabar de uma hora pra outra. Seria um bom passo...
Por fim, sem querer me estressar na postagem, continuo acreditando nas pessoas, que um dia possam crescer, amadurecer e resolver seus pepinos.
Não se pode querer brilhar ofuscando ninguém. Inda mais quando se tenta ofuscar a alegria.
Meus peixes! Olhe aqui pro Keu... tão olhando?
Iapois... nenhuma briga deve ser levada a sério quando se tem cachaça pelo meio. O dia seguinte com certeza a mão vem automaticamente na testa e a gente se pergunta:
- Que porra foi essa?
Quero, dessa vez por fim mesmo, registrar uma ligação e um abraço.
O abraço é do meu amigo Caps. Na sexta ele me abraçou e falou algumas coisas. Coisas que todo mundo escreve no facebook, twiiter e Orkut, mas ele sabe dizer do coração olhando pra você. Pena que eu não consigo retribuir o olhar. Eu me abaixo e vou ao banheiro, lavar o rosto.
A ligação é de Vôvo. Zé Fagundes, lá de São José de Mipibu. Se ele lembra ou não, não importa. Mas o que me fez pensar mesmo foi o seguinte:
- Até quando vou ouvir a ligação dele desejando tudo de bom em carreirinha, sem parar, quase sem respirar?
Tomara que por mais uma década. Devo deixar de ser chorão com 30 anos.
Beijos, abraços e obrigado a todos que estiveram comigo em corpo, alma ou coração.
sábado, 12 de maio de 2012
Produtor musical?
Cinco ou seis anos atrás, lá no quarto dos meus pais, uma boa coca e uma passatempo do bar de Carlito.
Uma bolsa de DVDs e muitos sonhos dentro dela.
Não podia ter um dinheiro trocado que eu ia no beco do Paraguai, comprar meus DVDs piratões pra poder assistir. A moça loira da barraca da esquina já gritava:
- Ei, tem novidade!
Na época eu gostava muito e não achava só uma brincadeira. Eu levava a sério. Fazia anotações no meu caderno, as qualidades e defeitos, prós e contras.
O Forró se via louco com meus comentários.
Lembro de alguns trabalhos que me marcaram, como por exemplo, Jorge Vercilo, Alexandre Pires e Alcione.
O DVD volume 2 do Saia e um do Forrozão Chacal também me chamavam muito a atenção pela qualidade.
O volume 1 do Aviões pra mim é um dos piores trabalhos oficiais já realizados, por um simples motivo.
Uma banda do nível e qualidade musical que tem, não poderia abrir um DVD com “olha a barriguinha” depois de uma abertura fantástica.
Fora a questão visual com várias fotos de aniversário de quinze anos espalhadas pelo palco, pingos d’água na câmera (no dia chovia muito em Itapebussú) e ambulantes com várias caixas atrapalhando.
Chego a ter o prazer de dizer que possuo um DVD extraoficial do Saia Rodada que não foi lançado, mas não deixa de ter seu brilho. Foram poucas unidades (tiragem), mas merecia tá no mercado.
Digamos que reativei essa minha paixão por DVDs. Abro, escuto e me delicio com meus vários artistas, tão diferentes e que vocês devem se perguntar:
- Sério que Keu ouve isso?
Ouço sim e adoro!
Dormi ouvindo Maria Gadu e agora acordo ao som da minha Paula Fernandes.
Pontos para a Universal Music.
Essa sabe trabalhar...
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Adeus, Orkut!!
Acabo de excluir um grande amigo, o meu Orkut.
Resisti fazer, resisti excluir.
Nele fiz coisas inimagináveis. Nele me tornei amigo de pessoas especiais, pessoas de todo o Brasil. Alguns já tive o prazer inclusive de conhecer.
Vide Laysa de João Pessoa, Mony, Thayizinha e Max das Alagoas, Priscila, Maria Amanda e Marina do Recife. Acrescentadas ao nobre Raphael Acioli e toda a banda Saia Rodada, que sempre me pediram pra “deixar de confusão” na internet e que a banda tava tentando melhorar, entrando no eixo. Coisa que nunca entrou e nunca vai entrar.
Tem também Dudu e Bia Rodrigues do meu querido Rio Grande do Norte. Jéssica e uma amiga da minha praia de verão Barreta.
Vixeee! São tantas histórias, boas histórias.
Um pause e um salve aos meus eternos companheiros de Forró e da minha amada, mas amada mesmo comunidade do Orkut Saia Rodada x Aviões.
Quase todas dessas amizades surgiu de lá, daquele ambiente que eu morro de saudade.
Tenho certeza absoluta que todos eles também guardam um carinho por mim.
Foii de arrepiar!!!
Me expus, briguei, chorei, namorei, terminei, conheci, dei uma de doido, aprendi a escrever, me relacionei, aprontei e aprendi.
Muito obrigado, Orkut.
Acredite! Parece loucura mas essa ferramenta virtual teve uma passagem significativa na minha vida.
Deixo pra trás muita coisa boa, mas preciso me desapegar aos poucos da internet (como oba-oba). Aproveito a ocasião que ele está defasado e junto com ele a exclusão do meus dois perfis.
Grande abraço, querido!
terça-feira, 8 de maio de 2012
Professores - FJA e Yolanda
Gosto muito da minha faculdade. Lá tenho quase tudo. Um curso reconhecido, bons amigos que vou levar comigo pra sempre, pessoas que por ser de um jeito, me orgulha por ser ao contrário, uma biblioteca completa, praça de alimentação que muitos shoppings perdem, tem até cabelereiro de 20 reais (coisão).
Lá não tenho uma coisa.
Tão simples...
Sinto orgulho do Yolanda porque além de colegas de sala que são meus amigos “ad eternum”, tinha professores especiais.
Essa classe, tão pouco valorizada, sempre foram meus ídolos no Yolanda. Desde pró Fátima’s, Dulce, Neuma, Rosa, Conceição, Edneide, Cleide e Geysa que fizeram parte do meu infantil à quarta série, até os do ensino fundamental até o meu querido, alegre e inesquecível terceiro ano.
Fredson, Paulino, Bob, Márcio, Galdino, Jacimário, Dibas, Boaventura, Cajú, Clebinho e porque não Demson e Vandré?
Jádna, Joseanne, Lucy, Andréia, Rita, Luciana, Ana Patrícia, Zeniara, Lindaura, Michelle, Evelin, Adriane e porque não Ana Beatriz? Afinal, aprendi balancear a química com ela.
Não se engane, poucos desses eu passo na rua e não dou um abraço.
Quase todos são meus exemplos e tenho uma boa história pra contar.
Seja história na sala de aula, em jogos estudantis, em reggaes, carnavais, festas fora da cidade ou até mesmo estudando, por que não?
Sei de uma coisa... foram pessoas que marcaram na minha vida. No ensino superior ainda não achei nenhum pra ter orgulho e ser um fã número um.
Na foto está nosso professor e amigo Jacimário. Além de artes e história, ele ensinava como era vida.
domingo, 6 de maio de 2012
Fabio não! Fabinho...
Era um dia de domingo qualquer, que a gente se reúne, chama um bom amigo e almoça algo diferente do santo feijão semanal.
Satisfeitos, sentaram no sofá de casa, na minha adorável Cônego Samambaia, papai e seu amigo das antigas Rogério. Conversa vai, foi e veio.
Futebol não é o forte, política não vos interessava à época, então, vamos conversar sobre desigualdade social?
Todos sentam pra conversar sobre esse batido tema, seja numa mesa de bar, num almoço em família, fóruns internacionais e salas de aula.
Muito se fala, mas pouco se resolve.
Eu sou filho d’um cidadão que sabe resolver problema, mas tem que ser dos outros, porque se for dele, ta fudido.
Algumas palmas soavem levemente no portãozinho do quintal de casa. Gi e mamãe atenderam assustadas uma mulher alta, negra, com dois meninos negros, franzinos, sujos e com fome.
- Vamos entrar! O que querem?
Se prontificou papai, sem titubear.
Acho que ele tinha que provar que era tão bom quanto o discurso inovador e corajoso da proza.
Tomaram banho de mangueira, almoçaram, brincaram, fizemos um movimento na nossa rua.
Era uma mulher que poderia vestir roupa de Gi tranquilamente, uma criança da minha idade que vestiu roupas minhas e um outro, de dois anos, no máximo.
Esse ultimo, a razão por este conto, era divertido, feliz sem ter um porque, só por existir, catarrento e danado, como toda boa criança. Tínhamos Marcelinho e Rafinha, duas crianças da mesma idade que prontamente (seus pais) doaram roupas para o sapeca Fabinho.
Mas, e agora?
Vão voltar pra rua, dormir na rua, pedir na rua, continuar a vida de cão?
Veio a ideia então das irmãs, as minhas queridas Irmãs de Calcutá. Um grupo de freiras que moram no nosso bairro e cuidam de crianças carentes, alimentando, divertindo e catequizando.
Outro problema: Fabinho poderia ficar, a idade permitia. Seu irmão e sua mãe não.
Ainda dormiram uma ou duas noites, mas os dois apresentavam problemas psicológicos, anulando qualquer chance de continuarem no ambiente.
Com muito pesar, continuaram a vida na rua, até sumirem no mundo.
Fabinho continuou na casa das irmãs e algum tempo depois surgiu um convite especial. A irmã Terezinha queria que papai e mamãe fossem os padrinhos daquele “guri”.
Marcada a data, curso de padrinhos feito, tudo certo e aprumado pra batizá-lo dia 24 de dezembro de algum ano que não me recordo.
Igreja lotada, ele um pouco assustado, mas brincando e muito feliz. Ele tava todo importante, era bom de ver.
Mamãe com ele no colo, inclinou a cabeça do boy e o Frei Raimundo disse:
- Fábio eu te batizo...
Imediatamente ele enxugou os olhos e disse:
- Fábio, não! Fabinho...
A cena foi fantástica!
A igreja caiu nas graças do menino arrancando boas risadas dos presentes.
Depois fomos pra casa, afinal, era Natal, dia especial em que o forno cheira a coisa boa, a fruteira ta arrumadinha com frutas intocáveis (coisa de pobre – não notem).
A gente brincou um monte, até que deu a hora do almoço.
Mesa posta, tudo muito bonito e gostoso.
Começamos a almoçar, fizemos o prato de Fabinho que comia devagarzinho.
- Algum problema, Fabinho? Quer mais o que? Diga ai, diga...
Lembro que eu tentei ir dando de aviãozinho, gostava mesmo dele.
Eu, ele e Jeverson (primo). Lembrei agora...na mesa só tinha nós três.
Depois de afastar o prato com as duas mãos, ele perguntou assustado:
- Aqui não tem farinha não?
Ter, tinha. Mas o almoço não pedia aquele acompanhamento.
Eu fui no armário e trouxe a farinha. Ele, dessa vez sorrindo, botou a mão dentro do farinheiro, pegou um punhado de farinha e botou na boca.
Era o retrato fiel da pobreza, da falta do que comer, do costume de tá se alimentando noite e dia d’um alimento sagrado, típico da nossa região, mas que não sustenta o cidadão.
Eu saí na hora, peguei uma uva na intocável fruteira e saí pra lavar o rosto. Era pequeno, mas sou filho de quem sou e não aguentei assistir aquela cena.
O que a gente tinha que fazer era matar a fome daquele nosso amigão, nem que fosse com farinha.
Inventamos, esquentamos feijão, um arrozinho e a tal farinha, do jeito que ele queria e adorava.
Espero, do fundo do meu coração que ele esteja bem, comendo farinha, mas com um bom feijão. Esteja vestido e calçado numa boa havaiana. Não esteja passando frio nem fome.
É isso que qualquer um lá de casa sente sempre que falamos nesse nosso anjo negro Fabinho, que um dia passou por nossas vidas.
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