Total de visualizações de página

sábado, 9 de outubro de 2010

Fim do duelo


Dia desses recebi uma ligação no mínimo diferente.
Apareceu no visor do celular o nome Isis Franco. É esse o nome de uma grande companheira de colégio, onde vivemos mais de 15 anos, compartilhando o mesmo colégio, a mesma sala, os mesmos professores, porém, idéias diferentes. E bota diferente nisso.
Cleuber, Antonio Neto, Daniel Cajé e Isis Franco. São esses os únicos resistentes do começo ao fim da trajetória escolar no Yolanda. Tenha certeza que são nomes de peso, significativos na história do colégio, na vida de Pró Ana, de Galdino e todos os outros professores que deixaram o seu legado.
Assim como personagens do naipe de Paulino, Ana Patrícia, Clebinho, Fredson, Bob, Dulce, Alda, Mário, Márcio e outros profissionais marcaram nossas vidas com a amizade construída dentro e fora da sala de aula, nós, com certeza, marcamos a vida dessa galera. Acontece que no meio de tudo isso existia duas pessoas em constante conflito. Opa! Falou conflito? Então é Keu, só pode! Pior que era... Eu e Isis.
Não era direto, mas algo que me deixava chateado com a postura dela e ela com a minha, resultando em antipatia.
Não vou saber te explicar agora o porquê disso tudo, até porque vejo hoje que não fazia sentido algum, mas chegou ao ponto da coordenadora (Graciete) ir à nossa sala e perguntar o que acontecia, tendo uma resposta minha no mínimo, infantil. “Adianta ela”. Foi o que falei na sétima série quando perguntado sobre o que fazer com tal situação. No segundo ano voltaram a ter essas birras, dessa vez um pouco mais séria por envolver a família e a sala toda. Em seguida, com o fim da era chegando, não sei se a coisa melhorava ou piorava, porque as aulas de matemática eram insuportáveis pra ela e divertidíssimas pra gente. Ou seja, ela queria estudar, a gente não.
Na formatura, no texto que ela fez dizia assim: Cleuber, Keu. Amo-o ou odeio-o? Nem eu nem ela sabemos responder, mas sabemos que o respeito e o carinho que um tinha pelo outro, apesar de toda a minha palhaçada, sempre foram grande, mesmo escondido, guardadinho lá dentro.
E é por isso que digo que a ligação foi no mínimo diferente, só em ter me ligado foi uma surpresa enorme, imagine com toda a prosa que nós tivemos que foi uma maravilha. Ela chorava de lá e eu de cá. Ela perguntou: Oxe! Eu tou chorando aqui e tu rindo aí é, Keu? (risos) – Mal sabia ela que me acabava do outro lado... Agradecendo pelo simples fato de ter convidado ela pra um “reggae”, eu me sentia super bem por ter feito algo tão simples que muda um troço tão sério. Ali talvez tenha sido o recomeço, uma pedra nas brigas do passado com uma nova janela para o que nos espera.

FOTO - Aniversário de 14 de Iago Souza - A intenção de Pró Rita (Mãe dele) era reunir na foto amigos de infância - Faltou Netão e Lorena Bocão

Nenhum comentário:

Postar um comentário