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segunda-feira, 12 de março de 2012
Por onde andam?
Sou recheado de histórias que não me canso de contar. Se você cansa de ouvir, me avisa. Se já contei, também me avisa. É meu problema de memória que papai insiste em dizer que é desorganização, e mamãe, descaração.
Mas e os personagens? Eu quase sempre sou coadjuvante. Sempre acompanhado de bons amigos. E os antigos? Existe antigo amigo? Existe nada. Eles são pra sempre. Só se escondem, mas depois vão aparecer.
E é por isso que vos digo. A minha infância foi invejável. Contarei algumas coisas com alguns personagens diferentes.
Amigo 1: Aléx chupa cabra. Esse é meu amigo de infância que meus olhos ficam bem baixinho quando lembro. Onde danado anda esse “moleque”?
Ele tinha minha idade, morava na mesma rua, do outro lado, vizinho a Lissandro, Carina, Seu Paulo Orlando e Dona Neuza do geladinho. A mãe dele se chamava Esther, fazia uma coxinha deliciosa que volta e meia a gente tava comendo e mamãe encomendando.
Ele falava errado, tinha a língua plesa, amigo de todos, sabe? O gente boa da turma era ele. Evitava brigas e confusões na galera, principalmente entre mim, Marlon e Sinho.
Lembrando aqui agora que um dia a gente fez uma competição no quintal dele para ver quem quebrava licuri inteiro com uma pedrada só. Era tão bom! Lembro também de uma viagem que fiz para uma cidade perto, o nome era Carnaíba, cidade que eu acho que ele mora hoje em dia. Foi minha primeira viagem assim sem meus pais. Levei uma toalha nova que tinha vários animais estampados.
A maior lembrança que tenho dele é na sua despedida. Fiquei sabendo que iria embora pra outra cidade. Papai me levou na loja da minha madrinha e compramos um carrinho super massa. Eu queria um daquele, mas presentear ele era mais especial.
Era um dia de sábado. Eu dormia no quarto de Gi. Papai disse:
- Ele ta ai, dormindo. Keu...acorde. Aléx quer falar com você!
- Deixa, deixa ele dormir.
- Então dê um beijo dele. – Disse papai.
Ele veio, me deu um beijo na bochecha e deu alguns tapinhas. Poorraaaaaaaaaaaaa! Aquele foi sem dúvidas, um dos melhores beijos que já recebi. Verdadeiro, de criança. Lembro como hoje, acredite.
O meu ‘porra’ foi de revolta. Por que eu não acordei? Aquele foi meu ultimo contato. Por essas e outras que hoje em dia, na hora de me despedir, choro e abraço com gosto, pra não chorar na frente de um notebook anos depois. Se soubesse onde ele tava, além de ligar, faria de tudo para dar aquele abraço do sábado.
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