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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

2015 - Surpreendente.

Que ano foi esse, hein!?
Dia 11 de dezembro 2015, finalzinho de ano, festejos se aproximando, sem dinheiro no bolso para comprar presente, mas pelo menos o peru não escapa.
Até determinado tempo do seu ano, ele nada mais é do que uma continuidade do ano que passou. Você idealiza, se programa, daí faz ou não.
Como me formei em dezembro de 2014, certamente 2015 seria de muita mudança, novidade e experiências.
Digamos que o ano começou com o pé esquerdo. Chego em Jacobina dia 2 ou 3 de janeiro e recebo a triste notícia que Quincas (nosso cachorro) havia morrido no dia 31 de dezembro de 2014. Eu sofri, beleza. Mas ver Gi daquele jeito era de matar. Ela realmente se aproximou muito do animal e toda aquela velocidade da morte assustou.
Já em fevereiro foi de uma intensidade fora do comum. Coloquei um ponto no meu namoro com a Dra. Laiza (especial demais). Já estava aprovada no exame da ordem, pronta pra advogar ou fazer o que quisesse, ao passo que o nosso namoro não vinha dando certo, pelo menos pra mim.
Foi em fevereiro também que recebi uma ligação de Arthur Maia, até então irmão de “Thola”, apenas. Fui ao Escritório dele, ali no Stiep, e tive a grata surpresa de ser convidado para o seu escritório. Disse que pensaria, que tinha alguns projetos, mas que tinha ficado animado.
Já era um sim, mas não podia insistir no erro que justamente o “Thola” tanto me policia. Tenho mania de ser impulsivo e certa vez fui chamado a atenção por ele de forma bem incisiva. Aquilo mexeu. Estou melhorando. Sério!
Março fiquei em Jacobina analisando a vida, trabalhando muito no OpenLight 5 (Cavaleiros e Daniel Vieira). A festa foi um sucesso fora do comum. Se não fosse a cerveja que não estava numa temperatura legal, arriscaria aí dizer que foi perfeita.
Em meio ao OpenLight liguei para Arthur e confirmei o “sim” do convite para o Escritório. Seria, então, a partir de 01 de abril de 2015, sócio do escritório que hoje chamamos de MAF (Maia, Alves e Fagundes). Hoje Arthur não é mais só irmão de Heitor. É o meu sócio, a pessoa que divido as petições, os pensamentos, as estratégias, os sonhos e angústias. Gente...parece que a sociedade é mesmo um casório escrevendo isso. Hoje temos oito meses de parceria e digo com tranquilidade e muita perspectiva de que estamos bem e vamos longe.
Com apenas trinta dias de escritório tirei férias. Brinks! Arthur sabia e tinha aceitado a ideia da viagem. Ela fez parte de uma programação de 2014, como dito lá no início do texto.
Dia 01 de maio de 2015 fiz uma das coisas mais incríveis e corajosas da minha vida. Fui para Europa com Giovanio Conrado, um colega de sala durante os cinco anos de faculdade, um juazeirense filho de duas criaturas que são amadas e ninguém conhece (Velho Gerson e dona Lau). É uma figura super engraçada e que faz muito sucesso por onde passa. Gente autêntica me deixa arrepiado. Os vídeos no Facebook são a prova.
Fomos para Lisboa (apenas uma conexão, o que não nos impediu de fazer um almoço e um mine passeio), Madrid, Barcelona e Amsterdã, Madrid. Voltamos dia 19, ou seja, passei meu aniversário (que é dia 18, só pra quem tenha esquecido, eventualmente, claro) em Madrid. Vivi histórias interessantíssimas, aprendi outras tantas, conheci pessoas que nunca imaginaria conhecer, como foram os argentinos (Ruan, Wilson Widerique), as canadenses, as francesas, e Hayla, que não faço ideia de onde seja e volta e meia a gente se cruza pelo whatsaap pra conversar. Ela é advogada e vive rodando esses congressos. Chamei para o Brasil e ela ficou com medo. Tenho cara de quem saio comendo todo mundo assim? Oxe! Ela é muçulmana, eu acho.
Tentei e consegui extrair o máximo possível, ter uma visão macro de tudo de um jeito que não consigo contar. É preciso viver. Chupa Sara!!!
Em junho é São João aqui pra gente, além, claro, do aniversário de Jéssica. Passei com Igor (colega de faculdade), Dips, Daniel e Rafael por Iraquara, na Chapada Diamantina. Foram dois dias de um São João diferente, com passeio por pratinha, com um forrozinho em Seabra, enfim. Rodei mais que notícia ruim. Teve também Tayrone e minha Saia Rodada na querida Capim Grosso.
Dia 24 de junho realizei um sonho. Comprei uma rocinha. Como é segredo, não vou me alongar. Papai não gosta de ideia de ter uma terra, de empenhar dinheiro. De lá ele já veio, pra lá não quer voltar. De lá eu não vim, pra lá quero viver boas histórias. Paciência! Mamãe já sabe e vai me ajudar. Ela é dez pra essas coisas. Só tem que pegar numa veneta boa. Ô mulher pra mudar de humor em menos de um segundo.
Passado esse São João, tentando retornar a vida no MAF, logo retornei para Jacobina e o aniversário de papai, que foi dia 2 de julho. Essa parte merece um parêntese muito grande. Na comemoração dos 58 anos de papai eu avistei tia Anízia, uma tia querida, irmã de mamãe, sentada e pouco falante. Ela bebia e fumava muito, mas sempre fomos acostumados. O que é ruim. Ser acostumado com o que não presta é terrível.
Passei todo o aniversário do seu lado, abraçado, bem juntinho mesmo. Pegava cerveja sem álcool, trazia salgados e conversava. Ela tremia, tava frágil e falava em fazer um tratamento dentário. Ela me convidou para o seu aniversário que seria em quinze dias.
Voltei para Salvador e duas semanas depois liguei pra casa. Disse que estaria indo no final de semana, causando estranheza em papai, já que fazia muito pouco tempo que teria ido. Justifiquei que seria aniversário de Tia Anízia, que ela tinha me convidado e que tava com medo de não conseguir mais vê-la. Papai, resenheiro como sempre – na maioria das vezes fora de hora – riu e brincou com mamãe.
Fui pra Jacobina, cheguei final da tarde e umas nove da noite fui à Jacobina 3, onde ela morava. Tava com Juliana Mota, uma paquera da época. Elas se cumprimentaram, perguntei como tava aquele barulho (tava acontecendo o São João do bairro na praça que ela morava), e ela, daquele jeito que só ela tinha, culpou Papai daquela baderna “nas porta dela”.
Convidei para almoçar lá em casa no sábado, o dia do seu aniversário de verdade. Ela não comemoraria no sábado. Janaína, minha prima, filha dela, tava em um curso. Não fazia sentido comemorar sem a presença de Jana. Aceitou meu convite, almoçou conosco, tomou aquela cerveja zero álcool e na hora do almoço papai riu pra mim, mais uma vez com resenha fora de hora, e disse que eu tinha razão. Anízia não ia longe não.
No domingo ela comemorou seu aniversário e eu não fui. Estava numa cavalgada. Por volta das dez da noite daquele domingo, mamãe me pegou no Haras com tia Lucinha e fomos novamente à Jacobina 3. Lá ela me aguardava cheia de desaforo e com uma picanha que quem quisesse que mexesse. Era pra mim, guardada para o sobrinho dela. Comi sem fome, agradeci, abracei bem forte e fui embora.
Voltei para Salvador e na sexta seguinte, na mesma semana, ligo pra Gi perto do almoço para saber como estão as coisas. Sempre gosto de saber qual o almoço para ficar com inveja e vontade mais ainda de ir pra casa.
Gi disse que as coisas estavam bem, só que Anízia estaria no hospital. Respondi com um “vixe”. Não imaginava, realmente, que seria algo sério.
Perto das cinco da tarde recebo a ligação de papai. Ela não resistiu. Era pra esperar Sara e ir pra Jacobina. Com cuidado, sem correria, sem maiores angústias, sem carreira. Como se fosse possível.
No sábado cheguei em Jacobina e foi daquele jeito. Uma tristeza sem fim, mas eu muito conformado e feliz por ter ido vê-la uma semana antes. Aquilo me deixou bem de um jeito que vocês não fazem ideia.
Agosto e setembro foi muita montaria, algumas vaquejadas e cavalgadas, como Ponto Novo. Integrei-me ao Grupo Mesquita e com Bruno, Laranjeira e as minhas “chiquititas” de Capim Grosso aprontamos um monte. Dormir em uma rede amarrada de todo jeito e acordar com coice de cavalo passando fazendo vento no nariz foi o bicho!
Outubro mais um acontecimento triste. Zé Fagundes, avô paterno, falece em 15 de outubro. Um descanso. Viveu 91 anos bem vividos, sofrendo ali apenas nos seus últimos meses. Deixa aí cinco filhos que são, sem dúvida, a maior marca da sua vida. Impressionante como todos eles têm um pouco das coisas de Vovô. Papai foi exagerado. Pegou quase tudo. E não falo aqui só de fisionomia, que chega a assustar de tão parecido.
Uma das coisas que me deixou mais assim “coisado” com a morte de Zé Fagundes foi a sua missa. Tanto a de corpo presente (uma tradição no RN) quanto a do sétimo dia. O Padre, que era amigo de Vovô, dizia que em uma das conversas que um dos grandes arrependimentos do velho teria sido a sua ausência para os seus filhos. Nessa hora papai chorava de uma forma estranha, com pesar mesmo. Eu não aguentava. Acompanhava.
Na oportunidade eu agradecia por ele ser diferente comigo e com Sara. De verdade, melhor que ele não acharíamos. A gente chega a não merecer. Enfim. Disso nunca me queixarei.
Novembro não lembro muito bem o que teve, talvez muito trabalho, assim como esse dezembro.
A palavra que define 2015 é “surpreendente”.
Apesar desses pesares que passamos juntos aí, já que muitos de vocês viveram isso comigo, o fim ano vai acabar e vou agradecer muito. Oportunidades, experiências, choros, risadas, idas, vindas, projetos, realizações, decepções(??).

Já estou planejando 2016, seja com Arthur, seja com Lucas e Dips, seja nas minhas anotações, porque quero que ele seja assim, repleto de histórias, independente, estarei preparado. 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Aniversário de Gi

Quem tá completando mais uma primavera nessa segunda, dia 07 de dezembro, é minha Gi.
Já escrevi sobre ela aqui no blog, mas toda e qualquer homenagem ou o que quer que seja é muito pequeno pra ela.
Tentei me organizar pra ir hoje pra Jacobina com Sara logo cedo, mas não dava. Até dava, mas foi mesmo uma opção.
Final de ano chegando, o Escritório precisa ajustar algumas coisas para que finalize o ano bem e, consequentemente, também inicie 2016 com o pé direito.
Já tem alguns anos que não passo com ela. Ficamos apenas nas ligações – que se repetem diariamente – e na vontade.
Certamente ela vai a noite pra alguma pizzaria. Sara, Papai, Mamãe, Cris, Quinho, Dr. Flávio, Dona Arlene, talvez o novo paquera dela e não sei quem mais. É o jeito mais prático pra comemorar.
Tô aqui recordando de um ano em que fui pra Jacobina e papai deu a ideia de fazermos uma festa surpresa. Foi fora do normal de bom!
Mamãe o dia todo na Receita, Sara em Salvador (adorei essa parte, porque eu estava e ela não) e papai na labuta do aniversário.
Conversamos com Cris e ela passou mais ou menos o que precisaria. Ajeitamos tudo direitinho e ban!! Sete da noite fizemos a surpresa.Ela de verdade não desconfiou de nada.
Foi o bicho!! Vê-la satisfeita me deixa radiante.
É, como já disse, aquele ser iluminado, que se fez necessário, que é extremamente importante, como um pai, como uma mãe, como uma irmã.
Que papai do céu possa continuar abençoando a nossa “irmã Gi” e que possamos até o fim das nossas vidas ser companheiros, amigos, cúmplices, tudo.
Parece bobagem, mas vocês precisam ver quando ela só imagina que alguma coisa possa acontecer a mim ou a Sara. Ela fica brincando (com muita verdade) que não aguentaria.

Deixa eu ir trabalhar agora, porque esse ano não deu, mas no próximo ela que escolhe o presente dela. 

sábado, 7 de novembro de 2015

Pai, o que está acontecendo?

Essa semana o vereador de Jacobina, Batista (PP), foi citado aí em Jacobina por diversos blogs (irresponsáveis) que havia sido envolvido num desvio de num sei quantos milhões e que a Polícia Federal (supervalorizada) havia batido a sua porta cinco da manhã para apreensão disso e daquilo.

No seu momento de esclarecimento lá na Rádio Jacobina Fm, na companhia de Geyder (radialista de mão cheia), pouco fiquei convencido da sua versão, mas uma passagem da sua fala me chamou a atenção. Foi quando ele falou, com pesar, a forma que as pessoas veiculam aquilo que acham que é verdade, e daí prejudica uma cadeia de pessoas que chega a ser incalculável.

Nesse caso, a sua filha, morando e estudando fora, tentava incansavelmente falar com seu Pai para saber o que havia acontecido. É que a gente fica de longe, apreensivo e torcendo para que os nossos pais, irmãos e amigos não se envolvam em problemas. É preferível que o problema seja nosso do tamanho do mundo, que falte autoestima, que as notas estejam baixas, que o dinheiro não esteja suficiente, que o namoro não caminhe como a gente espera, mas ver um Pai acusado por um blog, uma rádio ou um site irresponsável é de tirar o sono.

Me senti na pele dela. Como é ruim, desagradável e nos dá um pico de nervoso quando nos deparamos com algo com aquela agressividade.

Foi agressivo não só com Batista, mas com sua carreira profissional, sua vida parlamentar, sua vida íntima e, principalmente, sua família.

Não quero jamais justificar o erro de quem quer que seja, muito menos o de Batista, que pouco tempo atrás não tirei o chapéu pela sua atuação como vereador. O que quero – e não vou conseguir - é apenas apego com a verdade.

Quem dirá? Só o tempo e a apuração da temida Polícia Federal que acorda o cabôco cinco da manhã. 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Chorar de rir

A vida é feita de fases. Eu tenho vivido essas fases de forma magnífica. Digo isso porque hoje, com 23 anos, carrego comigo uma bagagem de muita coisa boa.

Ontem, por acaso, sentamos na Missão para conversarmos e tomar uma. Vínhamos de uma tarde de muita tristeza, mas fizemos questão de estar juntos.
Sentamos eu, Dips, Daniel Cajé, Inha Velloso, Negão e Danielle (namorada de Dips). Momentos depois passou Alisson, o Sinho, acompanhado de um amigo de Umburanas.

De pronto aceitou nosso convite feito aos gritos (eii porra!! Chega! Vem pra cá!!).

Apesar da distância de Alisson da nossa turma de Cônego Samambaia/Rua da Vitória/Oitão, sempre que ele chega, a gente consegue dar boas risadas.
Ontem foi fora do normal. Ríamos das mesmas coisas, das mesmas histórias, lembrávamos-nos de outras tantas e a memória refrescava como se fosse ontem.

Personagens como Fredão, Marlon, Bozo, Luan Piauhy, Netão gordo, Birão, Netão de Nilza, Mônica doida, Mike (cachorro) e tantos outros.
Tá vendo porque afirmo que vivo as fases?

Essa fase de já entre 11 e 16 anos que aprontamos de muitas maneiras, tá registrada com muito carinho.

Começamos nos carrinhos de brinquedo, passamos para o patinete, chegamos às bikes, logo uma moto, agora, os carros de verdade.

Que possamos cada vez mais sentar como ontem e conversar e chorar...de tanto rir. O pé da barriga chega dá uma cólica.


Abraços, meus amigos. 

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O lugar também vai morrer

Hoje de manhã amanheci pensando em como as coisas e lugares também morrem.
Com certeza deve existir frase e texto em torno dessa reflexão, mas nunca tinha me atentado com toda cautela como aconteceu hoje.
Minha infância teve de tudo. E por isso eu sou um bom contador de histórias passadas. Pelo menos os colegas da Faculdade diziam. Os do Yolanda talvez não suportem mais. Os de rua talvez me ajudem a contar. O de escritório um dia vai se cansar.
E é por isso que a gente vive em eterna mudança, conhecendo novas pessoas para que elas possam morrer, indo a novos lugares para que eles também possam morrer.
A morte do ser humano para nós uma merda. Você perde o contato direto. Não ouve mais a risada, o choro, as pirraças, as brincadeiras e as manias.
E dos lugares? Do que a gente sente falta?
Treze anos atrás (eu conto história que aconteceu uma década atrás, o que significa que estou ficando velho), minha Tia Nã morreu. Ela era tia de Gi, que vocês tanto conhecem. Então, seria minha Tia também.
Como nossa infância foi lá e ela não está mais entre nós, deixamos de ir, de passar as férias, de ver os pintinhos nascerem dos ovos das galinhas, de regar as plantas, cozinhar licuri, andar de jegue e cagar no mato.
O lugar simplesmente: Buum!!Também morreu!
Os galhos secos, as arvores pedindo socorro, a casa agora é abrigo de morcego, jegue aprendendo a comer malva, etc.
Recentemente outra tia, dessa vez de sangue, também faleceu. Morava na Jacobina III e às vezes, não com muita frequência, eu também ia lá.
Hoje passo perto da Serrana e o volante meio que dá uma puxada para a esquerda, querendo entrar na avenida que dá acesso a Jacobina III. Eu resisto e sigo direto.

É que ainda estou em processamento. Aquele lugar também vai morrer.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Os encostos de Jacobina e as encostas de Salvador




Dia desses brinquei no meu Facebook dizendo que nas eleições de 2018 para Governador da Bahia, ganharia quem fizesse mais encostas, já que em 2016 não teria graça. Quis dizer que ACM, o Neto, ganha fácil.

É que Salvador é uma cidade desordenada no subúrbio, fazendo com que as pessoas se instalem em locais inseguros e inapropriados, não porque querem, mas porque a história explica. Tomara que o Secretário e pretenso vice-prefeito de Salvador (Bruno Reis - PMDB), não diga que é porque eles querem.

Rui Correria (Costa – Governador da Bahia) vem fazendo propaganda exagerada, dizendo que mais de 200 milhões de reais estão sendo empenhados nas encostas de Salvador, oferecendo mais segurança e comodidade aos moradores.

Neto, o pequeno pônei mais desenrolado da América Latina, não fica atrás. Vem visitando a cidade baixa e também realizando obras por onde quer que o bolso e a saúde financeira da Prefeitura permita.

O que me traz aqui é uma comparação que fiz dirigindo e meio tomado pelo efeito do café que tomei logo cedo, pois em Salvador ganha quem fizer encosta. Já em Jacobina, quem tiver menos encosto.

Em Jacobina, amigo, precisa de Político que não tenha encosto, que tenha coragem de dizer NÃO!!

Nas eleições do ano passado para Presidente eu me encantei com um vídeo de Eduardo Campos, dizendo em alto e bom tom (nunca sei se é bom som ou bom tom) que diria NÃO a determinadas pessoas. Que estas seriam OPOSIÇÃO!

Em Jacobina tá faltando homem com essa disposição.

Em 2012 Rui deu um chute nos ovos de Juliano Cruz, tirando-o da Vice e colocando Fagundes. Leopoldo não perdeu tempo e logo trouxe para o grupo. Foi candidato a vereador e levou um não da população.

Não também foi dado, nas urnas, para Jasson e para Cristiano Teti.

Vejamos então, qual a contribuição estas figuras podem oferecer pra Jacobina? Respondo com a maior tranquilidade que pode existir:
Nenhuma!

Digo isso sabendo, inclusive, que duas foram levadas pelo próprio Fagundes (Jasson e Teti), contra a vontade do Prefeito.

O Secretário de Obras da cidade, por exemplo, em outros tempos, foi Secretário de Saúde. Hoje está na gestão por um pedido político de cima, para não ficar desempregado. Dessa vez não é culpa de Fagundes. Robério Wanderley, que ano que vem pedirá voto para o candidato de Leopoldo, não tem culpa. Todos temos contas a pagar.

As eleições se aproximam, os encostos também.

Em todos os grupos existem pessoas malucas, irresponsáveis, que falam demais, agem no impulso e meio que traz imagem negativa, mas é muito difícil se desfazer destes cabos.

De outro modo, se afastar dos encostos da política jacobinense é algo urgente, que ajudará, e muito, aquele que queira se eleger no pleito de 2016.

Sorte e coragem aos candidatos, lembrando, sempre, querendo ou não, gostem ou não, podem espernear, as eleições municipais de Jacobina dependem diretamente de Rui Macedo e Leopoldo.


Candidato: diga não ao encosto!

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Rapidinhas das prévias em breve

Nas eleições de 2012, pós resultado e a vitória - e que vitória - do 15 (Para Reconstruir Jacobina), eu fiz alguns comentários que chamei de "Rapidinhas das eleições 2012". Bombou di'cum força!

O Bahia Notícias, com o brilhante Zeca de Aphonso, faz parecido semanalmente com algo chamado "Curtas do Poder". Ele, com toda sua sapiência, nos anima com os detalhes dos bastidores da Assembléia Legislativa, Câmara Municipal, Palácio Tomé de Souza e também o de Ondina. 

Ainda estamos faltando mais de um ano para as eleições municipais, contudo, já teria bagagem pra novamente fazer algo como em 2012. 

Vou pensar bem direitinho porque tem algumas coisas pesadíssimas. Prefiro que o efeito desse café que tomei agora há pouco vá embora,



sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Na calçada de Mipibu



Zé Fagundes velho forte
Trinta dias de hospital pode aguentar
Mas logo, logo vai pra Mipibu
Pra na sua calçada o povo acenar

A gente já tá até acostumado
Essa não é a primeira vez
Vive nos assustando
E a família segue orando
Para revê-lo outra vez

Chega logo sete de setembro
As passagens Sara vai comprar
Vou até comprar uma calça nova
Para no seu aniversário poder entrar

Avisarei também a Ricardo
Que é pra mode seu bem
Se queres participar
Se adeque ao velho que beira e chegará aos cem

Escrevi esse poema (?!)
No teleférico de Montjuic
Estou aqui na Eurotrip
Vixe que negócio chique!

Agora vou m'imbora
Algumas roupas pra lavar
Porque amanhã tem Amsterdã
O que será de mim nesse novo lugar?

Se alguém puder ler para Vovô
Muito feliz ficarei
Pois foi a forma de falar
Que muita saudade sentirei

Bem de pertinho, cá no aparelho
Cleuber manda um abraço
Pedindo que o espere
Para que dê outra benção no velho bom de cordel
Bom de namorador
Coisa de sangue
Herança que não se divide
Que me perdoem os que brigarão
Mas esse sobrenome não é pra quem quer não.



Cleuber Fagundes, 11 de maio de 2015. Barcelona, ESP.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Prévia das prévias

Movimentações internas tomam conta das prévias das eleições municipais 2016 arrancando boas conversas de whastaap e também bons almoços/reuniões, tentando definir as chapas e grupos vindouros.

Mudanças de partidos, manutenção destes, insegurança da reforma política lá no Congresso, infidelidade partidária, expulsão de atores políticos, ações e representações de propaganda antecipada.

Pré-candidatos que não passam disso, candidatos que não são candidatos, candidatos que juram de pé junto que não serão candidatos, candidatos que acham que têm grupos, candidatos que esperam as tendências, candidatos que foram candidatos até hoje durante quatro anos e disso não passa, candidatos que serão tesourados pelos diretórios, candidatos que coligarão com quem pontuar bem nas pesquisas, candidato sem dinheiro e com voto, candidato com dinheiro e sem voto, candidato com voto e com dinheiro, mas sem grupo. É muito candidato em Jacobina. Na verdade são muitos os tipos de candidatos em Jacobina.

O maior candidato será aquele paciente, que consiga manter seu grupo, que consiga se filiar - nos casos dos não filiados - em partidos que possuam força, estrutura e ao mesmo tempo independência. O maior candidato será aquele que tenha disposição e sangue no olho para botar bens patrimoniais e também a família em segundo plano.


O maior candidato pode até não vencer as eleições 2016, mas ele está jogando, jogando bem, e muito diferente dos que se apressam. 

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

...da Vaquejeda pro bar.

Ontem, dia 12 de agosto, avisado pelo sócio de escritório – Dr. Arthur Maia -, assisti o início do julgamento da ADI (ação direta de inconstitucionalidade) 4983, proposta pelo Procurador Geral da República em face da Lei do Estado do Ceará 15.229/13, que regulamenta a prática esportiva e cultural da vaquejada.

Dentre as várias nuances da Lei, diz que vaquejada é todo evento de natureza competitiva, no qual uma dupla de vaqueiro a cavalo persegue animal bovino, objetivando dominá-lo.

Perceba, nessas poucas linhas do Art. 2º da Lei, a quantidade de riqueza histórica e cultural enraizada. É muito mais do que perseguir um boi e dominá-lo.

Na própria peça inaugural do MPF, nos itens 12 e 13, reconhece a subscritora o valor cultural e financeiro da Vaquejada, que movimenta cerca de 14 milhões por ano e atrai centena de milhares de pessoas para o espetáculo.

Em uma parte desesperada da Inicial, a Procuradora tenta igualar a vaquejada a práticas esdrúxulas, como a rinha de galo e a farra do boi, que são atividades ilícitas, aculturais e que buscam somente o sacrifício do bicho.

A vaquejada é disparada diferente destas práticas. A vaquejada hoje perpassa os limites do Nordeste, e se projeta como um esporte Nacional imbuído dos mais altos padrões de técnicas e regras, ao ponto de se obrigar exames nos equinos periodicamente, exigindo-se o sacrifício em caso positivo, como é o caso da anemia, transmitida até mesmo pela espora contaminada.

Trocando em muitos miúdos pra vocês, a Vice-procuradora da República, Dra. Deborah Duprat, pede que seja a Lei cearense declarada inconstitucional, ou seja, que não surta mais efeitos naquele Estado. Em outras palavras, que a Vaquejada se torne irregular, clandestina.

Se os 11 Ministros do STF decidirem pela inconstitucionalidade da Lei, estarão indo de encontro a valores culturais de uma tradição que chega a ser centenária. É importante dizer que o Vaqueiro foi reconhecido como profissão regulamentada desde 16 de outubro de 2013 – Lei 12.870, de forma que o exercício de um esporte (reconhecido pela Lei Pelé), não ocasiona nenhum vício constitucional.

A principal base dos Requerentes para a declaração da inconstitucionalidade da Lei enfrentada é o Art. 225, CF, que trata lá sobre o Meio Ambiente e suas proteções. Invoco, em contraponto, e assim os Ministros farão, o Art. 215 também da CF, que dispõe sobre a proteção do Estado para o pleno exercício e valorização de todas as formas de cultura.

A saída seria o Congresso Legislar a matéria de forma definitiva. A Lei 15.229, que é Estadual, regula a prática no Ceará, enfrentando agora uma batalha daquelas no Supremo. É hora de reunir forças e buscar os Federais para tratar a matéria com seriedade e rapidez. Se cada Estado regula a matéria de forma isolada, podemos enfraquecer o movimento.

Os “ambestalistas” gostem ou não, vaquejada é sim cultura, é sim tradição, é mercado valiosíssimo, é tratar bem o animal, é deixar família em casa e ir a procura da outra que está nas pistas, é Nordeste, é povo. E por todas essas e outras infinitas razões, os Ministros se sensibilizarão com a nossa causa e chegarão ao consenso de que não serve o Judiciário para interromper, frear ou clandestinizar  práticas legais e enraizadas no povo. Nesse meio tempo, deveríamos bater a porta dos Congressistas para avaliar a matéria e, urgentemente, botar em votação a imateriliadade da vaquejada que pede socorro.


PS: Na foto o maior representante da Vaquejada da minha cidade - Jacobina, BA.
Bruno Mesquita. 

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Mais agiota, menos governança.

Na semana passada tivemos o desmembramento de alguns territórios de Jacobina para as cidades circunvizinhas. Perdemos a Saracura pra Serrolândia, se não me falha a memória perdemos a barragem de Pedras Altas pra Capim Grosso, perdemos também um território do Junco que, mais do que território, vê o sonho (que não passa de sonho) de se emancipar ir embora.

Almoçando em casa, levantei um questionamento que ainda não vi ninguém se posicionar publicamente.

O aniversariante do dia, Netão, me garantiu que toda essa perda territorial não implicava em negatividade pra Jacobina, mas muito pelo contrário. Foi positivo político e administrativamente falando, pois Municípios menores darão mais importância e valor, ao passo que deixam de ser “chiqueiros” eleitorais sem expressividade (sic). Concordo em gênero, número e grau, sobretudo por ser conhecedor da nossa zona rural e desconhecer a Saracura. Tive neste lugar apenas quando, nas eleições de 2012, soube que um vereador, hoje oposicionista, deveria visitar aquela comunidade duas, três horas da manhã. Boas intenções não eram, o que confirma a troca de adjetivo de Netão de “curral” pra “chiqueiro”. É muito bem colocado.

Alisson já escreveu e se posicionou quanto à inconstitucionalidade da Lei, já que não obedeceu aos ditames da CF/88, pois para incorporar, fundir, criar e desmembrar precisaria de requisitos específicos e objetivos, aos quais não foram seguidos. Vamos aguardar como os legitimados se posicionarão.

O que me traz aqui é outro artigo da Constituição. O art. 29 da CF/88 trata sobre a organização político e administrativa dos Municípios. Nos interessa aqui as alíneas “d” e “e” do inciso IV, 29, CF/88.

Jacobina, em 2012, com população de 79.247 habitantes pôde eleger para a Câmara de Vereadores 15 membros. Passados esses poucos anos, houve um acréscimo populacional e, segundo IBGE, temos hoje algo em torno de 84.577 habitantes, nos tirando de 15 para 17 vereadores para a próxima legislatura, animando vários danadinhos que na outra bateram na porta, além de fazer com que aventureiros se joguem no pleito para conquistar essa sobra.

A perda territorial tira o sonho do Junco, implica em rejeição à atual gestão, abaixa FPM de cá, aumenta de lá, mas, mais do que isso, parece que vai dar uma limpa na Câmara de Vereadores. Não tenho dados reais de como a população de Jacobina ficou após toda essa polêmica, mas sou mesquinho ao ponto de dizer que irei torcer para que não ultrapassemos 80 mil habitantes. Não temos a menor necessidade de ter 17 vereadores na nossa cidade. Isso é tudo o que Jacobina não precisa.

Se, mesmo com o desmembramento, a população de Jacobina ultrapassar a alínea “d” para a “e”, teremos mais agiota e menos governança.


Sorte ao próximo prefeito!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Solenidade do dia 10 de abril

Eu formei em bacharel em Direito pela Unijorge em dezembro de 2014. Em fevereiro colei grau institucional e, somente agora em abril, foi aquela solenidade. A festinha superfaturada que a gente faz, convida a família, os amigos e joga o chapéu lá pra cima. Eu não joguei. Tinha que devolver na segunda e não tava no clima de sair procurando feito um doido, mas, enfim.
Fiz 25 convites e deveria ter feito 50 ou 100. Muita gente que eu queria que recebesse ficou sem saber. Era também uma oportunidade de tá divulgando minha imagem para a campanha de Estadual. Fiquei lindinho na foto.
Muita agonia antecede essa solenidade. Seja a parte financeira, quitando as parcelas, seja a burocracia da empresa e a quantidade infinita de recados pela Comissão, ou até mesmo a logística de viagem da família e dos amigos.
O que me traz aqui hoje, escrevendo rapidamente antes que Roberval (cliente) chegue, foi a presença dos meus amigos na solenidade.
Pode parecer algo bastante normal ter amigos na solenidade, afinal, eles sabem, vivem a luta e devem prestigiar esse momento.
As fotos foram feitas, o mestre de cerimônia chegou e nos acomodamos. Os nomes iam sendo chamados e eu tentava achar o meu povo. Salvador vivia uma semana chuvosa, de engarrafamentos, de transtornos e cancelamentos de eventos, por isso até mesmo formandos estavam ausentes.
Eu acho que ia entender caso eles não tivessem ido, mas tinha Arthur (sócio – depois conto a vocês) e Heitor, meu querido amigo Thola. A cruzada de perna dos irmãos Maia é inconfundível. Já estava seguro e pensei: “Eles vieram. Que massa!”. Digo isso porque Arthur tinha uma audiência em Itapoã 17:30 e Heitor tinha num sei o que pra fazer na faculdade de medicina dele. Ele agora só quer saber de ser médico. Até pra tomar uma é o maior trabalho do mundo.
Alguns minutos passaram, meu nome foi chamado e disseram que eu era o “Playboy do interior”. Aquela brincadeirinha que fazem quando chamam algum nome, sabe?! Apois...Entrei com a música do Saia Rodada “Doutorzinho da mulherada”, cumprimentei meus professores homenageados, esqueci de dar a mão a “Edvardo meu fio” – foi sem querer – e esperei por meus pais. Recebi os parabéns e voltei para a minha cadeira.
Já na cadeira, avistei láááá na entrada do salão três pessoas. Caps, Daniel e Maíra. Eles entraram por uma porta meio agoniados, saíram e voltaram pela outra. Desta vez se acomodaram e encontraram com Heitor, Arthur e Jéssica. Eu tentava acenar, mas eles não respondiam. Estavam fazendo o que eles sabem de melhor. Cochichar, fofocar, falar quando não deve. Quando finalmente me viram dando com a mão, eles sorriam infinitamente, me davam com a mão e Jéssica levantou uma bolsa de viagem. Aquela bolsa significava que ela tinha acabado de chegar de viagem. Significava que ela tinha vindo para a minha solenidade, que tinha deixado muita coisa para trás e que poucas coisas a impediriam de estar ali. As lágrimas, contidas, vieram. Não pude evitar.
Não só ela, mas Caps e Dips.Eles também vieram de Jacobina, deixando um monte de coisa para poder estar ali, vendo se era verdade que eu tinha formado.
Lembro agora que durante toda a semana eu ligava pra Caps para confirmar a sua vida. Era importante que ele tivesse aqui comigo. Sou seu amigo, seu advogado, seu parceiro, seu peixe. Ele vinha de moto e, como já disse, a Bahia tem chovido muito. Moto seria arriscado, ruim de viajar e a mãe dele poderia dificultar. Ainda assim ele veio. Foi uma surpresa e tanto.
Já Dips sempre soube que viria. Ele não era louco de faltar. Seria imperdoável. Perdão esse que daria a Rafael, porque estava em Iraquara, na Chapada. É uma cidade longe, então, mesmo ele que fez parte de toda a minha luta, meu sofrimento e também vitória em Salvador, eu desculparia caso ele não viesse. Mas a vida é feita de contrariedade, de surpresas e de emoções que ficam na memória. O filho da puta veio da casa da porra e pôde me dar um abraço e os parabéns. Ele é louco, inconsequente, imaturo, mas eu gosto pra caralho.
Os outros que estavam em Salvador tinham a obrigação, então, sofram! Não escreverei sobre vocês.

Um muito obrigado a todos! Vou indo. Roberval parece que bate a porta.  

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Maturidade política é para poucos

Qual é a coisa que mais gosto de falar?
Qual é? Qual é? Isso aí, friend. Política.
A política de Jacobina vive dias parecidos uns com os outros, pelo menos no que diz respeito aos dez últimos anos, contudo, o que especialmente me traz aqui é a postura de dois vereadores: Carlinhos da Caixa e Milton da Natureza.
Acabo de chegar de uma audiência pública na câmara de vereadores da nossa cidade onde discutimos – ou discutiram – um projeto de Lei enviado pelo Executivo visando um financiamento de pouco mais de quatro milhões para o geoprocessamento da cidade. Significa dizer, muito leigamente falando, que programas de computadores e pessoas da empresa vencedora da licitação irão cadastrar todas as casas, terrenos, empresas, ruas e outras ‘cositas más’, com o objetivo de dinamizar e impulsionar a administração pública.
Foram apresentadas várias vantagens e desvantagens, como por exemplo, uma maior justiça arrecadatória para o município e a dificuldade de se pagar esse financiamento, já que existem débitos a serem adimplidos pela PMJ, respectivamente.
Em meio as quatro horas de discussão, muitos vereadores se manifestaram. Uns passaram despercebidos, outros não deveriam nem estar ali, ao passo que outros acham que ali é a hora do recreio. Mas como diria Xand, o recreio acabou, amigo!
Dois, especialmente dois me chamaram a atenção.
Fui poucas vezes na câmara de vereadores daqui, mas tive hoje uma grata alegria em ver Carlinhos da Caixa e Milton da Natureza falando.
Carlinhos, elegantemente, se mostrou como oposição da atual gestão, mas disse fazer uma oposição criteriosa, sadia e que pensa no coletivo, de forma que de jamais votaria contra o projeto enviado pelo executivo, visando, sobretudo, uma política fiscal e arrecadatória que beneficiará somente o próximo gestor.
Já Milton da Natureza se mostrou também a favor do projeto, mesmo discordando da forma em que o prefeito vem gerindo a coisa pública. Mas, mais que isso, trouxe a discussão (encabeçada pelo Dr. Professor José Alves – UNEB), de que seria mais viável – economicamente falando – e muito mais interessante que os profissionais da UNEB fizessem este trabalho, pois seriam estes altamente gabaritados e conhecedores da nossa região. Conheceriam os alunos e professores todos os becos e vielas da sede e dos distritos, o que facilitaria todo o trabalho que nos foi apresentado por professores (também supergabaritados) da Universidade Federal de Viçosa/MG.
O que me deixou feliz na postura das duas figuras que falo pra vocês foi a maturidade política, a responsabilidade com o social, a preocupação que tiveram em buscar uma nova maneira de se arrecadar para o Município, já que vivem os prefeitos com pires na mão no DF, esquecendo, para tanto, suas ideologias políticas e divergências políticas/partidárias.
No final da audiência, subi a tribuna e cumprimentei Milton da Natureza dizendo exatamente o que disse a vocês agora, reforçando apenas o seguinte:
- Tenho orgulho em ter votado em você em 2012.
Abraços, meus leitores ausentes. Na próxima faço chamada.

Bjs!

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Nosso Quincas se foi...


Nem terminei de escrever o título e a garganta travou.
Não foi hoje, ontem e nem essa semana. Foi dia 31 de dezembro de 2014.
Eu não queria escrever com a coisa quente, porque pareceria aquelas declarações que fazem por ai no calor da emoção. Pareceria que era qualquer cachorro, mas não era. E vocês sabem disso.
Quincas chegou por aqui quando compramos esta casa, lá em 2008. Imaginava que ele ficaria com a gente pelo menos 12 anos, já que tinha a informação de rua que a raça dele é frágil, apesar de às vezes agressivo e forte. Queria eu. Ficou a metade e se foi.
Quincas chegou e não conquistou todo mundo. Ele trouxe desconfiança, medo e até chateação, afinal, papai não queria cachorro em casa. Na outra casa entrava muita gente e nessa não seria diferente. As pessoas continuariam indo, os trabalhadores continuariam vindo receber, pegar fardas, assinar papéis, etc. Um Rotweiller se mostraria, nessa ocasião, um transtorno fora de série.
Eu e Gi apenas cuidávamos dele, apesar de o dinheiro vir deles. Na época acho que namorava com Maiara, daí a gente comprava ração, dava remédio, cálcio, vitaminas e tudo que havia de droga pra eles ficarem tinino.
Lembrei agora que um dia na casa de rações o vendedor perguntou se éramos irmãos. Parecia porque brigava demais. Ele descobriu isso em uns dez minutos de tentativa de comprar alguma coisa.
O tempo passou, Quincas criou suas manias, outras a gente inventou pra ele, mas o que importa mesmo era a felicidade que aquele bagunceiro trazia pra gente.
Na época de pagamento ele ficava preso até o povo chegar. Assim que chegavam era solto e papai dizia:
- Em quem ele “mijar” é bandido. O cachorro é ensinado.
Como fazia “xixi” em tudo que era lugar, ele saia perna por perna, e os rapazes pedindo pra ele sair. Papai se acabava de rir e completava:
- Só tem bandido, rapaz.
Eu fui embora pra Salvador depois de pouco mais de um ano com ele. Nas minhas ligações pra Gi nunca deixava faltar a velha pergunta:
- Cadê Quincas?
A resposta eu acho que era a melhor.
- “Tá aqui!” Dizia Gi.
Nesses cinco anos de faculdade acabou que, além de Gi, papai se tornou um amigão de Quincas. Era falar em prender que ele dizia da desnecessidade. Era passar um dia sem caminhar e logo sentia falta.
Caminhar...Caminhar esse que já foi alvo de problemas, já que um Radialista esbravejou nos microfones da rádio que era um absurdo o vice-prefeito de Jacobina andar por aí com um cachorro daquele tamanho e com tamanho potencial agressivo sem coleiras e sem focinheira. Eu às vezes também achava, mesmo tendo a certeza de que ele não faria nada com ninguém, como nunca fez nesse tempo que nos brindou com sua presença.
As histórias dele são infinitas, de forma que um livro seria pequeno para descrevê-las. Livro que originou o seu nome Quincas Borba, de Machado de Assis.
Apaguei a outra metade do texto. Não quero mais escrever. Só vim mesmo porque acho que vocês também têm o direito de saber que ele não tá mais por aqui e dizer obrigado ao nosso amigão.
A gente nunca vai esquecer.

Minha cabeça não para e minha mão quer digitar...vou nessa, abraços.