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domingo, 29 de setembro de 2013

Ali eu vi um homem


Indo comer uma pizza com SARA agorinha aqui em Salvador, conversávamos sobre garçons, suas metas e o famoso 10%.
Inevitavelmente lembrei dos meus amigos garçons. Pantera, Grilo, Gueu, Galego, Nelson, Barbosa e tantos outros.
Em especial, lembrei dos fornecedores e de um garçom que trabalhamos uma semana atrás no Forró LIGHT 5.
Foi uma festa grande, magnífica, com uns 10 fornecedores de materiais, passando desde a empresa que compramos copos, até a Schin, nossa patrocinadora a quem devemos muito, nas pessoas de João, Aldo, Walquer, etc.
Ocorre que esse ano criamos uma área diferente para o LIGHT, a qual denominamos de “área vip”. Essa área era de única e exclusiva utilidade para pessoas diferentes.
Mas qual critério seria utilizado para diferenciar essas pessoas? Um pouco complicado. Usamos, então, o critério subjetivo da coisa. Fizemos pulseiras que davam acesso à área. O ingresso teria que ser comprado normalmente. Estariam nessa área nossas famílias, nossos patrocinadores e pessoas que, caso não houvesse essa área, não iriam para o evento. Homens e mulheres mais maduros, que vão com suas famílias, querem sentar em determinado momento da festa, tomar uma bebida sem ter que pegar fila e certas regalias, como acesso ao palco e camarins.
Para tomar conta dessa área teria que ser uma pessoa idônea e disposta a encarar um novo desafio, visto que botaríamos num freezer bebidas e deixaríamos sob a sua responsabilidade.
Como funcionaria?
Especificaríamos, antes de dar início ao evento, a quantidade de cada produto, botaríamos conjuntos de mesas e cadeiras disponíveis para ele melhor trabalhar, e ao final contaríamos a quantidade de produto que saiu. Em seguida, era preciso prestar contas do que foi vendido.
Em contrapartida, nós da produção do evento, pagaríamos sessenta reais fixo, acrescidos de cinco reais por cada litro de uísque/vodka vendido. Isso daria ânimo para que os garçons desse “espaço diferenciado” vendessem o produto, já que também receberiam por isto.
E assim ocorreu. Mais ou menos. (a cara de Nanaíra).
No meio da festa sou interceptado por Dips que me indaga:
- Keu, já foi na área vip ver como está? É que a festa acaba daqui a quarenta minutos (tínhamos liberação da prefeitura com tempo determinado em função da nova Lei do meio ambiente – Isso ele não falou. Eu – KEU – estou explicando) e tem que ver como está lá.
- Bem lembrado, Edi. Vou lá sondar.
E assim fiz. Mais ou menos também. (Nanaíra de novo)
Encostei nele e perguntei:
- Márcio, você tá cobrando a vista?
Ele afastou o rosto com uma cara de que estava cuspindo o ouvido dele todo e fez o sinal de positivo. Era como se ele quisesse que eu fosse embora e que tava tudo OK.
Em meio às mil coisas em que se tem que resolver dentro de uma festa, fiz o que ele queria. Saí e fui ao camarim. Comer algo, eu acho.
Ao término do evento, recebo mais uma notícia ruim.
Mais uma? Sim, mais uma.
É que durante a festa, um cidadão de bem botou a mão dentro do buraquinho improvisado para venda de fichas e furtou um “bolo” de dinheiro, levando a moça que vendia as fichas ao desespero. Ela chorava e tremia. Ela me olhava com uma cara de desculpas e repetia incansavelmente que não acreditava que aquilo tava acontecendo.
Era realmente inacreditável. A bilheteria não tinha sido do jeito que esperávamos, então, o bar seria a oportunidade de tirar alguma coisa. Um “bolo” de dinheiro é um “bolo” em qualquer canto.
Felizmente não nos fez falta. E ainda que fizesse, tenho certeza que agiríamos da mesma forma. Até porque durante o desenrolar dessa coisa toda, não sabíamos se a festa ia ser boa ou ruim, financeiramente falando.
Encostei no ouvido dela e comentei:
- Tenha fé, galega. Vai dar tudo certo.
- Eu vou receber, ainda? Perguntou tremendo e chorando.
- Sim, claro. Isso foi um acidente de trabalho e a responsabilidade é nossa. Você não tá trabalhando com “mundiça”. (Nessa hora lembrei do meu RN – só eles falam isso).
Pena que não a acalmou.
De saída, já com o evento encerrado e com o sol nas costas, fui para a área VIP e ali vi um homem.
Olhei para o Sr. Márcio (garçom da área VIP) que ensaiava um choro. Os olhos deles vidrados no além apontavam pra algum lugar fora do planeta. Era como se ele não quisesse acreditar.
Com a mão na cintura, apoiou a outra no ferro do toldo e disse:
- Parece brincadeira, bicho. Como pude deixar isso acontecer?
Ele, dotado da mais inteira confiança e seriedade das pessoas que ali (na área VIP) habitavam, vendeu fiado para as pessoas que, supostamente, ao fim iriam pagar-lhe.
Foram 6 ou 7 litros. A cento e vinte reais, isso daria um valor fora da sua realidade. Ainda mais porque ele tinha ido ali para ganhar. Trabalhar para ganhar. E não o contrário.
Mais uma vez, sem acreditar que aquilo estaria acontecendo com ele e com a gente (PRODUTORES DA FESTA), segurei também no toldo e disse:
- Relaxe. Vai dar certo...
Era só nisso que eu queria acreditar, que tudo desse certo.
Deixei-o a vontade fazendo a contabilidade das coisas, vendo os produtos que saíram e sobraram. Pouco tempo depois voltei e ele estava mais calmo.
Contamos juntos e chegamos ao resultado final. Uma diferença pequena, mas que, novamente, não afetaria jamais no seu pró-labore.
Seríamos nós (Eu, Lucas e Dips), três pessoas cruéis e desumanos ao ponto de querer que a conta desse exata numa festa daquela proporção e num desafio que também era novo pra gente?
Seríamos nós, ainda eu, Lucas e Dips, três idiotas em não pagar por uma noite perdida para a moça que foi roubada por um filho da puta qualquer?
Não. Não seríamos, não somos. Não seremos...
Assim como eu vi em Márcio um HOMEM, que ensaiou um choro de desespero por ter sido ludibriado por terceiros, a comunidade jacobinense vê em Dips, Lucas e em mim, três homens da espécie de Márcio, diferentemente de alguns fornecedores os quais trabalhamos nesse evento.
Diferentemente de tanta gente que a gente esbarra...
Fica a postagem somente para homenagear os garçons, em especial aos que estão acostumados a trabalhar conosco, que ligam para saber quando é a próxima, pela certeza inexorável de que será muito bem pago e, além de tudo, muito bem tratado.
Um abraço aos garçons, aos meninos que colaram cartazes, ao pessoal que vendeu ficha, aos produtores das bandas, a Sérgio Polpa Mel, aos amigos da SCHIN na sua totalidade, Sr. Wilson da Oxente, ao pessoal do SINPRORUR e alguns outros.
Outros poucos, isso não nos fará falta. O LIGHT não é grande, mas é FORTE o suficiente para aguentar coisas maiores que isso.
Feliz, muito feliz por saber que Jacobina tem homens da espécie MÁRCIO.
Feliz, muito feliz por ter realizado um sonho ao lado de um amigo do peito e de um sócio que pensa um passo a mais.
Feliz, muito feliz por saber que estamos no caminho certo.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Oposição desesperada




O papel da oposição é um dos mais sublimes da democracia. Serve ela para ir de encontro às atitudes tomadas pela situação, sempre a favor do bem comum.
Acontece que Jacobina tem vivido dias engraçados.
Com uma vitória em outubro de 2012 pela chapa encabeçada por Dr Rui, com seu 15 e o “para reconstruir Jacobina”, ele tinha uma missão complicada, principalmente no que tange à saúde municipal.
A outra chapa, na pessoa do senhora Valdice, restou como falida e cansada, visto que fora derrotada com frente esmagadora, mesmo com a máquina da prefeitura na mão.
No cenário político atual, o Brasil vive dias de manifestações, de ir para as ruas como antigamente, de emoções tomadas pelo sentimento de nacionalismo e, principalmente, pelo desejo da reforma política.
No embalo de tudo isso, Jacobina em junho de 2013 aderiu aos manifestos e brilhou pelas ruas. Você via pessoas diferentes, que não estão acostumadas o “subir serra” com os dois caciques da política jacobinense e nem tampouco se expor por picuinhas político/partidárias. Considero esse o único movimento legítimo em que Jacobina teve.
Passado aquele dia, na contra-mão do movimento nacional, surge nas costas do Hospital Regional, um movimento apolítico mais político que eu já vi. Se pareceu que sou muito velho, só tenho 21 anos, mas serviu para dar ênfase.
A começar pelas pessoas que protagonizam. São estas as que estão acostumadas a subir as tais serras que mencionei agora há pouco.
O que enfraquece e torna o movimento ainda mais cômico são as atitudes. Não tem norte, não tem comando, tem políticos no meio e, principalmente, tem interesses partidários por trás.
Esse mister desperta no cidadão comum, aquele que esteve na rua brigando por dias e políticos melhores, um sentimento de afastamento. Esse cidadão não se sente mais parte do movimento. Tô fora!!
Eu me considero político, tenho lado, defendo lado. Essas pessoas que integram o movimento apolítico/político também comungam da mesma ideia. Logo, os demais não se aproximam e o movimento perde o sentido.
Se querem motivos para que diga em público o “caldo de batata” que esse movimento é, vos falo.
Busca-se o chamamento das pessoas aprovadas em concurso. Um dos integrantes, e talvez o principal, é um dos aprovados. A prefeitura municipal de Jacobina já começou a chamar pouco a pouco os aprovados. Nesta senda, acho razoável que se tenha superado esta fase. Mas, não. Ainda é pauta de discussão. Ressalta-se que foi um concurso legítimo, contudo, com resquícios de manipulação. Isso cabe ao MP e não a mim.
Outro ponto é “passe livre”. Bobagem, dissonância com a realidade.
Jacobina não precisa de passe livre como as grandes cidades que suplicam por isso. Jacobina precisa de um salto nos serviços essenciais/básicos aos cidadãos. Acreditem, só basta isso.
Cobrar da Prefeitura de Jacobina, município com arrecadação razoável, o passe livre, onera, e muito, desnecessariamente a administração municipal.
Vamos brigar por saúde, por escolas, por melhorias no novo amanhecer, bananeira, grotinha e mutirão.
Vamos lutar pelo vale da Caatinga do Moura, pelos postos de saúde do Batata, Cachoeira (recentemente aberto), Junco, Paraíso e tantos outros. Vamos valorizar o esporte e cultura local. Reviver a concha, construir a entrada do Junco, limpar o Rio do Ouro, o estádio do Junco. Alavancar o turismo de Itaitu, levar progresso pra Saracura, Piancó, Cafelândia e Palmeirinha.
Vamos nos unir para algo concreto, que dê resultado.
Chega desse suco de carambola.
A oposição de Jacobina está jogando errado.
O “pobre” do Corino, por não ter conseguido o que esperava, bate na atual administração como mala velha. Inventa diálogos e denúncias que nunca chegaram à sua casa. Digo isso por ver semelhança nos textos do seu blog com os do seu filme, em que eu, inclusive, faço parte e ele é o escritor (Terra Payayá).
A oposição começou muito cedo. Não estão dando espaço para o povo pensar. O povo quer liberdade de pensamento. O povo quer tempo para avaliar o que foi e o que é melhor pra cidade.
Se a oposição começa desde já, ela se torna pífia, inútil. Eles cansarão primeiro e não conseguirão desgastar no momento certo o governo municipal.
É hora de esperar pra ver. É hora de deixar o 15 e sua gente trabalhar, para que, pós eleição para presidente, governador, deputados e senadores, possa-se avaliar o governo.
Chega disso, JACOBINA! Ninguém suporta 4 anos de política sem parar.

João Glicério - A arte de ensinar



Depois de mais de três anos em Salvador, em pleno exercício do meu oitavo semestre de Direito, posso escrever pra vocês a satisfação em ter um professor que lembrarei com carinho da minha faculdade.
Fique bem claro, entretanto, que durante esses semestres todos fui bem assistido. Tive brilhantes professores, como por exemplo Ivy, Edelberto, Camilo, Renato, Tatiana, Chefinha, Ney, Maria Tereza entre outros.
Agora no sétimo tivemos o prazer de termos a companhia das sete e meia às onze de João Glicério. Professor Doutor em Direito Societário. Discente na Faculdade Baiana de direito e da Unijorge, além de cursos famosos preparatórios. Sem contar com as suas viagens para oferecer palestras mundo a fora.
Com todo esse currículo e o título de Doutorado com apenas 34 anos, ele já nos impressionou com poucos minutos de aula.
Seria ele, então, a coxinha do meu ensino médio. Ou seja, eu iria pra o Yolanda pra comer coxinha (desculpa esfarrapada), na mesma proporção em que acordava feliz e satisfeito em todas as quartas para assistir/me deliciar com as aulas de João Glicério.
Ele me lembra Paulino, um professor que marcou, sem dúvidas, a vida de todos os meus amigos/colegas de Yolanda.
Tão excepcional quanto, Paulino e João Glicério, guardadas as suas devidas proporções, são marcados por características atípicas.
Atípico porque não é comum um professor de Direito vestir polo e jeans na sala. Atípico porque ele brincava com os alunos, pedia comida, dava nó em gravata, procurava saber das resenhas, formava casal e tornava aquelas 4 horas de aula algo amável.
Note que são coisas simples. Mas é na simplicidade que se cativa, conquista, agrada, marca.

Saudade do BLOG - Novidades fresquinhas

Depois de um bom tempo sem escrever, motivo esse não sei qual, volto pra conversar um pouco com vocês.
Muita coisa em particular me tem acontecido.
A começar pelo namoro. Depois de três anos “solteiro em Salvador”, faço dois ou três meses com uma bela moça, soteropolitana, contudo, criada em Eunápolis, Porto Seguro, aquele “mêi” de mundo. Com um gênio parecido com o meu – o que é perigoso – e muito carismática, tem arrancado elogios dos meus amigos e familiares. Acredito que seja de grande valia. Digamos, então, que estou rendido ao charme de Salvador. Quem diria...
Temos novidades também nos negócios. É que depois de quatro meses pós semana santa, de um excelente sábado de aleluia ao som de Adão Negro e Kart Love, negociamos, fechamos, lançamos e, modesta parte, estouramos o FORRÓ LIGHT 5.
Realizo um sonho de infância e compartilho com vocês:
Teremos no dia 21 de setembro de 2013, dentro da 25ª Expo Jacobina, Saia Rodada e Fantasmão. Essa primeira, banda do meu coração, virá à Jacobina pela quinta ou sexta vez, mas acredito que dificilmente Raí, vocalista da banda, tenha cantado com tamanha alegria como a que ele cantará na data supra. Pelo menos é o que se imagina. Como o-conheço a quatro ou cinco anos, tenho isso dentro de mim. Tenho planos para que seja um show histórico, cantado do começo ao fim, por algumas unidades de milhares de pessoas. Prepararemos uma mídia diferenciada, som de qualidade, palco, camarins, toldos, químicos, garçons, fichas, ingressos, portal de entrada, preocupação com a Exposição (seus animais, stands e produtores) e, por fim, nosso maravilhoso público.
Já Fantasmão, terceira melhor banda de pagode da Bahia (perde para Harmonia e Psirico), também fará parte da grade. Arrastará, sem sombra de dúvidas, seu público fiel e pagodeiro.
Dito isto, passo para minha vida acadêmica/profissional. É que durante alguns dias me senti inútil no “meu” juizado. Não porque me tornaram, mas porque me tornei. Os motivos não são éticos, então, não os revelarei neste espaço.
Passei pelo “desligamento” de um colega. Uns veem razão. Outros não. O que é normal de todo profissional que se preze e se preste à carreira de advocacia. Digo-lhes, entretanto, que com a chegada da nova magistrada (Dra. Sandra Inês), o espírito de produtividade voltou, mesmo estando tirando esses poucos minutos para escrever e postar no blog. Pena que ela vá em breve ser promovida à Desembargadora.
Pena nada! Muito bom! Tenho no meu currículo o nome dela. Sou/fui estagiário desta Desembargadora.
Já pensou?
Por fim, para passar o rodo nas minhas atualizações, estou em casa e ao mesmo tempo não.
Divido os recintos do “Colina Dance” - nome que meus amigos deram ao apartamento - com familiares da moça acidentada, Antonielle. Em outubro do ano em que passou, esta se envolveu num acidente com “papai”. Espera-se, então, que apresente significativas melhoras. Não porque estou incomodado com a presença dos seus familiares, mas porque realmente é o que se busca e almeja por todos.
Ah! Já ia esquecendo! Que mole!
Estou frequentador assíduo da academia. Desde o dia 16 de julho sou o mais novo marombeiro de Salvador. Prometi que desmitificarei o mito de só fico 30 dias na academia e ficarei, no mínimo, 60. HAHA
É isso, amigos. Espero que estejam bem, um bom semestre pra todos e muito sucesso nesse final de ano. Logo, logo ele bate na porta.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Meu Arraiá do Licuri - Que saudade!

Queria me apegar a uma frase de um tio meu lá do Rio Grande do Norte que diz: Tempo bom é hoje!
Ele diz isso quando alguém se esconde no passado por alguns segundos e sussurra: “Ô tempo bom foi aquele!!”
Como ele já passou da casa dos sessenta, reforça a ideia de que bom é hoje. Antigamente não tinha nada disso, como televisão, estradas, internet, etc...Como papai também costuma dizer: “o mundo furou”.
Eu sou do contra. A cada dia que passa esse furo no mundo me deixa mais antigo. Eu gosto de ser antigo – não tão como Marcão – mas gosto de contar histórias, de lembrar das coisas vividas na infância e na época do colégio, principalmente.
E é justamente essa época que me traz aqui, depois de alguns dias sem escrever.
Hoje, 11 de junho de 2013. Quanta coisa boa eu e meus amigos vivemos nesta época.
A começar pelo tradicional - e hoje morno – Arraiá do Licuri, na minha queridíssima Serrolândia, cidade dos meus amigos do coração Bianquinha e Heitor. Outras figuras também deixam a cidade com aquele ar de inesquecível. São eles Beto, Afonso, Fred, os pais de Bia e Thola, os blocos e, claro, as infinitas mulheres que sempre estavam prontinhas pra o Forró.
No meu primeiro ano do ensino médio, no meu amado e inesquecível Yolanda, combinamos de ir pro Serrote, passar o final de semana do Arraiá. Ficaríamos na casa de Bia, todos felizes e satisfeitos. Passarinho quando saía da gaiola perdia pra felicidade da gente.
Acontece que é também nessa época que o boletim da primeira etapa chegava às nossas mãos. Seis estrelas e um desespero. Estava perdido em matérias bobas, que certamente me impediriam de ir com a galera. Foi aí então que peguei Fabiane pelo braço e fomos fazer o que a gente sabe de melhor. Aprontar!!
Pegamos notas do boletim de Jéssica (melhor aluna da turma) e fomos colando por cima do meu. Fomos até a Digicop (praça da Bíblia) pra tirar xerox colorida e mostrar aos meus pais. Lá um pequeno problema. Pro Josianne morava por perto e certamente estaria por lá. Dito e feito.
Fomos então para outras copiadoras, tiramos vários modelos pra saber qual ficaria melhor. Lembro como hoje que todas as pessoas que tiravam a cópia ficam com um sorrisinho de lado, meio que pagando pau pra nossa invenção. Era realmente um plano infalível.
Depois de várias copias, recortar o pequeno boletim da folha de ofício e escolher o melhor, fui pra casa.
Esperei a noite cair, papai chegou da JMC, mamãe da Receita e eu assistindo minha novela das seis, como quem não queria nada.
Na hora da janta simulei um repente e disse:
- Ô rapaz, quem saiu hoje foi o boletim.
Nessa hora, com a colher da sopa na boca e a cabeça baixa, só levantei a parte branca dos olhos junto com as sobrancelhas.
- Vocês querem ver?
Ninguém disse nada, o que significava que queriam. Peguei e mostrei. Ele passou rapidamente pelas mãos dos meus pais que pouco notaram. Nas mãos de Sara não poderia passar desapercebido.
- Isso tá muito estranho... – Disse.
Com as notas boas em mãos, sorridente pedi pra ir passar o feriado de Santo Antônio em Serrolândia. Para a minha surpresa inexplicável, recebi um não. Não, você não vai. Deixa pra próxima.
Mas como não ir? Todos iriam! Novamente só eu? Não era proibido proibir? Eu estudei a etapa toda pensando nesse final de semana. Seria novamente injusto.
Tudo bem que o boletim era falsificado, mas ninguém sabia. Eu já era grandinho.
Para eles, não fiz mais do que minha obrigação em ter passado em todas, até porque não pagava uma conta, não lavava um prato, apenas o carro. Além do mais, eu não era todo mundo.
Quem nunca ouviu isso?
O ano passou, meus amigos foram pra Serrolândia e somente dois anos depois (terceiro ano ensino médio) tive o prazer de ir. A história muda só o boletim, porque dessa vez eu perdi de verdade em três matérias e eles nada falaram. Acho que se compadeceram e me deram como prêmio a confiança de ir pra Serrolândia, como oportunidade de melhorar na etapa seguinte.
Fui eu, Caps, Zé e o dono da casa, Heitor.
Foram dois, três ou quatro dias, não me lembro. O que ficará na minha memória certamente será o final de semana por completo, que me deixou mais próximo deles. Cada aventura com os meninos era uma prova de que aquilo duraria pra vida toda.
Na primeira noite lembro que dormimos amontoados pra amenizar o frio e acordamos com a simpatia dos olhos verdes do pai de Heitor.
- Bora, meninada! Acorda!! Bora tomar um licor?
A gente acordou rindo. Como era massa ouvir um pai de um amigo oferecer um pouco de licor na resenha. Demonstrava a relação que ele tinha com os filhos. De amizade e confiança.
Abro um parêntese para dizer que fui criado num meio em que todos os pais dos meus amigos têm essas características.
Ocorre que eu tinha uma condição para ir nesse Arraiá. Na segunda teria que estar na aula, logo cedo, independente de qualquer coisa. Foi aí então que decidimos virar a noite de domingo pra segunda na farra, porque certamente não teríamos sono.
Triste engano! Entramos no carro, aquelas Veraneios de mil novecentos e bolinha, junto com Maiara e Fabi que tavam na casa de Bianquinha e fomos pra Jacobina.
Cheguei umas seis horas, fui pra casa e deitei. Deitei apenas pra me frustrar, porque em seguinda papai abriu a porta mandando ir pra aula.
Tomei aquele banho e fui assistir a bendita. Sabia que pouca gente ia estar. Apenas os que os pais impuseram, como o meu.
Ao chegar, tenho a notícia de que não haveria aula. Foi aí então que finalmente pude ir pra casa, dormir minha noite de sono perdida.
Toquei a campainha de casa e ouvi a voz de papai. Juro que não queria ouvir a voz dele nessa hora. Bastava ele já ter ido pra Mineração. Soa até como pecado.
Subi as escadas e disse que estava com dor de barriga e que logo voltaria pra o colégio. Tranquei a porta do quarto e deitei. No cochilo bom ele tenta abrir a porta, não consegue e deixa o recado que estava indo escovar os dentes, mas na volta iríamos juntos pra escola.
Mesmo explicando que não haveria aula, ele insistiu que teria que ficar lá, esperando o tempo passar. Não me importei muito, até porque o final de semana teria valido a pena e merecia qualquer contrapartida que ele fizesse questão. Vez em quando papai tem dessas atitudes impensadas, mesmo eu sendo consciente de que preciso desses freios.
Voltei pra o Yolanda, sentei com os amigos e fiquei durante toda a manhã deitado no colo magro de Fabi. Ficamos também ouvindo e pirraçando nega Maiara. Contávamos as histórias pra Jéssica – salvo engano ela não foi – que morria de inveja.
Foi ela também quem tirou uma das fotos mais bonitas que tenho. Uma das poucas que eu digo que realmente fiquei bonito. Vestido no capote rosa de Bia, com a lembrança de um final de semana e ao lado dos meus melhores.
E assim terminou a manhã da minha segunda feira pós Santo Antônio, com a sensação de que nunca mais esqueceria.
Que saudade de tudo isso! Tio Toinho (lá do Rio Grande do Norte) que me desculpe, mas meu coração tá apertado e preciso dizer:
Que tempo maravilhoso!!!


domingo, 28 de abril de 2013

O nome dos "Fí de Keu"

Ontem (27 de abril de 2013), até umas sete da noite, estava em dúvidas se iria ou não a um casamento. Não sou lá esses fãs de eventos sociais, em que se veste uma boa roupa e se observa a roupa dos outros.

Ocorre que papai fazia questão que eu e Sara fossemos. Meio que estaríamos o representando.

Assim eu fiz. Estudei até certa hora com meu fone, sem paciência pra seu ninguém, e me deu um repente no juízo, pedindo pra ir.

Botei a tal roupa bonita, o sapato nem tanto e minhas meias trocadas. Era da mesma cor, mas pares diferentes. Parece que eu gosto de ser desmantelado.

Na parte externa da igreja, presença de autoridades que indicavam o alto nível do evento. Na interna, muita gente bonita, ansiosa e uma entrada ao som de uma banda de sopro excelente.

Foi ratificado em mim o mais alto desejo de ter o matrimônio, de casar, de jurar, de ser até o fim da vida. A beleza do evento fez despertar.

O difícil, caso venha a casar, estará na aceitação dos nomes dos meninos e/ou meninas. É que são nomes estranhos, que fico alimentando com brincadeiras com alguns amigos, mas que tem lá seu fundo de verdade.

Sonho em ter vários filhos. Como é difícil em tempos modernos ter essa gama de menino quebrando as coisas pela casa, penso em três.

Brinco, então, que serão eles: Marinês, Luiz e Raimundo.

Nomes estes reprovados por cem por cento das pessoas consultadas, inclusive mamãe. Luiz ainda passa, mas o resto, fica na lanterna, ou no “cruz credo”.

Tudo bem, se a mulher não for tão chata como eu, a gente negocia Luiz e Maria de Lourdes.

Sse não quiser estes, vai casar com Bitinho! Quero conta mais não...

sábado, 20 de abril de 2013

É proibido proibir



A minha maior missão nesse blog é contar histórias. Engraçadas, curiosas, bestas, cabulosas, mas histórias minhas.
Por isso que hoje, ao acordar e ver que dia do mês estamos, lembrei-me do ano de 2007, lá em Jacobina.

Eu tinha 14 anos e Lorena (bocão) completara, na ocasião, 15 anos.

Era um dia de sexta feira (sem olhar calendário), dia 20 de abril de 2007. Tudo certo para comemorarmos o aniversário, um marco na vida de uma mulher, que é o tão sonhado 15 anos.

- Papai, hoje tem aniversário de Lorena. 15 anos na “Só Batidas”. Eu vou, viu?!

- Quem é Lorena?

- Lorena, moço. Do Yolanda. Filha de Jedida e Everaldo da Telemar...

- Não.

- Não o que? É filha de Everaldo, sim, rapaz...Lá da Jacobina 3.

- Não, você não vai.

Só fiz chorar. Sempre fui muito chorão, até os dias atuais. Não iria ser diferente com essa idiotice de papai.

Nenhuma outra palavra descreveria essa atitude dele. Talvez loucura, momento, falta do que fazer, etc mais...

Digo isso pelo simples motivo de ter sido criado com a frase legal, que gostava de ouvir e que mais nunca ele falou.

“É proibido proibir”.

Se era proibido proibir, por que ele fez isso comigo?

O aniversário aconteceu, eu deitei e dormi. Aliás, antes tivesse dormido. Liguei um som que tinha, botei do lado na minha cama e liguei tocado “Forrozão Chacal”. Foram lágrimas, tristeza, e muitos pensamentos loucos. Me faltava era coragem pra ir escondido, mesmo ele merecendo.

Melhor dizendo, quem merecia minha presença era a minha amiga Lorena. Ele não podia ter feito isso conosco.

Mas, e hoje? Como ele pensa, como ele lembra desse episódio?

Papai é do tipo que se arrepende. Ele parece com Galdino, do Yolanda. Diz não com vontade de sim. Diz sim com gosto de não.

O arrependimento mora nele até hoje por não ter me permitido participar desse dia com meus amigos. Até hoje ele lembra, da uma risada sem graça rangendo os dentes e pede desculpa, meio sem jeito.

- É mesmo, desculpa, foi mesmo, devia não, podia não, sua amiga, 15 anos nera?

Agora imagine ele falando esse tanto de coisa em 3 segundos, numa frase só. É muito sem jeito.

História igual aconteceu com a fazenda da minha querida amiga “mamãe” Ingrid Velloso.

Todos estavam certos de que o final de semana seria na fazenda, sob os cuidados de Lorena e Zezinho (pais de Inha).

Só papai não me deixou ir. Por que, meu Deus? É proibido proibir. Esqueceu?

Lorena ligou lá pra casa, conversou, pediu, e não teve jeito.

Sentei na cadeira do computador e não chorei. Engoli. Não dei ousadia. Lá vem ele alisando meu pescoço e perguntando,
meio que arrependido.

- Lá ia ser bom? Quer ir mesmo?

- Nem se você deixasse eu ir...quero mais não, obrigado!

Ele deu as costas e saiu. Acho que uma das maiores besteiras que falei foi essa na vida toda, dentre tantas enormes.

É que eu queria muito ir, não tinha porque tanto orgulho. Defeito que me persegue.

Mas, voltando ao aniversário de Lorena (bocão – não confunda com a mãe de Inha), no outro dia, sábado, era aniversário mega comentado de Evelin, aluno do nosso rival Oasis.

Dessa vez foi a vez de Sara. Pediu pra ir e negado foi. A decisão dele fazia muito sentido. Ele fez justiça a mim. Se não me deixou ir pra um aniversário de uma AMIGA, qual razão faria Sara ir pra uma festa só por ir? Se ela fosse, a injustiça seria dobrada comigo. E irmão tem dessas coisas. Se ela pode, eu posso.

Acontece, parceiro, que me veio uma lâmpada com um diabinho e um anjinho.

Combinei com Daniel, Iago, Lulinha, Jéssica Liz e Matheus Brasil que iríamos pra esse aniversário. O MSN bombava demais nesse dia. Os “Nicks” só falavam disso. Iria fazer de tudo. Ninguém iria me impedir.

A noite chegou e eu deitei pra dormir. Dormir NADA! Estava com o plano traçado na minha cachola.

Toda noite eles (meus pais) assistiam televisão até certa hora. Antes de desligar, papai vinha na cozinha, pegava um copo d’água (supostamente pra algum remédio de mamãe), desligava a televisão, dava um selinho (eu ouvia o estalo e morria de raiva) e dormiam, felizes, sorridentes e babando.

Essa noite eles demoraram fora do comum. Acho que dormiram e esqueceram de desligar a televisão e fazer o que era rotineiro.

Eu não ia esperar. Não tinha celular e tinha combinado meia noite no clube Leader.

Pegue almofadas no sofá, escorri pela cama, fazendo a minha cabeça com um capacete da mineração. Abri o guarda-roupas, peguei a minha chave dos fundos, sapatos que calcei lá fora, o perfume (Dimitri) e fui de ponta pé.

Encontrei com os meninos e aproveitei aquela noite de forma magnífica.

Aniversário com as melhores coisas que uma festa poderia ter. Lembro, inclusive, que foi a primeira vez que bebi.

Comecei no Wisk e só parei na minha cama, com o mundo rodando.

Papai merecia uma fugidinha. Tomara que ele não leia o blog nem ninguém conte a ele pelo calçadão.

Hoje, anos passados, reconhecido o erro, quero desejar meus parabéns a Lorena. Grande amiga de infância que ainda encontro por aí.

Ah!! Se alguém for contar, aproveita e relembra que é proibido proibir.

terça-feira, 2 de abril de 2013

O casamento acabou



Em 2009, quando idealizamos o Forró LIGHT, na tentativa bem sucedida de reunir todos os colégios numa só festa, pensamos grande, apesar da pouca idade e nenhum dinheiro.
Resolvemos fazer no dia 11 de junho o 1º Forró LIGHT com uma banda que ainda era pequena no nosso Estado e com músicas simplesmente lindas.

Com o contato direto entre Nenel (sócio da festa à época) e o grupo Cangaia, formalizamos e decidimos fazer acontecer. Juntos como sócios, estavam Iago Souza e Raonne.

Mídia, galera da sala, animação, risco, palpites, sugestões e uma pequena celeuma com o pessoal do Forró dos Namorados. Rafael e a turma do Escalada que organizava.

Lembro que a cidade tava um zum zum zum enorme. É que no dia 12 de junho, um dia após nossa, teria o Forró dos

Namorados. Sentamos na casa de um dos membros organizadores do evento e decidimos que nada havia de mal nisso.

Lembro, inclusive, que o primeiro ingresso vendido em toda a história do Forró LIGHT, foi vendido pra uma moça loira dos olhos verdes que mora perto do Yolanda e da Embasa. Dona da casa que foi a reunião.

A festa aconteceu e foi sucesso. Lembro que Maíra Cajé deu uma palhona na festa. Cantou várias com Norberto (vocalista do Cangaia de Jegue).

Um ano após, já em 2010, resolvemos trazer novamente o Cangaia de Jegue. Eu não queria. Queria algo como Tio Barnabé, Estakazero ou Colher de Pau. Só que como a galera pedia e Nenel facilitava as coisas, fizemos novamente. A bilheteria novamente nos surpreendeu e a festa foi sucesso.

Já em 2011 decidimos não fazer com o Cangaia. Trouxe o Forró na Tora e o clima (tempo chuvoso) fez com que a festa não vingasse nas bilheterias, contudo, em temos de musicalidade não deixou a desejar. Foi um festão!

Em 2012, mais precisamente no dia 28 de julho (aniversário de Jacobina), novamente Nenel me convence que Cangaia de Jegue seria uma boa alternativa. Em contrapartida, Lucas Dias argui a necessidade de crescer e inserir na grade o New Hit. A festa acontece com alguns percalços e, mais uma vez, surpreende.

Costumo dizer que o Cangaia de Jegue saiu dessa ultima festa com algo em torno de 600% a mais do que a primeira vez.
Sem exageros. É na ponta do lápis.

Nesse interstício de tempo, Cangaia de Jegue tocou uma vez para o grupo do Bomba (Fabão e CIA) e também para Matheus do Churras (Capim Grosso). Show intermediado por mim.

Não tirei e nunca tiraria um só centavo. Fomos juntos à empresa pela boa relação que tínhamos com o Grupo Cangaia.
Acontece que agora em 2013, na querida e tradicional Semana Santa jacobinense, o Cangaia aparece, desrespeitosamente, na grade da festa de um cidadão, no mesmo dia da nossa.

Sim!! DES-RES-PEI-TO-AS-MEN-TE!

Quem conhece o mínimo de evento sabe que esse meio é cruel. Não é coisa para se viver. Quem é pequeno e vive disso, não vive bem. É algo que quem pratica, pratica por amor. Vide Fabão, pessoa com grupo sólido em eventos e um Agente da Polícia Federal. Vide Everaldo, corajoso e que tem comércio.

Vide nós, por que não? Estudamos e brincamos de fazer festa de qualidade.

Nós somos apenas estudantes. Futuros advogados, engenheiros, dentistas, o que for. Por mais novo que sejamos, somos homens o bastante para saber que tais condutas são absolutamente reprováveis.
O fato de o Casarão ter colocado uma festa no mesmo dia do Open LIGHT é algo que não merece guarida, tampouco respaldo.

Mas que problema há nisso?

Há sim! Nesse meio complicadíssimo, como as datas são escassas, existe intrínseco às pessoas que com isso mexe, algo chamado conversa, negociação e sobretudo, respeito. Não é necessário que haja um contrato escrito, explicadinho em artigos e alíneas o que se deve ou não fazer.

Mas, Keu...você lembra do Forró da Rede?

Sim, lembro! E como lembro...Eu era cliente. Queria ser cliente até hoje.

Em 2011, quando fomos convidados pela equipe dos Brutus para fazer o evento Brutus LIGHT, tivemos o cuidado de conversar com os organizadores da referida festa para que fosse combinado. Queríamos a quinta feira santa. No sábado, apoiaríamos a festa feles.

Sem acordo e com um desgasta interno no grupo do Forró da Rede, resolvemos então fazer o sábado e concorrer.

Existe uma diferença enorme nas duas situações. Existiu conversa, tentativa de acordo, hombridade.

O que os organizadores do Casarão fizeram é algo desprezível, mas não me atinge, não me entristece nem me preocupa. Já fizeram uma, duas, três, fomos a quarta ou quinta, mas não seremos os últimos.

O que me entristece, de verdade, é uma banda como o Cangaia de Jegue, a qual construímos uma história juntos, de parceria, de lealdade, de altas remunerações, de nunca ter deixado de pagar um só centavo, ter sido contratada pra mesma cidade sem ao menos nos consultar.

Quem não conhece de evento deve achar estranho.

Mas que obrigação eles teriam?

Não, eles não são obrigados por texto de lei nenhum. Eles são obrigados pelas relações humanas que a sociedade impõe e que, sinceramente, valem mais do que qualquer dispositivo legal.

Quando soube, de imediato conversei com o produtor da banda. Deixei claro o meu recado e disse que com aquela atitude injustificável do Grupo Cangaia, nosso casamento haveria acabado.

Com toda essa facilidade de se reatar relacionamentos, não vos afirmo que nunca mais os-contratarei. Mas encaro como uma traição. E traição, parceiro...eu não perdoo.

Ah! Tô em lua de mel com DORGIVAL DANTAS.

Eu tô doido pra CASAR e CONVIDAR todos VOCÊS!!

Vocês são demais. O Open LIGHT vai ser sábado que vem (dia 30 de março) e hoje ainda é domingo (dia 24 de março). Quero desde já agradecer a todos que participarão ou participaram do evento.

É mais um ano!

Hoje, dia 02 de abril, depois de escrever o texto, organizar o OpenLIGHT e também ir ao outro evento ouvir o som do Arreio de Ouro, mais uma vez agradeço a todos que participaram da festa e aos mais variados elogios.

Obrigado também a João e Aldo da Schin e Mateusinho da Sempre Criativos.

Aos meninos que ajudaram a festa a acontecer, sendo eles: Simão, Netão, Paulo, Rafael, Zulu, Léo, Boca, Hélio, Filipe e tantos outros.

Alguém avisa a Cangaia que tocar pra o LIGHT e tocar pra outro a diferença é enorme! ;)

sábado, 23 de março de 2013

Semana Santa em Jacobina com amigos da Faculdade



Depois do meu parceiro Igor ter passado o micaretão (2011), e meu delegado Conrado ter conhecido o Forró LIGHT (2012), iremos agora na Semana Santa (2013) em grupo.

Viajaremos na quarta feira, pós estágio, eu, Conrado, Felipe e Hélio. Igor ainda tá vendo se consegue dar o zignaw no "estágio". As aspas significam o que rola nos bastidores. Estágio na verdade seria a mulher. Tá foda, viu?!

Cinco da tarde sairemos (nós quatro e Natália de Dindo), com previsão de chegada às dez da noite.

Teremos um longo final de semana para que eles possam conhecer a minha linda cidade. Conrado terá mais tempo dessa vez.

Felipe e Hélio quebrarão esse cabaço.

Sara costuma dizer que nunca levaria amigos na Semana Santa. É que nós somos católicos (não fervorosos, mas respeitosos), e lá em casa nesse período não é aceitável que vá à rua beber, dançar, etc. Eles vão com essa ciência, de que quinta e sexta não serão dias badalados, mas de conhecer a cidade, fazer passeios e, é claro, arrumar o Open LIGHT.

Hoje pela tarde recebi a ligação da Tia Oficial. Engraçada e uma mãe alá moda antiga, a mãe de Hélio me ligou a fim de que fossem tiradas algumas dúvidas.

O que vamos fazer? Onde vamos ficar? Quem vai dirigindo? Nome dos seus pais? Endereço? Números disponíveis?

Sim! Muitas, muitas perguntas! Todas elas perguntadas e respondidas de um jeito especial, alegre e transbordando confiança. Do jeito que fomos criados, é a forma que quero criar. Acho esse tipo de conduta mais do que louvável. Foi essa conduta que também tiveram os pais de Igor, quando disseram NÃO! Você não vai pra Jacobina. Sei nem pra onde você vai, com quem vai, por que deixaria?

Acho que estamos escassos desses tipos de pais.

Vamos pra Jacobina fazer com que esse final de Semana seja parte da nossa história na Faculdade.

Doutores, é tudo nosso!!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Eu quero um pedacinho da cruz


Depois de quase um mês completado no meu novo estágio (Juizado especial cível – TJ/BA), estou com uma nova e arriscada missão.
Fui indicado e ensinado pelo Dr. João Ribeiro (estagiário) e sou supervisionado pelo Dr. João Alcântara (juiz de direito). Só que, após passado esse tempo probatório (já estou contratado), ficarei sozinho como estagiário direto, com a missão de ser tão bom quanto meu colega de estágio (João Ribeiro) é.
É que ele vai sair de férias. Como disseram alguns servidores, férias essas, mais do que merecida.
Hoje, após pegar alguns macetes e modelos a fim de que possa dar continuidade ao trabalho, prezando pela eficiência, celeridade e simplicidade processual, recebemos na nossa sala a visita da Dra. Daiana. Ela que é parte integrante da equipe coordenada pelo Dr. João Batista e que há uma semana me deu certa pressão.
É que eu havia feito uma sentença no word e colado no sistema em processo diverso do pretendido. Logo, com a referida contradição, caberiam os embargos.
Antes, portanto, os auriculares. Assim advogado fez. Passada essa fase, sofri eu tais embargos.
Acontece que não estava, ainda, disponível no sistema. Mesmo assim, queria a Juíza leiga que eu deixasse pronto. Como sou obediente, não fiz.
Esperei cair no sistema e prontamente analisei o processo. Embargos feitos e ele concluso para sentença, acolhi o pedido e fundamentei o erro material. Em outras palavras, erro meu, assumo eu, corrijo eu.
Feita nova sentença, levei para que ela analisasse. Em poucos instantes recebi elogios.
“Adorei. Muito boa. Você realmente tem futuro. Parabéns.”
Como não ficar feliz com palavras de alto calão?
Foi sim, digno de deixar o peão feliz.
Na visita de hoje ao gabinete para conversar com o Juiz, ela aproveitou o ensejo para parabenizar pela contratação.
“Inclusive, Dr João, quero dizer que é uma excelente contratação a de Cleuber. Excelente estagiário. Tem postura...gostei mesmo.”
“É, também gostei. Caladinho...jeito mineiro” – Disse o juiz.
“Caladinho? Sou não, Dr. É que estamos começando...risos” Finalizei.
Confesso que me arrepiei todo, dos pés a cabeça.
É essa a razão para a minha postagem. Dizer em poucas e boas palavras o meu muito obrigado ao Dr. João Ribeiro pela confiança em sair de um local cativo e me deixar administrar.
Serão trinta dias longos, com a missão de ensinar aos que tão chegando e de dar andamento aos que aí já estão.
Afinal, a cruz do Dr. João Alcântara é pesada demais para carregar sozinho. Faço questão de usar todas as minhas forças.
É que estamos juntos na luta para que tenhamos, em breve, um judiciário exemplar.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Colegas - FIlmão



Ontem tava circulando pelo Facebook e vi um vídeo promocional. Era o trailer do filme "Colegas".

Acho que os minutos do demonstrativo eu assistia meio que com a boca aberta e formigando os pés. De imetiato reconheci também o casal que estava dia desses no Altas Horas, programa de Serginho Gorisman aos sábados. Aquele do madrugada inteligente. Eu dei boas risadas com eles e me sentia do mesmo jeito quando assisti ao trailer. São eles, ao lado de outro colega, que protagonizam o filme.

Vou, neste momento, tomar a liberdade de contar um segredo pra vocês.

Desde pequeno eu tenho um sonho meio estranho. Tenho o sonho de ter filhos, muitos filhos (lê-se 3 no máximo), sendo que um desses queria que tivesse a síndrome de down.

Sou completamente apaixonado, fascinado e fã desses meninos que tem um cromossomo a mais. Eles são a mais, eles são demais!

Tem um amigo de Márcio, meu professor de física lá de Várzea do Poço. Nome dele é Gustavo, mas chamam de Guga. Sempre que chego no carnaval pergunto por ele, e logo aparece todo serelepe.

Em outubro do ano passado teve segundo turno pra prefeito em Salvador e na contagem de votos, na sede do 25, tinha um rapaz também com a síndrome. Eu tava do outro lado e fingi que ia olhar o carro (disse aos meninos), só pra poder na volta passar por ele e puxar um papo. Com poucos minutos de conversa eu fui apertar a mão dele e ganhei um abraço.

Acham que eles são agressivos e dotados de muita força. Podem até ser, mas nunca vi caso.
Então, já comentei com algumas tias e acho até que com mamãe. Elas também estranharam, exceto Tia Olga que também é fã.

Se não for por força divina, teria coragem de adotar.

Claro que é uma decisão pensada. Não vou ser casado comigo mesmo (sei nem se vou casar), então tem que conslutar a patroa.

"Palavra tem poder".

Papaii do céu, me ajeite! ;)

Segue link do trailer. Não sei postar vídeo no blog. Aconselho assistir.

PS: Ontem sai correndo de casa para o Iguatemi para assistir com meu amigo Rafael. Só tinham três casais. Eu e ele e mais dois casais normais.

http://www.youtube.com/watch?v=Kf07YeqMOtg&feature=share

quarta-feira, 6 de março de 2013

Inha é MAMÃE!!



Hoje, depois de um dia cansativo, depois de 14 horas fora de casa, chego para trazer uma notícia maravilhosa pra vocês.
Muitos já devem saber, mas quero usar esse meu espaço para registrar a data de um sobrinho. Não é filho de Sara nem será meu parente. É filho da minha amiga e irmã Ingrid Mesquita Velloso, a famosa Inha.
Inha, de tanta beleza, de tanta dor de cabeça dada, de tanto orgulho, de tanto amor pelos avós, pais e gato e rato com a irmã que também é do coração.
Ela foi, é e sempre será a Inha que é centro das atenções, dos comentários. Ela pode!
Hoje, depois de tantos momentos e incertezas, nasce o Boy para dar alegria ao Avô coruja Zezinho e toda família Velloso.
Certeza que nascerá num berço da mais preciosa pedra.
Inha é a primeira da nossa turma a dar luz a uma criança. Que todas as minhas amigas sigam o exemplo dela e me deem logo esse prazer. Tô doido pra fazer guti-guti nesses meninos. Quem sabe já num vira o sanfoneiro da minha banda?

Saúde, boy Velloso! Vc antes de nascer já era estouro! Imagine...


Ah...seremos sempre FAZENDA!!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Assembléia de prédio

Acabo de chegar do salão de festas do meu prédio depois de ter vivido uma noite com horas interessantes.
Depois de receber duas notificações por debaixo da minha porta, uma da síndica e uma dos irmãos moradores do 404, decidi tomar partido e declarar meu apoio aos irmãos Pagani. Não os conheço, então fui com alma limpa. Um eu já vi pelos elevadores, mas o outro não.
Na verdade tudo começou porque os irmãos Pagani foram os anfitriões de uma festinha no seu AP. Horas se passaram, o som deu uma aumentada e ninguém percebeu. O que há de mal nisso? De errado há sim, mas maldade não vejo. Me coloquei no lugar deles. Acho que todos deveriam fazer isso.
A síndica na sua carta, ao meu ver, expôs os irmãos de uma forma desnecessária, narrando os fatos de forma unilateral e difamando a imagem dos rapazes. Definição essa que não posso mais errar. Me refiro neste momento às diferenças de injúria, calúnia e difamação.
Por sua vez, a carta dos meninos trazia os fatos de uma maneira sutil, bem escrita e esclarecedora.
Dito isto e com as duas partes manifestadas, desci e me encontrei com os meninos. Confirmei a minha desconfiança de que a carta dos irmão havia sido escrita, de fato, por um advogado, nos direcionamos à assembléia.
Com o começo da reunião, um senhor que já estava à mesa presidiu e pediu para que não houvesse discussões.
Como não? A genta tava alí pra isso.
Ao começar a ler a pauta, de cara pedi a palavra.
Levantei meu indicador direito e pedi ao senhor que se refirisse aos condôminos do 404 como tal ou proprietário, e não locatários, como estavam sendo. Vi uma pitada de ironia e não admiti. Sim! Eles são proprietários indiretos daquela propriedade.
Em seguida, com algumas falas de algumas pessoas, da assembléia que pouco sabe, nada faz e muito finge, votaram para que a multa fosse sim aplicada aos infratores.
Com o tumulto novamente, pedi a palavra e sugeri aos gritos (no começo) que fosse feita uma conversão. Convertermos a multa em uma advertência. Essa é a forma mais humana e racional de se resolver um problema. Finalizei desta forma com o tom mais baixo.
Não sabia se os irmãos Pagani aceitavam a proposta, mas assim ficou decidido.
Ao final, com a presença protetora do marido e uma descontração forçada da síndica, botaram a convenção interna em questão. Convenção essa que dispõe multa de 20% no mínimo. Acontece que a multa aplicada foi de 10%, o que reforça ainda mais a ideia de que foi essa uma decisão unilteral, ditadora e subjetiva.

No final, fiz um pedido. É hora dos jovens mudarem essas besteirinhas. Começar pela assembléia arcaica do prédio.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O vice tá estourado!

"O vice prefeito é muito importante sim. Jacobina é grande e uma pessoa não consegue administrar sozinha. Vou estar no meio da rua, no meio do povo."

Palavras do Vice-Prefeito de Jacobina José Maria Fagundes em entrevista cedida à Jacobina FM em 11 de agosto de 2012 quando ainda pleiteava uma vaga junto à Coligação Para Reconstruir Jacobina. Na mesma entrevista ele ainda acrescentou que era uma pessoa operacional, que vivia o dia a dia da cidade, que ia às feiras, às esquinas e sabia das dificuldades das pessoas.

Pois bem, o ano agora é 2013, o mês é de fevereiro e o dia é 23, portanto estamos há 54 dias da posse e já podemos fazer um resumo sobre a administração do vice-prefeito de Jacobina, este que, segundo a Constituição Federal Artigo 29, I e II, é o segundo em exercício no cargo do executivo municipal eleito através do voto direto juntamente com o prefeito, de modo vinculado.

Resumo: Ao contrário da grande maioria dos "vices" que por ali passaram, o Fagundes não foi para o anonimato político, ou seja, não se contentou em ter o salário do silêncio e do fica quieto. Com seu jeito alegre e espontâneo de interagir com a comunidade ele continua indo às praças, segue o costume de sentar no parlatório da esquina, continua abraçando o povo e batendo na mão com um soco ao finalizar o contato como fez em sua campanha na corrida dos vice-prefeituráveis.

São muitos os relatos sobre o corpo a corpo do vice, exemplificamos aqui alguns:

A missão da negociação com o Hospital Regional foi dada ao Secretário de Saúde e ao corpo jurídico, porém, lá estava ele comparecendo às audiências junto a Promotora Dra. Rocío Garcia, acompanhando de perto o "andar da carruagem";
Foi dada à Secretária de Educação a missão de resolver os problemas enfrentados no dia a dia das escolas, porém, lá estava ele em seu gabinete recebendo mães de alunos, ouvindo suas necessidades, críticas e sugestões. Acham que ele passou a bola para a secretária? Com seu macacão de operário com marca registrada de quem parou de resolver os seus, para resolver os dos outros, ele subiu serra até a escola em questão e, em reunião com os professores, colocou as cartas na mesa, conferiu nomes em sua cadernetinha de bolso, identificou os culpados e deu um basta no problema, claro que com seu jeito carismático e sem precisar se impor. Contam as testemunhas que ele até colocou uma funcionária para fazer a coreografia do Ziriguidum!

Esse é o José Maria Fagundes, o homem que muitas das vezes parou de tomar seu café para atender à porta e intermediar uma vaga de emprego na Yamana Gold, que não exitou em passar óleo de peroba em quem julgava necessário, para defender o povo, que não deixou de lado seus amigos da Praça da Matriz e que principalmente não se deixou levar pela função Fantoche, arregaçou as mangas, dobrou a barra da calça e pusera-se a lutar em prol da organização e em ações de cunho social.

Que este cidadão sirva de exemplo para muitos outros vices que ainda passarão por aquele paço municipal. Parabéns José Maria Fagundes, e que estes dois meses que se passaram sejam apenas um prato de entrada para tudo que o senhor ainda irá oferecer para nossa cidade que é tão faminta de trabalho sério.

Diário da Chapada - Por Igor Fagner

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Agenda LIGHT



Sexta:
- Ajustar c a 2 de Janeiro + estudar o espaço (camarins + distribuição de bebidas + entrada e saída)
- Contratar equipe de seguranças
- Hotel - reafirmar
- Estudar programação da festa
- DJ - Qual? Quanto? Estrutura de Dinas?
- Atualizar orçamento da festa
- Fazer e entrar em contato com os comissários -

1 - Lara Almeida
2 - Cláudia Mascarenhas - 74 9141 4917
3 - Dedy - 74 9113 4038
4 - Manu Miranda
5 - Raniel do Junco - 8837 2543 - 3621 5168
6 - Tauanna Moura-
7 - Allana Muniz -
8 - Nega Marli -
9 - Janão -
10 - Gabriel Miguel Calmon - (74) 91911778
11 - Mateusinho -
12 - Nanaíra -

Pontos de venda: Ajustar porcentagem, valor e cartão.
1 - Mamédie
2 - Flávio

Sábado:
- Colar cartazes feira - jacobina 3, 2, nazaré, paulo souto, catuaba, miguel calmon, piritiba? Avaliar necessidade
Noite: ruas de jacobina

Domingo:
- Cartazes na BR, palmeirinha, sapucaia, paraíso, junco, capim grosso

- Segunda:
- Caém, caldeirão, saúde

- Terça:
Serrolândia e Várzea do Poço

- Durante os dias a gente vai resolvendo coisas pequenas na cidade mesmo. A sugestão de dias alternados para colar é apenas sugestão. ahuahua - redundante, não.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Juízado Especial Cível - Lá vamos nós



Hoje, 4 de fevereiro de 2013, a partir das duas da tarde iniciarei uma nova etapa.
Depois de deixar a Profis, serei estagiário (voluntário) do Juízado Especial Cível, locado na Faculdade Jorge Amado. Com a indicação e apoio de João Ribeiro (pra mim João de Conceição), farei parte do grupo dos estagiários que fazem funcionar aquele órgão.
Sou dos que têm a certeza de que sem estagiário nada funciona.
Lá é fruto da lei 9099/95, assinada na época por FHC, na tentativa bem sucedida de dar celeridade processual.
De que forma?
Nesses juízados especiais a pessoa não precisa da presença de advogado para entrar com uma ação. É alí que se resolvem causas pequenas, de até 40 salários mínimos. É alí o espaço para que as empresas e os particulares transacionem ou conciliem suas lides.
É o que chamam de 'jus postulandi' tão criticado pelo formato, pela precariedade que ainda deve tomar conta desses ambientes.
Na semana passada estive lá e presenciei a conversa do Juíz Dr. João e um senhor advogado, que havia sido seu professor. Meio a conversa, eu e João Ribeiro prestávamos atenção e algumas palavras e/ou expressões me animaram.
Perguntado se ele ainda era máquina de sentenciar, o magistrado disse, com muita modestia, que sem eles (estagiários) não era nada. Que agradecia muito, que agilizavam e que sim, continuava na ativa.
O fato de o jus postulandi não precisar de advogado, faz com que o acesso à justiça, assegurado pela CF/88 (deve ser no art. 5º), leve pessoas ignorantes (legalmente falando) ao juízado. Com isso, cabe aos servidores exercer um papel de assistente social.
Talvez isso é o que tenha me animado bastante. Mais uma vez lembrei de Pimentel, que disse que o outro lado vê o homem de paletó uma armadura. É com prazer que usarei a armadura para tentar informar, auxiliar e resolver.
Saio da comodidade de um computador, do salário certo e de prerrogativas que havia conquistado na Procuradoria para um novo desafio. Agarrarei com unhas e dentes. A possibilidade futura de contratação claro que é esperançosa, mas a experiência de tá em contato direto com pessoas é animadora.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Valeu, PROFIS!


Depois de um ano e vinte dias de serviço prestado à Procuradoria Fiscal do Estado, disse até logo.
Como disse ontem no meu facebook os ciclos começam e chegam ao seu fim. O meu na PGE/Profis se encerrou na fase estagiário. Talvez um dia possa voltar como serventuário, num concurso da vida e até como procurador, quem sabe. Ser igual (laboralmente falando) a Dra Cristiane Guimarães, Dr Helder Brandão, Dr Rui Moraes ou Dra Adriana, não seria nada mal, muito ao contrário, um sonho para qualquer estudante de Direito.
Parece ter sido tudo muito rápido, mas é uma decisão pensada, avaliada e autorizada. Eu pensei, eu avaliei, eu consultei e eu me autorizei. Apenas comuniquei ao meu STF (superior tribunal familiar).
Quanto aos meus chefes, conversei antes com minha querida e famosa Maria. Como sempre, me compreendeu, me apoiou e se emocionou. Quero agradecer muito especial a essa figura que sempre me deu força em horas de travessuras, que entende o meu B-A-BÁ, que sabe o que o bom da vida, afinal, somos do interior. Tantas vezes ela disse sim quando precisei viajar pra fazer política, festa ou até mesmo ir à Jacobina passar alguns dias. Sempre dentro da legalidade, eu ia, mas antes tinha que fazer minha horas. Deixar a Procuradoria na mão, isso nunca. Nem eu queria, nem ela deixava. É uma profissional e tanto. Das várias chefes que tive nessa experiência, vos digo sem pensar duas vezes que ela é a minha preferida.
Quero agradecer também a Dra Cristiane Guimarães, a responsável por toda a arrecadação do Estado. O nome dessa figura é Cristiane, mas pode chamar de trabalho. Carregada de prêmios e condecorações, é um exemplo a ser seguido. Ela me lembra muito mamãe, quando se fala em atividade. Ela que um dia, com toda sua elegância e inteligência, parou no prédio da vice-governadoria e me ensinou que débitos acima de cinquenta mil reais precisaria oferecer um bem à penhora. Meu Deus! Aquilo parecia tão difícil. Ela descomplica e mesmo sendo uma autoridade, trata o estagiário como um filho.
Quero agradecer também a Clarissa, Camila que passaram rapidamente por nossos setores e que deixaram suas contribuições. A procuradoria tava em transição e precisávamos de um coordenador. Tentaram e não conseguiram. Eu tinha o remédio. Remédio que atendia pelo nome de Sandro ou Samira. Dois excelentes estagiários, que sabiam muito e que mereciam essa chance. E essa chance foi dada. Até hoje ela tá aí, firme, forte e hoje sim, ela é tratada como chefe por meus colegas de parcelamento. Samira SHOW! Ela quando nos coordenou, a gente não considerava chefe. Era difícil. Somos seres humanos, e gente é coisa do cão. Como encarar uma ex estagiária como chefe? A gente não desrespeitava, isso nunca. Contudo, ver Samira como chefe era demais para as nossas cabecinhas. Sucesso, Sami!
E tem ela, a respeitada por todos, desde a limpeza até o Procurador Geral do Estado, digna de elogios por se entregar ao Estado como sua segunda casa, Carol faz da Procuradoria Fiscal a sua cara. Eficiência, agilidade, cobrança, liderança e resultados. Obrigado Carol por ter acreditado e me aceitado como corpo membro desse núcleo. Obrigado por ter confiado no meu amigo/irmão Daniel Cajé, que ao surgir a vaga disse que eu iria. Não precisou de currículo ou entrevista com provas. Valeu, Nego Dan! Valeu, Carol!
Por fim, quero agradecer aos meus anjinhos da guarda por ter botado vocês, vocês estagiários no caminho desse matuto que demorou a se acostumar com o sapato social e as meias trocadas. Vocês todos, sem exceção. A gente aí nem percebe, mas fazemos parte uns das vidas dos outros. Parte integrante. A gente divide, aprende, ensina, bebe, come, ajuda, reclama, manda, pede.
O tempo nos dirá quem são os realmente especiais, por isso, peço ao tempo que não me deixe nunca longe de vocês.
Um grande abraço,
Cleuber, Cleubinho, Keu, Barriguinha, Matuto ou o que vocês quiserem.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Dia de eleição - Poema de Zé Fagundes


Compartilharei agora com vocês um poema escrito por Zé Fagundes, meu avô paterno. Como não quero esperar o dia de chamá-lo de saudoso ou in memorian, divulgo com o prazer de ter escutado os versos da boca dele. Como é um papel muito antigo (1952), tive o cuidado de plastificar e trazer comigo pra Salvador. Fará parte da minha biblioteca, caso venha ter. Se contrário for, mostrarei a todos que tiver oportunidade. Me orgulha bastante.
Uma amiga perguntou se eu achava isso e se achava isso também do meu pai. Disse que sim. Se ele aceitou o desafio de entrar na política, que seja então encarado como tal. Cabe a ele fazer diferente.
Espero que vocês possam se deliciar um pouco do muito que eu me lambuzei com esse pedaço de papel.
A foto somos nós numa tarde de Janeiro de 2013, na calçada de São José de Mipibu, RN.



"O rico conhece o pobre só no dia da eleição
se vê a gente de longe
vem sorrindo e aperta a mão.
Tira o chapéu, da bom dia,
todo cheio de atenção
pergunta pela família, pelos pais, pelo irmão.

Para apanhar os nossos votos
promete o que nunca dá;
Te dou cavalo arriado,
te dou casa pra morá.
Te dou escola pros fios,
dou ponte pra tu passar,
dou emprego na cidade,
dou campo par tu virar,
dou roupa pra tu vestir,
dou dinheiro pra gastar!

Te nomeio delegado,
dou prestígio no arraiá.
E se ficares criminoso,
da prisão vou te tirar.

Mas depois do voto dado,
se a gente vai reclamá,
ainda nos da reclamação.
Malandro, vai trabaiá
Vai caçar o que fazer
Senão te meto o facão.
E se tu se arretar,
eu te boto na prisão.

São os resultados que contamos na eleição."

Santo Antônio, RN. 1 de maio de 1952.
José Augusto Fagundes

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Alô meu Rio Grande do Norte


Depois de 3 anos estarei voltando ao meu Rio Grande do Norte. Vôo pinga-pinga marcado pra amanhã (Sábado - 12 de janeiro de 2013) e retorno domingo (27 de janeiro). Como numa postagem anterior, vou com um receio e cheio de saudade e alegria.
O receio fica por parte de está vivendo outro momento. Os meninos agora têm audiências, as meninas têm faculdade, etc...A alegria é mais fácil de detectar. Alegria movida pela saudade da praia, de São José, de Ponta Negra, Lagoa Seca, Tabatinga, Arituba e tantas outras coisas.
Serão 15 dias legais, para descansar principalmente das minhas manhãs de aula e tardes de PAF's.
Deixarei em Salvador nada, absolutamente nada. Outro janeiro aqui seria demais para minha paciência. Já em Jacobina, deixarei com os empresários meia boca Dips e Lucas a responsabilidade de tocar pra frente o Open LIGHT. Projeto está pronto, as bandas estão contratadas, a festa tá lançada. Está com com eles a parte mais difícil, que é dar segmento. Por onde começar? E agora? Vou onde? Eles sabem bem. Me deram essa folga de 15 dias, mas no carnaval voltarei com força total para colar cartazes em mais de 10 lugares na nossa região. A meta é rodar 500km.
Deixa eu ir alí, comprar um hipoglós, uma escova e me pesar. A meta nesses 15 dias é voltar com a barriga um pouco menor. Tem que ser uma diferença perceptível.
Chega pra cá, bora pra Tabatinga, ouvir e criar, porque na volta terei muita história pra contar.

Tabatinga!!!
Aí vou Keu!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Ela está de volta!




Fiquei do dia 21 de dezembro ao dia 02 de janeiro de 2013 em Jacobina num recesso mais do que especial concedido por minha coordenadora da PGE/PRofis, Maria. Foram vários dias, que inclusive não estava mais acostumado a passar. Com a chegada do estágio, surge uma nova vida. Vida essa de renúncia.
Shows, festas, chegada da família, uma sinuca na catuaba, uma ida sem futuro a Miguel Calmon, Caldeirão, Caém, posse, reveillon, etc...
Foi sem dúvidas, nesses três anos que completo aqui em Salvador, a partida mais emocionante que eu já tive.
Poderia dizer que foi pelo até logo que dei a Breno, Ricardo, Tia Olga e Vôvo. Poderia ser pelo medo e insegurança que entrego papai aos seus desejos intermináveis e realizações que não se realizarão, me desculpe a redundância. Contudo, o que me emocionou foi um sonho que tive.
Sonhei dormindo (nossa!), mas aconteceu de verdade.
Depois de mais de um ano da queda e quase um ano pós cirurgia, ela está de volta.
Sonhei que mamãe voltava a trabalhar. Mais do que isso, sonhei que ela tinha a vida dela de volta. Sonhei que as confusões lá de casa também deixavam de ser essas e voltavam a ser aquelas que eu já estou acostumado. E até me faz bem.
Acordei com essa vontade. De dizer e disse. O que é novidade.
Ao descer para escovar os dentes, ela também desceu para arrumar uma maletinha vermelha que trago com comida. Alguns conhecem, nem que seja para carregar vodka e gelo.
Ela entrou no banheiro para dar tchau e eu perguntei:
- Tu volta hoje, né?
- É!
Só foi o sim. Eu abracei e não vi mais nada. Terminei o abraço dizendo que havia sonhado justamente isso. Que ela voltaria pra Receita Federal.
Meio sem jeito, desejei boa sorte.
- Deixa eu ir. Bote pra moer lá.
- Pode deixar. Vá falar com sua tia e seu avô.
Desci, liguei o carro e durante toda a viagem fiquei imaginando.
Acho que agora sim as coisas voltarão ao normal. O horário de almoço que não vai ter mais hora, a saída logo cedo, a chegada meio dia para ajeitar os papeis e dar gritos descontrolados, mas será ela. Do jeito que a gente tá acostumado, gosta e queria.
Seja bem vinda, mamãe!
Um exemplo de funcionária pública em ética, respeito e profissionalismo. Sara já reclamou um dia que você só pensava em trabalho. Eu não. Acho extremamente o contrário. Gosto demais. Acho até que um dia a gente vai trabalhar num só escritório.
Mais do que você, quem estava morrendo de saudade eram os contribuintes. Saudade da profissional que ajuda, aconselha e resolve.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Tá guardado.





Minha primeira postagem do ano de 2013 é mais do que especial. Queria começar ressaltando que cumpri com todas as minhas metas estabelecidas por mim mesmo para 2012. Com um pequeno deslize nas matérias da faculdade, não perdi, mas fiz finais. Isso não era o combinado, mas tudo bem. Eu auto-relevei.
Queria externar minha felicidade de poder ter recebido em Jacobina de braços abertos meus primos Ricardo e Breno Fagundes, minha tia Olga Fagundes, e o famoso Zé Augusto Fagundes. Ficaram conosco do dia 28 de dezembro até dia 3 de janeiro. Relativamente muito pouco, mas foram dias extremamente legais.
É um desses dias que quero relatar pra vocês.
Zé Fagundes gosta de ir a lugares que ele já esteve. Serve para que ele possa conversar com a mesma pessoa, que certeamente não se lembrará dele, e falar que lá esteve, tantos anos atrás, lendo um jornal, tomando uma água e olhando os carros passarem. Esse lugar era a banca de Flávio, no calçadão de Jacobina.
Se era isso que ele queria, lá fomos nós. Ofereci dois jornais e ele pegou apenas um. O "A Notícia". É que o Tribuna lá no Rio Grande do Norte pertence a oposição de José Agripino, então ele não quis nem saber, mesmo não tendo nada a ver com o Tribuna de Carlos de Deus.
Em um outro dia ele me chamou novamente para "passear". Vamos sim! Chamei os meninos e fomos ajudar a descer da escada. Lá em baixo quem chega é meu outro avô, Ananias, pai de mamãe.
Eles se cumprimentam e Zé Fagundes fala:
- Vou passear. Volto ind'agora.
- Tá certo. To esperando... - Disse Ananias.
Esperando nada. Ele ia com a gente. Não poderia deixar passar aquele momento. Botei ele dentro do carro e fomos todos os cinco. Ricardo (nosso motorista), Zé Fagundes na direita e nós três atrás. Breno, eu e Ananias. Somente no sambódromo ele se tocou que Vô Ananias tava com a gente.
- O Sr. veio? Nem tinha visto...Vamos alí, ler um jornal.
Eu sinceramente não acreditava que iríamos novamente ficar em Flávio sentados lendo jornal e vendo o povo passar. Foi ai então que "velho Ananias" convidou para ir até o Barro Branco, conhecer um velho amigo, seu Tazinho.
Na catuaba ele viu a placa e sussurrou:
- Miguel Calmon...
Passamos e chegamos na casa do seu Tazinho. Pena que não estava, mas deu tempo sentar numa cadeira velha e chupar alguns umbus. Eu ria muito porque ele com a bengala só fazia apontar qual ele queria. Prontamente eu, Breno ou Ricardo, buscávamos pra ele. A semelhança com Ramiro Bastos era um absurda.
Como a visita, a priori, tinha sido sem sucesso, ele nos convidou pra ir até Miguel Calmon. Acho que o sussurro fazia sentido.
Pegamos a estrada e seguimos pra Miguel Calmon. Na estrada eu fiquei viajando e achei que deveria eternizar aquele momento aqui no blog. Tocava Luiz Gonzaga, os dois cantavam a música e eu só olhava, só curtia. Era de verdade muito bom ter os dois num só ambiente. Acho que nunca mais terá uma cena como aquela. Primeira e única. Afinal, como disse papai, para os dois, principalmente Zé Fagundes, a partir de agora tudo é lucro. Cada camarão comido, papa das seis, refrigerente com gelo ou umbu sentado debaixo do pé de pau.
Já em MC, entramos, rodamos a cidade, pegamos uma contra-mão e voltamos pra Jacobina felizes e satisfeitos, como ele mesmo diz.
Na volta ainda passamos na casa do Sr. Tazinho. Dessa vez achamos o velho. Não demorou um minuto, eles se apresentaram, sentaram na cadeira por outros vinte segundos e sairam.

Vou guardar. Ta guardado.