Total de visualizações de página

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ela diz que sou matuto


"Matuto, não por falar ‘errado’, mas por que tem seu jeito próprio e às vezes nem precisa falar. Matuto, não por que é besta ou bobo, mas por que tem pureza no coração. Matuto pela simplicidade e por viver simplesmente. Matuto pela bondade sem pedir nada em troca. Matuto por muitas vezes nem ter o que dizer. Matuto por não entender, mas aceitar. Matuto por amar e amar sem saber declarar. Matuto por ser ‘turrão’. Matuto por somente demonstrar. Matuto por sentir. Matuto por gostar. Matuto por ouvir. Matuto por não saber o que quer, ou querer sem saber. Matuto por falar pelo olhar. Matuto por fazer admirar. Matuto por encantar. Matuto por surpreender. Matuto por se aventurar sem se deixar amedrontar. Matuto por teimar. Matuto por sonhar. Matuto por valorizar. Matuto por se emocionar. Matuto, não por ser caipira, mas por se fazer notar. Matuto por ser ousado. Matuto por não desistir tão fácil. Matuto por ser tímido e chamar atenção. Matuto por não se deixar entender. Matuto por saber conquistar. Matuto por ser uma raridade. Matuto por não se deixar lapidar. Matuto por viver sem pensar. Matuto pelo simples fato de matutar..."


Quem disse foi Saíze, tenho nada com isso!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Clandestinos


Acabou de acabar o seriado da Globo “Clandestinos” e não pude deixar de vir até aqui, escrever um pouco. O meu grande companheiro das noites de quinta feira na entediante capital da Bahia foi simplesmente fantástico. Somente com as chamadas dos comerciais eu já estava ansioso pra poder assistir o que viria mais adiante, até porque tinha Guel Arraes e Leão na direção. Sei nem quem danados são, mas são os caras. Acho que foram cinco semanas, cinco choros, cinco emoções, cinco saudades. Saudade de Jacimário, saudade da minha galera que desde 2007 se atrevia a montar e apresentar peça aqui em Jacobina. Era muito divertido minha gente, vcs não fazem idéia. Talvez seja por isso essa identificação toda com o programa. Aprender a marcação, aprender a dar a deixa, rir dos poemas e falas dos outros, dos personagens criados por cada um, admirar o melhor ator e a melhor atriz, dar os parabéns e por fim, MERDA! Merda pra vocês meus grandes amigos. Não quero voltar no tempo, mas quero reviver tudo que há de bom, construir novos momentos inesquecíveis, ensaiar novas peças, bagunçar o nosso diretor, emocionar o diretor que tinha uma paciência danada.
“Eu não confio em ator que não fica nervoso”
Essa foi a ultima fala de Elisa no seriado...
Então minha “fia’, podia contratar a nossa sala porque era sucesso garantido.
Quem sabe um dia não dirá: MERDA PRA VC! ...e mais uma vez seremos sucessos. Pelo menos pra gente...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Oral poético


Alguns já vão achar presepada misturado com apelação minha aqui no blog contando essas coisas, mas como não devo nada a carai de ninguém, e esse blog serve exclusivamente pra eu ler daqui uns tempos e rir com minhas bobagens, escreverei um episódio mais do que cômico. Não quero audiência, não quero ibope. Não tenho fama, mas serei eterno.

Então... era um dia de domingo e fui à uma cavalgada nos distritos de Jacobina com alguns amigos, levando os cavalos rebocados numa camionete, todos do grupo Sela Velha, arrancando algumas doses de medo de papai ao me deixar ir. Chegamos já tarde, com o andar dos cavalos pelo percurso e a vaqueirama bebendo e se divertindo pela zona rural jacobinense. Uma cerveja aqui, uma carne assada ali, pegamos os nossos cavalos e quando a noite caiu fomos para a praça da festa, rolando Branquinho e uma dupla de vaquejada que esqueci o nome agora. Como de praxe, onde tem cavalo tem muito homem e pouca mulher. Quando aparece é sinal de que a disputa pela dona vai ser das grandes, isso se ela for bonita. Os olhares começaram a rolar, pouco a pouco uma senhorita encostava, o que bastou para começar uma conversa tímida...a minha cara. Eu lembro o que danado foi não, só lembro que montamos no fiel Maribondo e saímos pela calada da noite, até achar um curral que pertencia a uma fazenda.
Antes de encontrar o tal lugar, lembro que parei num orelhão e liguei pra casa pra dar notícias, coisa que não tenho muito costume. Isso umas nove da noite, mamãe já doida em casa, sem saber por onde esse menino andava, dizendo que já tava embarcando os cavalos e que no máximo uma hora estaria em casa.
Ao chegar na fazenda, me encostei num cocho d'água e ao meu pedido, ela foi tirando a minha calça suada e cheirosa devagarzinho... Muitas menininhas vão achar um nojo, mas o cheiro de cavalo, como disse Figueiredo, é melhor do que o de gente. Ao baixar toda a calça, presa pelas pontas das minhas esporas, ela começou lentamente a beijar minha coxa, puxando minha cueca, querendo rasgá-la e me deixa todo assado, só pode...
Num ato mais do que esperado, ela começou a fazer sexo oral em mim e falava umas coisas no mínimo estranhas.
“Vou te dar as estrelas do céu, as nuvens da galáxia, a lua que brilha, dos seus olhos que radiam meu dia, que sobem como um foguete pela minha boca”
Eu pensei comigo na hora alcoolizado...
“Ou essa menina é “romântica-inteligente” ou ela cheira um pó fora do comum, porque numa hora dessas ela vim recitar poesia, é demais para o meu estímulo sexual.
A danada continuava a recitar até eu não agüentar mais e perguntar:
Ô minha fia, de quem são esses versos?
De quem são esses o que?
Isso ai minha fia, que você ta falando...
Ô sim. Aprendi inda agora, só em te ver...
uhaHUAhuAHUahuAHauaHU

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Minha primeira vez - Agora é pra valer!


Acho que essa é a besteira mais esperada pelos meus leitores e amigos, até porque a vida alheia é sempre importante para o alheio!
Já falamos sobre masturbação, beijo, política, Marina, Lula, Serra, personagens e agora só falta à parte sexual, a que mais gosto!
Janeiro de 2006, como de praxe, fui passar minhas férias na belíssima Natal, acompanhado dos tios e primos, todos da família de papai, com um carinho e alegria Fagundes de ser. Fomos pra uma festa numa cidade do interior, próximo a São José de Mipibú (cidade do Gundes), curtir um forrozinho ao som do inconfundível Briola e Ferro na Boneca. Na época os meninos tinham um FIAT Doblô, com um sonzão no fundo e muita animação de Bruno, Breno e Decinho. Com o desenrolar da festa, conhecemos algumas "donas" como eles costumam chamar. Fomos nos envolvendo devagarzinho, a fim de mais na frente acabar com aquela minha sede de sexo, mesmo com quatorze anos. O dia amanheceu e eu, gordinho e liso, porém com uma vontade fora do comum, não passei de um beijo. Os dias passaram, continuei minha vida normalmente, trabalhando certinho no banheiro, indo pras festinhas, e na internet o rei da putaria.
Novembro do mesmo ano, o povo lá de casa faz o favor de viajar e me deixar sozinho em casa. Sempre fui assim meio inconseqüente, mas papai tem uma confiança meio fora do comum comigo, mesmo não assumindo. Deixou na porta de casa a camionete Hilux, velha e suja, porém, com quatro rodas e um pouquinho de diesel pra me fazer levar ali. Ali onde menino?
Entrei no MSN e sem muita intenção, comecei a teclar com uma conhecida de uma cidade vizinha, doida pra fazer sexo e aprontar com um menino novo, do jeitinho que eu era. Peguei o carro e fui pegá-la em casa. Saímos sem destino e paramos ali em frente a Ford Vermont Veículos do meu grande amigo Marcel. A gente se beijava e, num ato mais do que surpreendente ela deu uma pegada no meu cacete e disse que queria. Tentando ser maduro, cabeça e o cara, fiquei de boca calada, porque se falasse, seria alguma loucura pornográfica. Deu onze da noite e fomos lá pra casa, já que estava só, a noite seria só minha. Os vizinhos ainda estavam na porta, o que me impossibilitava de entrar, tentando ao máximo evitar comentários que chegassem aos ouvidos do povo lá de casa. Meia hora depois volto e finalmente entro em casa, ainda muito nervoso por dentro, tentando esconder a minha impaciência e ansiedade. Com quatro quartos pra escolher, fui por eliminação. O meu e o de Gi eram fora de cogitação por serem pequenos e escuros. Eu queria um negócio meio termo, queria ver a bunda gostosa dela. O de mamãe encarei como falta de respeito, logo, restou o da amável Sara. Liguei o computador e pedi pra botar um filme de putaria. Pedido negado! Acostumado a passar horas na frente do computador me masturbando, queria ter o auxilio do meu amigo daquela hora. Liguei a máquina, mas pra botar um sonzinho, a pedido da dona moça. Ao som de Desejo de Menina, começamos.
Apesar de amar criança, meu medo de ter um é maior do que o de morrer! Tinha uma camisinha no bolso, e depois de apalpar e chupar bem os seus belos seios, tirei minha cueca vermelha nova e cheirosa que tenho até hoje, disponível se você quiser conhecer, tentei botar o preservativo sem muito sucesso. Tentei de todas as formas, de frente pra trás, cabeça pra baixo, molhei, e por fim, a danada ressecou e não prestava mais pra nada, arrancando belas gargalhadas da senhorita que assistia a aquela cena horrível sentada na cama e com o dedo indicador na boca. Podia acontecer tudo, menos deixar de ter minha tão sonhada primeira vez por causa de uma camisinha. Demos continuidade, recomeçando o processo sexual intenso, fazendo várias posições deliciosas. Teve uma que ela encostou-se à cabeceira da cama e eu todo torto fazia daquele jeito... Ela ainda avisou: Isso amanhã vai doer pra você! Eu tava nem ligando, mas foi dito e feito, no outro dia foguinho estava inchado e horrível!
Suava muito, fazia ela gemer, suar e gritar loucamente pedindo mais, fingindo um orgasmo, como costuma fazer as mulheres. Depois de mais de uma hora de sexo louco e gostoso, ela me empurra e pergunta:
Você não goza?
Gozo!
Não goza!
Gozo!
Então goze!
Não gozo!
Ela queria parar, eu sabia que se “melasse”, iria embora e me deixar na mão, literalmente. Eu queria muito chegar ao ápice, mas misturou o nervosismo com o medo de ter um Keuzinho, que resistir até o fim.
Fui deixá-la em casa e ao retornar, fui direto ao banheiro, me acabar, lançando ao boxe do banheiro quase que 100ml de esperma, bambeando as pernas e me levando ao chão, debaixo de um bom chuveiro quente, sem acreditar que finalmente, um dos dias mais esperados tinha chegado.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

...é de pequenino que se torce o pepino!


Carnaval de 2005 em Jacobina a turma lá de casa inventa de ir mais um ano pra Salvador curtir Ivete e Timbalada... E agora? Seria mais um ano sem fazer nadinha durante seis dias? Porque carnaval na Bahia é assim, são seis dias de muita festa, pouco trabalho e muita despesa pro estado, como brinca o professor de economia (Paulo Moraes).
Assim que fiquei sabendo da viagem do Gundes e da família pra capitá, chamei meu grande amigo Iago e organizamos um reggae daqueles, o que consideram ter sido o pontapé inicial, a abertura do Fagundes Hall.
Mensagens de abertura de msn, orkut's e flog's anunciavam o que estava por vir, tentando ao máximo esconder da tão popular e fuxiqueira Sara Hellen. Muitos me ligavam, procuravam saber como funcionaria, o que seria, e o que tava precisando. No enorme leque de opções de lazer que nossa cidade nos oferece, foram com certeza, mais de cem ligações. Sabe o que era dito?
- Venha, traz quem quiser porque o muído vai ser grande!
E assim foi...
Lá vai eu arrumar a falsa bolsa de viagem dos bananas de pijamas, até porque, pra os meus pais e pra Gi, passaria o final de semana prolongado no sítio de Lorena. Doce ilusão! Rs...
Faltei dizer no texto de Gi que ninguém consegue enganar aquela danadinha!
Uhauhauha
Mas também, arrumar uma bolsa de viagem pra seis dias e num botar escova, lençol, cueca, shorts... Eram mais de 20 camisas na bolsa, todas de cavalgada. Santa burrice.
Tava marcado pro sábado 19h lá na cônego. Eu tinha saído de casa umas 14h e ido pra casa de Lulinha, até esperar Gi ir pra casa dela e iniciar o projeto! Deu 3 da tarde, 5, 6... e nada de Gi sair. O povo começava a chegar lá em casa e ela passava a informação que eu não tava por lá, havia ido pra o tal sítio, dando um banho de água fria no povo que chegava. Também, marcado pra sete o povo chega seis, quer demais, né?! Dips passava de moto disfarçado todo instante com um celular comunicando com a gente, passando informações da situação da casa. Enquanto isso já tinha outra equipe na Jacobina II com um carro pegando o som e a iluminação. Poucos minutos após a chegada do som, ela vai pra casa e nos ligam:
- Pode vir, pode vir que a bagaceira vai começar!
A estrutura era grande, tudo pra fazer o melhor carnaval das nossas vidas. A galera tirou força de num sei onde, botou as caixas nas costas e levamos da matriz até lá em casa. O povo da rua olhava assustado e rindo dizendo:
- Os gatos saem, o ratinho passeia.
Ou então...
- A farra hoje vai ser boa. Eu vou, hein?!
Instalamos o som, gravamos CDs mp3 com ‘reggaeton’, forró e pagode e fomos arrumar a casa. Trancar o quarto de mamãe, botar a geladeira no máximo, tirar os vidros do caminho e virar os sofás de cabeça pra baixo eram prioridades.
Como toda danação, tem que ter a surpresa, o inesperado. Foi aí que a campainha toca e todos se aglomeram debaixo da cama, trancados no banheiro, no teto, onde coubesse e o medo fosse escondido. Respirei fundo e encarei a fera!
Uffa! Não era Gi! Kkk
Era então meu padrinho, perguntando se tava tudo bem, com quem estava e, como sempre, prestando toda a assistência necessária, sendo respondido assim:
- Ow dindo, obrigado! Papai saiu ontem cedo, Gi foi pra casa e fiquei aqui só. Mas ta tudo em ordem.
A descarga desce com tudo!! Xuááááá!
- Sozinho? E esse barulho?
- Não... é que tou... Rapaz, eu nem sei. Só vendo!
Quando ele falou, menino... menino... Já devia imaginar mais ou menos o que se passava.
Foi o tempo dele ligar o carro, o som explodir na maior altura e, finalmente, a bagunça começar.
Tem um corredor lá em casa que nunca vi tanta gente passar ao mesmo tempo, dançando, pulando e jogando vinho nas paredes ao mesmo tempo. A mesa da cozinha era enorme, mas só cabia Lulinha e Marcinho dançando em cima. O sofá já tava do jeito normal com as meninas dançando, rodando a camisa e quebrando todos os lustres da casa. Já deu pra perceber que o estrago foi grande, né?!
Os quartos? Duas camas quebradas e tinha lista para entrar... Agora quem já viu, uma ruma de menino novo... Tudo com onze, doze anos...
Umas 3 da manhã o fuzuê terminou a pedidos da PM, porque num tinha nenhum maior de idade na casa, então, era melhor evitar. Depois de muitos vômitos, pés sujos, paredes pintadas de vinho e vidros do lustre fincados no sofá, começou a operação limpeza. Não lembro quem foi o terceiro elemento, só lembro agora de mim e de Negão Vinicius, que me ajudou muito!
Ao acordar, o melhor!
Pior coisa do mundo é você aprontar e ir dormir, porque você não dorme, vc cochila e tem pesadelo. E era o que parecia...
Uma vizinha novata que eu até hoje amo de coração falava no maior gosto:
- Ei, teve mó festa aí ontem. Pq tu n veio, mulé?
Até hoje tenho vontade de fazer ela engolir o mulé dela.
A outra entra em casa enfurecida, achando na arrumação até absorvente das meninas que deixaram pra trocar lá em casa. (Isso que eu acho bonito – Obrigado meninas).
Depois de várias reclamações, prometer ligar pra papai e me jogar no rio do ouro, a fera se acalmou... Mas só depois de botar todos que dormiam lá pra fora!!
Os dias passaram e adivinha o que aconteceu? Como o povo de Jacobina é muito prestativo, souberam sem nem Gi ligar e gastar.
O Gundes chegou, mamãe chegou, todos coradinhos e perguntaram:
-E aí, como foi de carnaval? Fez o que de bom?
- Foi bom aí, graças à Deus, tava aí, sem graça...
- E não teve nadinha de especial não?!
UahHauhuAUahAHUU
Rapaz, ter, teve... mas especial assim... Sei não!
Depois de conferir todos os prejuízos, faziam só rir... aí deu nisso...
Como dizia o coronel de “Bailei na Curva”:
“É de pequenino que se torce o pepino”

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

E agora, José?


A questão é: Serra ou Dilma? Eu já escolhi, vou votar em José Serra!
Não quero que me contraponham dizendo que Dilma vai continuar o que Lula fez, se usarem esse argumento eu vou dizer com todos as letras que é MENTIRA. Lula virou um fenômeno e eu vejo o governo Lula como um governo bom, não como ótimo/maravilhoso. Precisamos avançar muito e, de um novo presidente, mas quem vai continuar fazendo o que está dando certo e corrigir o errado?
Vou explicar porque Dilma não: ela é uma subserviente do poder e do partido, e para se manter no poder ela faz qualquer coisa, e isso já é um ponto negativo no que tange a questão da ética e da moral, Dilma tem como companheiros o Zé Dirceu, Genoino, Delúbio e Erenice Guerra, ou seja, está completamente cercada de devassos, usurpadores do nosso erário.
Ela não é competente e nem adianta a propaganda dizer que é, porque está sendo desmentida por um secretário que sucedeu a Dilma em 1989, quando ela foi a primeira secretaria de Porto Alegre, ele fala, já faz uma semana e nunca foi desmentido, que a Dilma deixou a secretaria sucateada e com grandes dividas, um caos. Minha maior critica em relação a sua inércia administrativa é que se ela realmente fosse qualificada seria logo de inicio nomeada a chefe da casa civil, e porque não foi? Porque o chefe era o Zé Dirceu, o homem do mensalão, ou será que os petista que idolatram essa estrela vermelha acha que vamos esquecer o maior esquema de corrupção que o Brasil já viu? Foram cerca de R$1.200.000.000 (Um Bilhão e duzentos mil) desviados, esquecer? Nunca!
Dilma poderia ser a nossa presidente se ela tivesse metade da história, da Marina Silva, Heloísa Helena, Zilda Arns ou da melhor primeira dama desse país, Ruth Cardoso, jamais na história desse país.
Alguém pergunta: Dilma como será o investimento em assunto “x”?
Dilma: No governo de presidente Lula, nós já melhoramos essa área, mas..., e eu vou dar continuidade e melhorar.
Quando digo que ela é ela é uma subserviente do poder e do partido, e para se manter no poder ela faz qualquer coisa, eu reafirmo lembrando á todos que em seu plano de governo, que por lei foi registrado no TSE, ela iria legalizar o aborto pelo SUS, e quando foi severamente criticada por todos os membros da sociedade civil, principalmente pelos evangélicos, o que ela fez? Retirou a questão do aborto da pauta do segundo turno. Ora, atentei bem povo brasileiro, se ela se contradiz na campanha porque deixá-la seguir em frente? E o pior, se em plena campanha ela muda a sua plataforma de governo para SOMENTE agregar votos, o que ela poderá fazer caso eleita for?
Dilma não é a nossa melhor opção, e isso não quer dizer que temos que votar no Serra por eliminação, eleição não é prova objetiva.
Porque (eu vou) votar em José Serra?
Porque nunca teve seu nome ligado a qualquer denuncia de corrupção ou malversação do dinheiro público, logo o primeiro critério do voto em José Serra: é a ética, o que não deveria ser, uma vez que todos nós sabemos da obrigação de sermos sempre éticos, honestos e coesos em quaisquer decisões, mas infelizmente no nosso “braziu do PT”...
O segundo critério é a experiência. São quarenta anos ininterruptos de vida pública, já foi testado e aprovada varias vezes, a prova é tanta que o maior colégio eleitoral do Brasil escolheu esse cara para ser gestor da cidade e do estado: São Paulo. Curioso não? Caros colegas Cleuber Fagundes e Iago Itã, Serra já faz o que nós sonhamos em fazer na nossa Jacobina, limpar as nossas serras, as nossas “favelinhas”: Caixa D’água e Leader, “Vamos pintar a casa desse povo, vamos rebocar as casas, desse jeito é feio demais”, esse nosso sonhado projeto Serra chamou de “URBANIZAÇÃO DAS FAVELAS”, ele deu todo material, mão-de-obra e organizou as favelas, e esse projeto está registrado na sua plataforma de presidente. Ao contrário do que se pensa Daniel Cajé, Serra não é só o “homem do Genérico”, o Genérico é bom não é Marcos Andrade? Remédio pela metade do preço é mais barato, mais econômico.
Serra é o presidente que o Brasil precisa para esse novo momento que vivemos, Marina Silva disse em sua entrevista ao Jornal Nacional que: “foi preciso um sociólogo para organizar a economia, um sindicalista para alavancar o país e melhorar a nossa política social e agora de uma professora para colocarmos esse país no lugar que merece”, hoje eu digo assim: foi preciso um sociólogo para organizar a economia, um sindicalista para alavancar o país e melhorar a nossa política social e agora de um professor que tem experiência e visão para termos o nosso lugar de destaque no mundo e corrigir os erros internos, um cara que não é subserviente.
Pois bem, como nós baianos gostamos de dizer é de hoje á oito é eleição, dia 31 de outubro de 2010 eu vou acordar e votar em José Serra porque é o melhor!

Antonio Neto

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Lei de Ficha Limpa


Por Camilla Braga -

A lei de ficha limpa partiu de um projeto de lei de iniciativa popular por meio do qual a sociedade brasileira tenta diminuir o acesso de corruptos ao cenário político brasileiro, usando como instrumento para tal, esta lei que viria a tornar mais rígidos os critérios de inelegibilidade.
A ficha limpa, bem como todos os projetos de lei que partem de iniciativa popular, carrega no seu corpo um grande peso decorrente da mesma representar a vontade soberana do povo. Por esse mesmo motivo, esses projetos de lei tendem a lograr aceitação do legislativo, pois a não aceitação do projeto representaria, por conseguinte um desvirtuamento do legislativo, que na sua essência seria órgão representante do povo e da sua vontade. Mas o fato é que a necessidade de uma iniciativa popular para que uma lei seja concebida e a vontade soberana da população seja respeitada, por si só já representa a falência dos órgãos do legislativo e de sua função essencial de representar o povo. Pois se existe a necessidade da população fazer o trabalho pelo qual os senadores e deputados foram eleitos e bem pagos para fazer, existe também a não representação da vontade popular e o não cumprimento satisfatório de sua função, que é atender por meio de lei os anseios da sociedade.
O caso da lei da ficha limpa representa exatamente essa situação. O Poder Legislativo por não cumprir com sua função viu-se pressionado pela expressa vontade popular e aprovou por unanimidade o projeto de lei de ficha limpa que foi sancionado sem vetos pelo presidente em exercício Luis Inácio Lula da Silva. Poderíamos dizer que esta foi uma vitória espetacular da vontade do povo, e por tanto uma manifestação incontestável da democracia, mas não parou por aí. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) propôs uma emenda nesse projeto de lei, alterando a sua expressão original "que tenham sido condenados" para "que forem condenados" fazendo da ficha limpa um mecanismo de exclusão apenas para os futuros criminosos protegendo do rigor da lei os que sabidamente já fazem parte da lista de criminosos do país.
Foi nesse contexto que o Supremo Tribunal Federal e o Supremo Tribunal Eleitoral foram chamados a esclarecer pontos que geraram dúvidas; a lei estará com um problema semântico, ou o texto da lei é claro quando tira do seu alcance políticos com Paulo Maluf ? Essa lei valerá para as eleições de 2010? E sua aplicação nesta eleição viria a ferir o texto da constituição? O fato é que estamos às vésperas das eleições e ainda existem impasses quanto a essas questões. No que diz respeito ao texto da lei, que poderia nos dar uma sensação de problema apenas semântico, existe o problema da retroatividade. Deve a lei voltar no tempo prejudicando aqueles que teriam um direito já adquirido? Respondendo a essa questão o presidente do STE Ricardo Lewandowski diz acertadamente que lei de ficha limpa não pune os políticos e que a mesma funciona apenas como um critério de seleção,sendo semelhante ao sistema de credito, que em caso de dividas não nos concede credito até seja regularizada a situação com os credores. O STE pactuando dessa idéia diz que lei de ficha limpa deve ser empregada ainda nas próximas eleições. Porém alguns políticos cujas candidaturas foram indeferidas levaram a questão ao STF, órgão no qual houve grande impasse e a discussão terminou empatada em 5 a 5. O empate, segundo lei de regimento interno do STF, diz que a lei deve ser considerada válida, porém cogita-se a hipótese de esperar o presidente Lula indicar um novo ministro que irá votar, desempatando a situação.
Desta forma o impasse as vésperas da eleição continua, mas o fato é que a decisão do Supremo Tribunal Federal mexe profundamente com o interesse da população, cujo percentual de 85 % é a favor da aprovação da lei de ficha limpa para as eleições de 2010 e já manifesta sua vontade assinando manifesto a favor da constitucionalidade da ficha limpa e o endereçando aos ministros do supremo, acreditando que estes farão valera lei maior, a vontade soberana do povo, que neste momento esta em busca da proteção a probidade e a moralidade necessárias ao exercício dos cargos públicos.


Meus amigos, esse texto foi escrito por Camilla Braga, minha colega de sala na Unijorge. Extremamente inteligente e amigável.
Costumo chamá-la de "minha promotora"... Sei que terá um futuro brilhante. Seria mais interessante a postagem antes das eleições, mas servirá para o segundo turno e para conhecimento geral.

sábado, 16 de outubro de 2010

"Comi feito um padre"


Quando eu digo que lá em casa tem de tudo, vocês acham que é brincadeira.
Ano passado tivemos o prazer de receber na nossa casa uma autoridade, uma eminência, um senhor que preza pelos bons costumes e luta pelos direitos humanos. Foi o padre Vitório.
Era ordenação de Padre Júnior, amigo nosso, filho de Dona Lalá, tio de Ló e viriam outros padres, prestigiar e compôr a mesa para entregar a carta de Bento XVI ao futuro padre. Como eram muitos, papai sempre pronto pra ajudar, se prontificou a receber quantos necessários lá em casa, mas só foi um.
Fomos apresentados, conversamos sobre várias coisas e logo fui admirando o Padre Vitório, pela sua postura, conduta, educação, típicamente visto nas pessoas entregues a Deus.
Era chegada a hora do almoço, dia de sábado, aquele bode assado que hoje morro de saudade e, papai sempre ao terminar, ao dar o ultimo gole de refrigerante, dizia:
- Comi feito um padre!
E agora? Nós tínhamos um padre na nossa mesa. O que fazer?
Quando terminamos, quase todos satisfeitos, Padre Vitório botou mais dois punhados de arroz junto com aquela gurdurinha do bode e recomeçou todo o processo. (risos)
Papai olhou pra mim, pedindo com todas as forças com os olhos que eu não dissesse aquilo, mas não resistir.
- Papai? Comeu bem?
- É, hoje comi feito um padre!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Todo mundo tem Direito


Devem estar pensando... “Ô mô pai! Lá vem Keu com o que ele aprende na faculdade”.
Ah se fosse...
Eu sei que todo mundo tem direito a vida, moradia digna, previdência, ir e vir, entre outros direitos fundamentais. Mas, mais do que isso, todo mundo tem direito de ter uma “Gi” na sua casa, porque pai e mãe todo mundo tem, quero ver você tem uma terceira pessoa, sempre ali do seu lado.
Uma avó, uma tia mais próxima, um primo mais velho que cuida de você, um cunhado engraçado ou uma irmã chata sempre existem. E uma outra pessoa? Sem absolutamente nenhum vínculo sangüíneo? Será que pode entrar na sua vida sem um pedido de licença?
Era tarde de 1988, na ladeira do hospital regional, na cidade de Jacobina, subia um carro e descia uma menina. Jovem, negra, sem dinheiro, sem perspectiva de vida e desacreditada a procura de um emprego. Essa era Gicélia Rodrigues dos Santos, nascida no município de Piritiba, distrito de Mançambão, um pequeno povoado cercado pela seca e, pequenas plantações de mandioca.
Filha de Dª Júlia e “T”, o qual nunca tive o prazer de conhecer, sempre foi uma jovem trabalhadora, ajudando sempre os seus pais na roça, dentro de casa e com os irmãos mais novos. Sua mãe me contou um dia que tava pra ver menina mais forte e corajosa. Nas roças de feijão ela sozinha carregava um saco de 60 kg, querendo ali, através do seu trabalho, realizar seus desejos de adolescente. Junto com a irmã Sonia, trabalharam um ano intensamente só para no natal, festejar com uma sandália nova que comprara em Miguel Calmon e uma nova colcha de retalho, para se agasalhar no frio da casa sem forro.
Como vinha dizendo, papai com um santo mais do que forte, como mamãe costuma dizer, olhou pra essa morena e falou:
- Quer trabalhar, essa menina?
Pronto! Bastou aquilo para ela ir até a nossa casa e substituir uma outra moça. A relação eu não sei te dizer como era, até porque só nasci em 1992, só sei te dizer que existia uma confiança fora do comum, ao ponto de o nossos viajarem e deixar Sara com essa moça.
Nasce então, o mais bonito do nordeste, que hoje escreve esse relato, o tal do Cleuber Augusto de Souza Fagundes. Com a minha chegada, Gi já havia ensinado Sara a caminhar, dançar, correr, brincar e, pouco mais de 3 anos de trabalho na casa. Mudamos então pra rua cônego samambaia, no leader, e lá estava Gi conosco.
Mudou quase tudo na casa, menos a pessoa que cuidava da gente. Os nossos amigos, meus e de Sara, sempre questionavam meio que assustados...
- Oxente! Por que ela reclama com vocês? Chega a dar umas tapas? Ah se fosse lá em casa!
Eu respondia (acredito que Sara da mesma maneira, ou pior):
- Ela pode. É minha segunda mãe. Fica na tua, caralho!
Um dia tava dormindo, meio cansado da noite anterior e ela sentou na outra cama que tem no meu quarto com pares de meia e dezenas de cuecas. Fiquei observando assim meio de canto de olho e comecei a chorar. Besteira, não é? Mas, fazer o que? Sou assim! Tinha muito mais do que o simples fato de dobrar minhas meias. Era um olhar carinhoso, um pegar diferente naquele pano que uma hora eu iria procurar e estaria ali, do jeitinho que ela faz.
Amada por muitos, odiadas por alguns, respeitada por absolutamente todos. Esse jargão besta é a cara de Gi, pois sua firmeza, caráter, integridade e conduta sempre a-feram uma mulher respeitada e respeitosa, acima de tudo.
Acompanhou todo nosso crescimento. Do primeiro passo dado no chão até o passo mais recente, o ingresso à faculdade.
Hoje ela tem o respeito e o carinho de todos os meus amigos que a tem também como uma amiga, uma mãe que os recebe lá em casa sempre de portas abertas ou não. (risos)
Como profissional é o tipo que toda casa teria que ter uma. Excelente feijão, dedicada, compromissada. Como pessoa, no mundo não tem igual. Portanto, acho que toda casa, todo jovem merecia os conselhos e suas reclamações. Todo mundo tem direito a uma Gi na sua vida, porque só assim o mundo seria um pouquinho diferente.
Espero então, do fundo do coração que ela nunca saia das nossas vidas, como um dia me prometeu dizendo:
Vou embora! Ja cumpri meu papel, né Keu? Já tão grandinho, podem ficar só!
Aquilo doeu tanto que não tive coragem de responder. A briga por ela vai ser grande, porque Sara, por mais irracional que seja, também teria muito prazer em tê-la pra educar seus filhos, mas quem terão esse privilégio, serão os meus.
Ahh! Coitada da minha mulher!
Ow ciume retado! rs

Saia Rodada - Minha maior paixão


Muito bonito fazer um blog e não escrever sobre a maior de todas as minhas paixões.
É isso mesmo, o Forró Saia Rodada é a minha maior paixão e, como toda relação, cheia emoções, alegrias, conquistas, e claro, brigas, muitas brigas.
A banda surgiu em 2001 na cidade de Caraúbas, interior do Rio Grande do Norte, tendo desde o começo Raí nos vocais e um jeito diferente de fazer Forró. Antigamente a banda era chamada de “Alphaset”, o porquê não me pergunte que eu não sei! Quiseram então movimentar o Oeste do Rio Grande do Norte e criaram uma promoção, um concurso, melhor dizendo, para escolher o nome e os cantores da banda, que posteriormente viria a se chamar Saia Rodada e o locutor da rádio local, o cantor (Raí). O primeiro CD oficial da banda foi um estouro total no estado do RN, todas as praias, rádios, carros e pirateiros, em baixa naquela época, ouviam “Problema meu” de Raça Negra na voz do Negão. Os trabalhos que sucederam o volume 1 também obtiveram grande repercussão, dessa vez, saindo do RN e rompendo fronteiras, chegando aos estados vizinhos. Corrinha, bichinha cheia de besteira, resposta da corrinha, melô do bujão e Zé periquito foram alguns grandes sucessos da época até chegar ao hit que apresentou a banda ao Brasil, a nossa eterna Coelhinha. Em 2005 gravaram o primeiro DVD da carreira no Recife, no clube português, lotando a casa e o repertório melhor de toda a história da banda. De Ponto final a Anjo Querubim, de Mudança Radical a O que tem que ser será. Todas, absolutamente todas as músicas foram cantadas pelo público, o que me chamou à atenção quando tive a oportunidade de assistir. O estilo da banda, o jeito de Raí cantar, a voz de Vânia (na época vocal) e a qualidade dos músicos talvez tenham feito ali, um admirador daquele conjunto. O tempo foi passando, a mania de escutar a banda crescia cada vez mais e chegou ao ponto de me sentir íntimo, sem nem conhecer.
Minha relação com o Saia é tão intensa que me sentia responsável, em alguns momentos, pelo seu sucesso em Jacobina, na Bahia até. No dia 23 de dezembro de 2006, depois de conhecer quase tudo da banda, Jacobina recebeu a banda no Casarão do Forró. Botei minha melhor camisa, melhor perfume e fui com Luquinhas, amigo meu lá da Cônego. Eu cheguei cedo à festa e fiquei das 00h00min até as 04h30min esperando a banda chegar de Senhor do Bonfim. Assim que chegaram, corri em direção a todos, falando o nome pedindo por uma foto. Troquei duas palavras com Raí e saí pela festa, muito doido, doidão, dançando e cantando tudinho! Em 2007 meu segundo show foi em Goianinha-Rn, a 1250 km de Jacobina, onde lançaram duas que viriam a ser grandes sucessos da banda. A maratona de shows continuaram e cheguei a casa dos 16 shows, um número pequeno pela quantidade de shows que a banda faz pela Bahia, mas a dimensão geográfica do nosso estado juntando-se a minha lisura não permite o meu deslocamento. Foram 2 shows no Rio Grande do Norte e 14 na Bahia, divididos em Jacobina, Salvador, Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Pé de Serra e Várzea do Poço. As aventuras de cada show, contarei separadamente.
Uma das melhores datas da minha vida foi o dia 21 de novembro de 2008. Era aniversário de Dips e resolvemos fazer um reggae lá em casa, daqueles pesados, muito doido! Um dia de sexta feira, nem fui pra aula... Fiquei em casa limpando a piscina, a churrasqueira, gelando os guaranás e prendendo Quincas. Uma da tarde a putaria começou. O inesperado tava por vir, porque a banda estava na cidade e fomos lá, chamar pro reggae. Ket Furacão, amigo(a) da galera disse assim a Raí:
- Ei, Keu ta aí, quer falar com você!
Quando entrei no quarto, acreditava não. Pode parecer gay, mas somos Raizeiros, botamos pra moer. É apenas uma relação de fã x ídolo. Se você não tem, problema é seu, nunca vai sentir isso.
- Você que é Keu? Famoso pelas coisas na internet... (se referia as inúmeras brigas que travava no Orkut)
- Pois é! E aí? Vamos num churrasco! Galera ta esperando.
- Oxe! Vou nada, má! Tem muita gente lá? Teus pais tão lá?
- Bora rapaz! Só tem umas 15 (tinha pra mais de 50) – Papai disse que era pra eu chegar com a galega, senão ninguém entrava! – (brinquei com ele)
Por fim, se ajeitou e fomos. Num clima super amigável, um churrasco super massa, tomamos dois litros de uísque de mamãe escondido, ele cantou muito doido, eu mais ainda lá em baixo e os meus amigos todos lá em casa, pulando da varanda pra piscina, tudo doido também!
Em 2009 a dose se repetiu, mas não foi tão bom, porque dessa vez tinha pra lá de 200 pessoas, parecia mais o Forró Light.
Hoje em dia, a relação Keu x Saia Rodada está bem mais fortalecida, diria até que um pouco acomodada, porque não tenho mais a mesma paixão devido a alguns erros cometidos pela parte empresarial-administrativa da banda que me deixa muito insatisfeito. A presença de Raí e alguns músicos ainda fazem manter viva a paixão pela banda.
Hoje seria tolice minha, mas Saia Rodada já foi, com certeza, a melhor banda de Forró do Brasil. Primeira banda a fazer o Forró Elétrico em Caruaru, turnê na Europa, primeira banda no carnaval de Salvador, recorde de público em várias casas de show pelo Nordeste, apresentação em programas globais, músicos formados e uma legião de fãs. São esses os grandes feitos da minha banda, do Saia Rodada.


FOTO = PRAIA DO FORTE - OUT. 2007

sábado, 9 de outubro de 2010

Fim do duelo


Dia desses recebi uma ligação no mínimo diferente.
Apareceu no visor do celular o nome Isis Franco. É esse o nome de uma grande companheira de colégio, onde vivemos mais de 15 anos, compartilhando o mesmo colégio, a mesma sala, os mesmos professores, porém, idéias diferentes. E bota diferente nisso.
Cleuber, Antonio Neto, Daniel Cajé e Isis Franco. São esses os únicos resistentes do começo ao fim da trajetória escolar no Yolanda. Tenha certeza que são nomes de peso, significativos na história do colégio, na vida de Pró Ana, de Galdino e todos os outros professores que deixaram o seu legado.
Assim como personagens do naipe de Paulino, Ana Patrícia, Clebinho, Fredson, Bob, Dulce, Alda, Mário, Márcio e outros profissionais marcaram nossas vidas com a amizade construída dentro e fora da sala de aula, nós, com certeza, marcamos a vida dessa galera. Acontece que no meio de tudo isso existia duas pessoas em constante conflito. Opa! Falou conflito? Então é Keu, só pode! Pior que era... Eu e Isis.
Não era direto, mas algo que me deixava chateado com a postura dela e ela com a minha, resultando em antipatia.
Não vou saber te explicar agora o porquê disso tudo, até porque vejo hoje que não fazia sentido algum, mas chegou ao ponto da coordenadora (Graciete) ir à nossa sala e perguntar o que acontecia, tendo uma resposta minha no mínimo, infantil. “Adianta ela”. Foi o que falei na sétima série quando perguntado sobre o que fazer com tal situação. No segundo ano voltaram a ter essas birras, dessa vez um pouco mais séria por envolver a família e a sala toda. Em seguida, com o fim da era chegando, não sei se a coisa melhorava ou piorava, porque as aulas de matemática eram insuportáveis pra ela e divertidíssimas pra gente. Ou seja, ela queria estudar, a gente não.
Na formatura, no texto que ela fez dizia assim: Cleuber, Keu. Amo-o ou odeio-o? Nem eu nem ela sabemos responder, mas sabemos que o respeito e o carinho que um tinha pelo outro, apesar de toda a minha palhaçada, sempre foram grande, mesmo escondido, guardadinho lá dentro.
E é por isso que digo que a ligação foi no mínimo diferente, só em ter me ligado foi uma surpresa enorme, imagine com toda a prosa que nós tivemos que foi uma maravilha. Ela chorava de lá e eu de cá. Ela perguntou: Oxe! Eu tou chorando aqui e tu rindo aí é, Keu? (risos) – Mal sabia ela que me acabava do outro lado... Agradecendo pelo simples fato de ter convidado ela pra um “reggae”, eu me sentia super bem por ter feito algo tão simples que muda um troço tão sério. Ali talvez tenha sido o recomeço, uma pedra nas brigas do passado com uma nova janela para o que nos espera.

FOTO - Aniversário de 14 de Iago Souza - A intenção de Pró Rita (Mãe dele) era reunir na foto amigos de infância - Faltou Netão e Lorena Bocão

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um ponto seguimento


Enfim, o fim!
Que nada... O começo!
Depois de 60 dias de campanha política, uma das mais engraçadas que já tivemos, chegamos ao tão sonhado segundo turno. Não foi com a candidata que esperava, porque juro pra você que um dia sonhei com Marina no segundo turno.
No Domingo acordei bem cedo, sentei no trono e em seguida pulei nú, do alto pra piscina, numa alegria e confiança fora do comum, gritando: Bora Marina!!!! Em seguida, depois de um bom banho gelado, botei minha cueca e minha camisa verde. Por todo o dia permaneci com aquela vestimenta, até porque nunca vi moleque mais supersticioso... Depois de um dia tenso, aguardando ainda a sua presença no segundo turno, chegamos aos resultados finais, dos nossos deputados, senadores, governadores e, os dois presidenciáveis para o segundo turno. Foi a minha primeira vez que votei tendo o prazer de decidir o nosso representante executivo. Foram seis votos e eu não ganhei nenhum, mas votei com a absoluta certeza que era o melhor para a coletividade.
Eu vejo em Marina a figura da minha representante, pelo seu sorriso sincero, pela sua força invejável por trás da mulher franzina que veste renda do Pará.
Como posso considerar essa mulher uma derrotada? Filiada a um partido pequeno (PV), sem alianças políticas e com apenas 1,20' de propaganda eleitoral, ela obteve com méritos próprios quase VINTE MILHÕES de votos.
Alexandre Garcia, da Rede Globo, caracterizou os eleitores de Marina como "eleitores cabeça". Me senti extremamente honrado por fazer parte desse time.
Eu acho bonito demais, depois do Brasil conhecer a sua força, a Globo, a Veja, e outros grandes veículos de comunicação publicarem notícias da Marina, dando o seu devido valor. Seus votos serão providenciais no segundo turno, mas, eu no lugar dela, faria o que tenho quase certeza que ela vai fazer (rs), que é ficar neutra. Uma boa opção é encaixar o seu plano de governo em um dos dois partidos, porém, mais interessante ainda é ela ficar neutra, não fazer parte dessa podridão e, finalmente em 2014 voltar com tudo, com a nossa nova forma de fazer política.
Aos amigos que postaram seus textos aqui, meu muito obrigado. Não é obrigado por ter me dado um texto e atualizado o meu blog, e sim por me dar o prazer de ler o que vocês escrevem, os posicionamentos e, principalmente, o nosso avanço. É de arrepiar. :)

Adoro vocês, de coração, como dizia nosso Zé. (Lin Yu An)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Quem poderá nos representar?



Na década de 70 no México, foi exibido o seriado chamado Chapolin Colorado, que em sua essência criticava os Super-Heróis americanos que se rotulavam o símbolo de força e determinação. No Brasil, essa realidade é distinta, políticos que não tem o mínimo de respeito pela máquina pública, eleitos para exercer seu sabido papel, que é representar o povo, e lutar para melhorar a vida dos mesmos, mas fazem o inverso.
Escândalos, corrupções, falcatruas fazem parte da realidade dessas pessoas comuns como nós que outorgamos poderes para representar-nos, agora pergunto para vocês leitores deste Blog, essas pessoas que por direito deveriam ser o exemplo não são, quem será?
Estamos caminhando para a reta final da campanha eleitoral brasileira para ocupação dos postos de Deputados federais, estaduais, Governadores, Senadores I, II, enfim posso afirmar que, depois destes, o cargo de maior importância do poder executivo Brasileiro. A presidência da República Federativa do Brasil, ocupado até o dia 31 de Dezembro de 2010 pelo Excelentíssimo senhor presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Os veículos de comunicações Brasileiros exibem diariamente as propostas dos candidatos aos cargos nos poderes Executivos e Legislativos acredito que a maioria das pessoas já devem ter visto algumas figuras que propostas que cansamos de ouvir:
- “Melhora na segurança, educação, transporte de qualidade, fim da corrupção” todos falam isso, mais nenhum representante cumpre o que prometem fazendo-nos de idiotas todas as vezes que ocorre campanha eleitoral. “Já estou cheio desses “Demagogos” que só sabem falar e nada de atuar, quero ver o Brasil diferente, atuante, perspicaz como diz Geraldo Vandré em sua canção” Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores “ :
- “Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer ”....
Vamos dá um basta nessa situação, o Brasil não pode ficar como está cheio de falseadores que se aproveitam do poder em benéfico próprio, por isso que nós Jovens temos que fazer a diferença, analisar o perfil dos candidatos, os seus antecedentes suas propostas de governo, à hora é essa dia 3 de Outubro votem consciente, para livrar o Brasil desse marasmo que se encontra a política Brasileira.
Direto ao assunto parte 1.
Marcos Andrade, graduando em Direito pela Faculdade Ruy Barbosa.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Alianças Políticas - Heitor Maia


O desenvolvimento da política brasileira acorre basicamente através das alianças, sendo essas de fundamental importância na construção, desenvolvimento e manutenção da democracia.
Pois bem, partindo de um passado não muito distante, eleições de 89, que caracterizou o início de uma nova etapa da política brasileira, pois tratava-se da primeira eleição direta para presidente da República após quase 30 anos, e de uma ditadura militar que durou 20. As ideologias partidárias eram efervescentes e o número de candidatos a presidência também. Tendo como principais protagonistas os candidatos Luis Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Melo. Collor venceu, mas não convenceu. Mostrando, assim, a importância dessas tais alianças para possuir uma estabilidade governamental indispensável ao presidente da república.
Posteriormente, com exemplo claro de que é impossível governar sozinho no Brasil, o governo de Fernando Henrique Cardoso desenvolveu sua aliança PSDB-PFL e, atualmente, o governo Lula sua PT-PMDB.
Como exemplo claro da “transformação” das ideologias políticas brasileiras, cito a trajetória petista, que, a partir das eleições de 89, adotou algumas mudanças para, posteriormente, vencer em 2002. Tais como o melhoramento tanto da aparência como do discurso de seu principal líder, o presidente Lula, as políticas de marketing e as junções com partidos e políticos historicamente sujos, entre outros. Causando a saída de alguns fundadores mais ideológicos, como Plínio de Arruda, atual candidato à presidência, pelo PSOL.
Mas, o que desperta a curiosidade e o repúdio de muitas pessoas, é até que ponto essas alianças políticas, essas mudanças e misturas ideológicas e esses jogos de interesse valem à pena para se chegar ao tão desejado posto político e, depois, para se manter neste?
É isto que me pergunto. Partindo do pressuposto já citado de que é impossível governar sozinho no Brasil, e de que partidos tão radicais quando chegaram ao governo aderiram a esse sistema de política, me causa a dúvida não quanto à competência ou planos e métodos de governo de Marina e seus ministros, mas, se, para sua execução completa, precisará ela utilizar dos mesmos artifícios dos últimos governos.
Resta-nos, porém, pagar para ver. Já que já tivemos a oportunidade de vermos os governos dos dois principais partidos que disputam com Marina, e, como sabemos, decepcionaram. (Lembrando que não me refiro aos métodos de governo que abordam questões econômicas ou sociais).

Por, Heitor Maia – Graduando em Ciências Sociais pela Universidade federal da Bahia.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Modelos de gestão pública no Brasil -



Os modelos de gestões administrativas que regulam as ações do estado brasileiro tiveram início pelo estado colonial português. Com a chegada da família real, logo se deu a constante concessão de títulos, de terras, sem uma consulta e nenhuma objetividade no que estava sendo feito.
Implantou-se então o patrimonialismo que, como o próprio nome sugere, torna-se patrimônio do seu gestor. O patrimonialismo é a característica de um estado que não possui distinções entre o público e o privado, comumente visto em todos os absolutismos. O mornaca gastava as rendas pessoais e obtidas pelo governo de forma indistinta, ora para fins pessoais ora para assuntos estatais, justificando a prática político-administrativo. Tornou-se natural desde o período colonial, passando pelo imperialismo e chegando a república velha.
É preciso evidenciar a clara diferença entre o direito público e privado para uma boa relação de Estado x Economia.
Existe a chamada dicotomia do direito, uma expressão utilizada por Bobbio que vai separar esses dois termos. O público tende a cuidar dos interesses coletivos, com uma intervenção estatal significativa, existindo assim, uma relação de subordinação, unilateralidade com justiça distributiva e supremacia do estado. O direito privado vem cuidar das relações jurídicas pessoais, estreitas, na sua particularidade, com mínima intervenção do estado em forma bilateral.
Antigamente, na Roma Antiga, o Direito Privado prevalecia sob o Público, não mais existindo isso na contemporaneidade com o surgimento do Direito Misto, superando a dicotomia.
Com as devidas distinções postas para os governantes e seus governados, torna-se necessário o surgimento de um novo modelo que correspondesse a tal situação política econômica do estado. Os avanços eram notórios, e a separação entre os poderes, separação do estado da economia teria que suprir tais necessidades. Era necessário mais do que uma simples separação entre o público e o privado, mas também uma separação entre o político e o administrador, surgindo então o modelo de administração burocrático em que se privilegiava a descentralização, a autonomia do estado e toda estrutura administrativa. Instituíram-se como princípios de racionalidade, planejamento e orçamento. Ela foi adotada para substituir o patrimonialismo, onde o nepotismo, o empreguismo e até mesmo a corrupção eram tidos como normas. Por ter origem no Brasil, esse modelo administrativo clássico foi idéia e reforma de Maurício Nabuco e Luís Simões Lopes, com ideais Weberianos, onde o mérito profissional era a base no funcionamento estatal.
A partir dos anos 80, o modelo burocrático começa a se tornar ineficiente e lento. No governo FHC vai se instaurando uma nova reforma administrativa no país apoiada na proposta do gerencialismo, com redefinição das funções do estado e sua burocracia. Seu novo papel passa então a facilitar a economia e torná-la competitiva a nível internacional. É também nesse momento que se torna vulnerável a venda de empresas estatais, grandes financiamentos e favorecimentos amigáveis, já que o crescimento no comércio e na indústria era desenfreado.
A mão amiga, o sistema de privilégios e recompensas vem durante todo esse período de mudanças, avanços, revoluções, como uma maldita herança do período colonial. É necessário um discernimento entre o homem público, a função do homem público e a arte de legislar para os interesses próprios, desvinculando o bem comum.
A cultura patrimonialista já não existe mais no Brasil, entretanto, persiste como prática e não mais como valor. São formas contemporâneas do patrimonialismo, o clientelismo e o fisiologismo que insistem em continuar no país.

domingo, 12 de setembro de 2010

Politica Centralizada



Nunca antes na história recente desse país houve um processo eleitoral tão centralizado como o de 2010.

Se reconsiderarmos o cenário político e social dos anos 80, veremos, entre outros pontos, a força dos sindicatos, associações científicas e comunitárias e outros movimentos sociais na luta pelos direitos coletivos, garantias, salários justos, liberdade de expressão e intensa problematização da relação capital/trabalho.

Na década de 90 houve um esfriamento dos movimentos sociais, em geral provocado pela política neoliberal instalada no Brasil, os sindicatos atuavam cada vez mais, dentro da legalidade do capital, deixando de ser um instrumento de construção da própria legalidade da classe trabalhadora e que assim nutrisse a edificação de uma proposta política alternativa á supremacia do neoliberalismo.

A eleição do Lula, líder sindical e fundador do Partido dos Trabalhadores, em 2002, representou a oportunidade de se superar o panorama vigorante, pois, apesar das múltiplas alianças, o presidente apresentava uma proposta não liberal ou anti-neoliberal para seu mandato.

Pois então queridos colegas, apesar da saudação à eleição de Lula por todos os movimentos esquerdistas da América Latina e da visão de um novo momento histórico numa visível era pós-liberal, Lula e o PT decepcionaram. (Gostaria de frisar que não estou aqui questionando o mérito do governo do presidente, apenas reproduzo, com meus óculos cognitivos, o panorama analisado). Chegamos ao final de oito anos de governo Lula e o nosso ex-operário optou por dar continuidade à aplicação e defesa de uma política econômica neoliberal.

Bem, aí você me pergunta: E o que é que isso tudo tem a ver com a tal “centralização das eleições” 2010?

O que vemos hoje é uma centralização ideológica, onde a direita quase some e a esquerda é inexpressiva. Ou seja, resta o centro, poucos propõem mudanças radicais e os candidatos parecem temer pender para um lado. Ninguém se opõe claramente a nada, mas também não se comungam.

Alguns defendem a tese de que, independente de quem assuma o poder, o governo será, no final das contas, mais o menos o mesmo enquanto ideal. A esquerda não conseguirá mudar drasticamente a lógica econômica, pois estamos imersos e nos afogando no sistema capitalista, portanto somos vítimas dele. Então, ou o presidente faz igual fez o Lula e entra de uma vez na dança e tenta fazer o que pode dentro do contexto, ou seremos esmagados e pisoteados de uma vez pelo sistema.

Bem, eu não concordo com essa linha. Mesmo inseridos no capitalismo é possível sim torná-lo menos selvagem. Para tanto, é intrínseco atentarmos para a minimização REAL das desigualdades e para uma palavrinha da moda chamada Sustentabilidade e é observando esses e mais alguns pontos que já tenho minha candidata a presidência neste ano, apesar do elenco pouco entusiástico que temos.

Deposito minha confiança em minha candidata pelas suas propostas, pela sua trajetória e competência, mas, sobretudo, pelo desejo de termos de volta um movimento social forte e atuante no nosso país e não anulado e cooptado em suas decisões dentro de um processo de “estatização” das organizações sociais, o que o deixou resignado e enfraquecido por se encontrar dentro do próprio Estado, extinguindo reivindicações e lutas intensas e reais.

Temos um Estado rico e um povo pobre e não será empregando companheiros nos ministérios e nem dando dinheiro por filho que vamos conseguir tratar de fato o problema do nosso país. É hora de elegermos uma sucessora, que reconhece avanços, mas que propõe mudança, que recusa heranças patrimonialistas e que tem equipe com poder inovativo.

Dentro do círculo sem cor que é a eleição presidencial 2010 já encontrei o meu ponto. E ele é verde.



Iago Itã de A. Pereira – Graduando em Gestão Pública e Gestão Social pela Universidade Federal da Bahia - Escola de Administração EAUFBA

Comentário 1 - Antonio Neto


Só para refletir

Antes de tudo, meu nome é Antonio Neto, tenho 18 anos e vou expor aqui alguns pensamentos meus sobre POLITICA, já que é ano eleitoral, vou lhes mostrar meu pensamento sobre a visão de nós POVO BRASILEIRO. Sei que é um tema que traz discussões, rivalidades e querendo ou não é de fundamental importância que ele seja discutido, principalmente pela galera jovem, que é quem menos discute. Gosto muito de política e adoro assistir a TV Senado ou a TV Câmara. Fico olhando e pensando: quem sabe um dia eu estarei lá?
Nessas eleições vamos escolher seis pessoas que possam aos poucos melhorar as condições de vida do povo, parece até balela, mas é a pura verdade, talvez isso não seja perceptível para quem tem um carro para desfilar, tem uma vida rica, mesmo não sendo rico, porque se compararmos qualquer jovem de classe média com um jovem que tem que trabalhar para por “comida” (migalhas) em casa, vamos ver a grande desproporcionalidade.
Temos que analisar que por pior que seja o dia em que estamos “lisos” é melhor do que o dia em que um garoto ganhou muito no sinal de trânsito ou mendigando. O que fazer então para melhorar essa realidade? “Porque falar é fácil, difícil é fazer!”
Precisamos melhorar já, esse ano a oportunidade está com as portas escancaradas, é só votar em quem tem projetos e que realmente tem uma vida limpa, mas o que nós fazemos? NADA, destruímos nosso voto, destruímos conquistas para os mais necessitados e até mesmos para nós que nem necessitamos, destruímos quando votamos por interesse pessoal, quando não analisamos quem vamos confiar quatro anos de representação popular, é isso que nós fazemos. Sou jovem e quero um futuro melhor, vou votar em candidatos que já trabalharam ou que tem um histórico pautado na ética, compromisso, honestidade e respeito ao próximo.
A cada dia banalizamos as coisas, tudo é normal, quantas denúncias de corrupção houve nesses últimos anos? MUITAS, mas como “todo político é assim” vamos deixar pra lá. Eu quase que não me lembro do governo FHC, sei o que aconteceu através das minhas leituras, mas lembro com precisão do governo Lula, nos dois tiveram crises, mas houveram avanços, foi preciso estabilizar a economia para poder melhorar o país, mas tudo com corrupção, só se estabilizou a economia privatizando, e só privatizava devido aos gastos públicos e déficit financeiros, porque? Porque roubavam do POVO, mas FHC terminou o mandato porque a economia melhorava, a inflação caía e o brasileiro começava a suspirar com Lula o maior fato que abalou seu governo foi o Mensalão, um esquema de corrupção que abastecia caixas de campanhas políticas, quase todos do seu partido, mas porque Lula não caiu? Ele só sabia dizer que não sabia de nada, caiu à maioria dos seus amigos de mais de 30 anos, e porque Lula não caiu? Porque a economia ia bem, o governo Lula é visto como o melhor nesses 510 anos de Brasil, mas também foi o governo em que mais houve crises éticas, o governo em que mais se viu denuncia de corrupção, e nada foi investigado ou levado a sério. Por que? Porque a economia vai bem, o povo pode se endividar, comprar uma TV e parcelar por 18X, mas o povo vai bem!
Agora vem a sucessão do “melhor presidente da nossa história” e quem vai continuar dando o cala boca no povo?
Nós jovens temos que mostrar o nosso pensamento, é preciso inovar a política, para encerrar gostaria de pedir para todos que leram que leiam o Projeto de Lei do deputado BAIANO José Carlos Aleluia, JUSTA CAUSA, esse é o projeto, ele traduz o realmente deveria ser feito com os políticos que usam o cargos público como emprego, aquele cargo é um contrato de prestação de serviços com prazo para acabar e condições para se renovar. Vamos pensar diferente e com a verdade, honestidade não é algo que devemos achar bonito, devemos tê-la como obrigação.
Bom, desde já agradeço aos que dedicaram alguns 5 minutos para ler minha visão de política, talvez eu volte e comente com mais intenção sobre quem devemos votar (nomes).
Abraços,
Antonio Neto

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Comentários Políticos


Essa semana postarei aqui comentários políticos despretensiosos de alguns amigos meus. Serão eles, Daniel, Netão, Marcão, Heitor e Iago Itã. Quem quiser postar algo, é só me avisar que abro espaço. Escolhi essas pessoas, porque são formadores de opiniões, inteligentes, inteirados e interessados com esse assunto.
Tenho certeza que com a opinião desses pensantes, de jovens estudantes, abrirá cabeças, ajudará a escolher o seu voto e com certeza, você irá se interessar pelo tema tão banalizado e esquecido.
Valeu galera!! O Blog vai voltar com tudo com as ELEIÇÕES 2010 –

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A fome de Marina


Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: "Lula é analfabeto". Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva, que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, "porque ela tem cara de quem está com fome".

Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.

Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana.

Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.

Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados.

De um lado, reforçam a ideia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política.

A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio."Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh êh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel.../ Deus do céu!/ Como ela é maldosa!".
Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.

A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito da roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?

O mapa da fome

A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre.

Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não aguentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.

Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.

A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever.
Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.

Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT.

Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco , quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.

Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal.

Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.

Tudo vira bosta

Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, "o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ o cinzento e o colorido/ a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/ e o programa do partido: tudo vira bosta".

Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - 'Se Manca' - dizendo a ela: "Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca".
Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice. Numa de suas músicas - 'Você vem' - ela faz autocrítica antecipada, confessando: "Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais chanchada/ Você vem... e faz piada". Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: "Desculpe o auê/ Eu não queria magoar você".

A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, "ela tem cara de professora de matemática e mete medo". Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.

Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem?

Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, "il péte de santé".

O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil...

Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.

Por José Ribamar Bessa Freire

(Professor, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ) e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO)

ESTOU POSTANDO ESSE TEXTO NO MEU BLOG A PEDIDO DA PROFESSORA LAURA, DA COMUNIDADE DO ORKUT "MARINA SILVA".
A campanha já começou, está fervendo e precisamos do seu apoio e do seu VOTO de confiança. É muita gente boa, formadores de opinião, personalidades brasileiras nessa luta. Seja mais 1 pelo Brasil.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Rei do Cabaré


Muitos dos que estão lendo sabem do meu apreço pelo Forró, especialmente pelo Saia Rodada. As músicas de Forró falam muito de mulher, de cachaça, de cabaré, o que me deixa super familiarizado com tais coisas.
Dia desses fomos todos nós amigos, conhecidos, parentes e aderentes para o Forró de Jacobina, reencontrar a galera. A noite começou cedo, porque por volta das 18h já estávamos na ativa, litros e litros de vodka com energético, animando e movendo a turma. Com muitos acontecimentos nessa festa e em seguida seu término, fomos pra casa de Daniel ajeitar os últimos detalhes. Jéssica Liz em águas, Rafael deitado no chão, caroços de feijão, caldo de arroz na cama de Neto, etc... Coisas que merecem outra página virtual. rs
Pensando que já era lá pras tantas, perguntei o horário a Dips, me surpreendo pelo tempo que nos restava naquela noite.
Sara havia emprestado o carro pra gente curtir aquela noite (Ow menina boa), pois, para nós quatro (Cleuber - Daniel - Edivan - Gabriel) só nos faltava um carro para fazer tudo aquilo que queríamos. Saímos sem destino, havíamos sido convidados por Isinha Forrozeira - amiga minha aqui da capitá - para ir pro Forró de Macaúbas. Achamos o tal lugar e compramos os ingressos. Quando fomos entrar, eram quatro entrando, quarenta saindo. O que diabos a gente ia fazer lá? Voltamos pra bilheteria e usamos o nosso dom teatral, insinuando que um amigo tinha se acidentado e que precisávamos devolver as entradas. Mais uma vez sem destino, porém, com carro. Surge então a idéia brilhante...
Vamos comer? Topo. Por que não? Vamos cair pra dentro!
Chegamos ao porto da barra e passeávamos via orla, circulando ela toda até chegar em frente a conhecidíssima Maddre. Paramos o carro e fomos em direção a algum bar, movimento que sanasse aquela nossa vontade de fazer algo. Algumas meninas na porta nos convidavam – indiretamente - para entrar num bar chamado “Salve Salvador”. Ao entrar encontramos com uma ex colega de sala, nos surpreendendo com o seu comportamento nada comum, um pouco exagerado, inesperado, como queira. Com uma trilha sonora animadora, muita cerveja, mulheres ao redor, mesas de jogos e iluminação enlouquecedora, ficamos naquele clima de amizade intensa misturado com filme americano. Terminando parte do dinheiro fomos então realmente comer algo pra então dormir. Chegando num determinado local, avistamos lá adiante uma luz ofuscante e atraente, chamando pra entrar também, mas dessa vez diretamente. Eram moças lindas com gestos excitantes. Um olhou pro outro rindo e pensando a mesma coisa. Dips, todo ousado e ao mesmo tempo muito íntimo com os homossexuais, foi negociar com Jesus, o dono do cabaré de luxo. Ele efetuou o pagamento, não sei como, e em seguida entramos. Era tudo muito bonito e interessante, luz e som ambiente, mulheres a espera de companhia, garçonetes, local para danças... Tudo muito novo para absolutamente todos. Cheguei e soltei um arroto daqueles, o que arrancou alguns comentários.
- Esse porco eu não quero que nem se encoste a mim! Esbravejou uma dona.
Daniel chegou intimando, na maior pose.
- O que vocês querem beber?
Uma dona, toda saliente, disse:
- Quero Uísque, gostoso!
Eu, na maior ignorância do mundo todo disse que ela ia beber uísque na casa da porra, não com a gente! Rs
Conversa foi, conversa veio e resolvemos sair com uma coleguinha. Sabe o preço? A menor era 350,00! Como sair? Uma ruma de liso...
Quando Eu e Daniel, os únicos solteiros e desimpedidos resolvemos sair com uma das, acertamos preço tudo certinho, ele me vem com uma novidade!
KEU! KEU! Corre! A mulher não é mulher!
- Como é isso, Daniel?
- Ela tem uma pinta!
Como estava mais calmo, um pouco mais experiente, fui conferir a mercadoria, descobrindo mais adiante que não seria um pênis, apenas a calcinha dela enrolada dentro da bichana. Fomos tirar dinheiro no supermercado, só porque a mulher não passava crédito nem aceitava cheque pra trinta dias. Quando saímos do cabaré de luxo, o dia já raiando, o fogo abaixando e amizade, o mais importante dessa história besta, mais uma vez aumentando, fortalecendo e embelezando nossas vidinhas boa e aperriada.

Daniel e suas prostitutas... Nunca vi ter sangue doce desse jeito não! rs

Foto - Keu - Dips - Caps
Faltando Daniel - Infelizmente não temos foto juntinhos! :D
Se alguém tiver, me manda.
Valeu galera. Adoro contar besteira...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Votar de graça?


Vem se aproximando o grande momento, as eleições do dia 3 de outubro onde escolheremos nossos deputados, senadores, governadores e presidente. Thiago Pellegrini Valverde caracteriza o voto como o "verdadeiro exercício da cidadania, a maneira mais eficiente e cristalina de exercício da soberania popular". O que vem a ser SOBERANIA? É aquele poder absoluto, inquestionável, supremo. Você tem essa soberania, essa supremacia e a faculdade do voto, podendo fazer valer através do seu voto uma esperança e um novo rumo pra uma suposta mudança. John Locke dizia que o governo não deveria pertencer ao príncipe, mas ao povo, que seria, na verdade, o único soberano. Nunca ouviu falar que o poder emana do povo? Mas, afinal, qual a importância do voto? O que ele efetivamente muda na vida das pessoas? O que têm a acrescentar? Vivemos um momento de mudanças, de grande expectativa e aspirações nacionais. O voto é nossa arma mais poderosa para mudar um País.
Dia desses ouvir dizer por aí que o único que votava de graça era "Fagundes". Seria esse motivo para me orgulhar ou mais uma indagação a ser feita?
O ato da democracia é baseado em alguns princípios tais como a igualdade, a liberdade, a legalidade e o direito de oposição. Oposição! Isso ele sabe fazer, e bem! O ato de se opor a alguém não perpassa pelo sentido de atingir, aperriar, atrapalhar ou destruir algum trabalho que venha a ser feito e sim, cobrar em prol do tão bem comum, por mais restrito que seja o lugar. Acho que nos falta esse sentimento de nacionalismo, pois, como bem disse Thiago Pellegrini Valverde (Professor de Direito Constitucional, Administrativo e Direitos Humanos e Mestrando em Direitos Difuso) só reconheceremos o valor da democracia quando depois de violados ou conculcados, durante repressões, ditaduras ou terrorismo.
Dia desses ouvir um causo, coisa que gosto muito!
Interior de Minas Gerais, pacata cidade na época dos coronéis e dois líderes políticos, sendo eles compadres. Um dos, com algumas crises locais, teve que fechar o seu armazém, fonte de renda da família, ficando devendo então, duas duplicatas para o compadre que seria o outro líder político. Na tentativa de sanar a dívida ele propôs:
- Rasgue as promissórias e venha pro nosso lado.
O outro senhor, indignado, respondeu inteligentemente:
- Compadre, pensei que o senhor me conhecesse...

Quero então ficar para sempre votando de graça.

domingo, 1 de agosto de 2010

O criminalista -


O criminalista é um sacerdote, e, como sempre assevera Luiz Flávio Borges D’Urso, como sacerdote, deve odiar o pecado, mas amar o pecador, deve repudiar o crime, mas acolher sob o manto da defesa o acusado da conduta criminosa. Isso fica evidente quando alguém comete um delito e, nesta hora, todos se afastam dele. Afastam-se os parentes, os amigos, a mulher, os filhos, esquecendo que dentro daquela figura vilipendiada, desfigurada pelo crime, existe uma alma, um resquício da própria imagem divina.

Quando todos o abandonaram, o criminalista está ao seu lado, quando todos lhe deram as costas, quando todos o incriminam com o dedo em riste, quando todos o acusam, encontrará o ombro, os ouvidos, o coração e a beca do criminalista como uma armadura sempre pronta para a guerra do processo criminal. Aconselhando, orientando e, sempre dentro da lei, buscando o melhor e mais vantajoso caminho para o seu cliente.

Com isso não estará o criminalista protegendo o criminoso, ou fazendo chicana da justiça. Com isso não estará o criminalista colocando lobo em pele de cordeiros, mas sim garantindo ao réu um julgamento pautado na legalidade e na justiça, buscando a pena na sua medida certa quando o acusado for realmente culpado. E, somente dessa forma, poderá se aproximar do Nazareno quando afirmou: “Eu não vim pelos santos nem pelos sábios, eu vim pelos pecadores”.


Por Fabiano Pimentel.

sábado, 31 de julho de 2010

Diversificando a química


Eu estudei não sei se no melhor colégio, aquele que mais aprova nos vestibulares, nota dez no enem ou coisa do tipo, mas com a melhor turma de todos os tempos. Chegamos a ter na nossa trajetória 42 membros, mas terminamos apenas com 20, todos sempre unidos, juntos, num só clima, num só ritmo. Era aquela turma que quem entrava se encantava, quem tava dentro não queria sair, e quem tava de fora, queria entrar. No ensino médio só tivemos duas professoras de respeito, que conseguiram transmitir algo pra gente na matéria de Química. Se não me engano foram 9 durante esses 3 anos, ou seja, pizza! Para acalmar as ferinhas, elas ou eles prometiam nos levar para o laboratório, fazer pesquisas, ver aqueles fetos nas garrafas, as tartarugas marinhas e cobras armazenadas. Foi então um belo dia que uma das professoras que passaram por nós teve a brilhante ideia de ver nos microscópios matérias orgânicas vivas. Uma aula muito interessante, cada um dava uma olhadinha, sem muita pressa. Era posto naquele vidrinho algumas partículas de saliva, cabelo, outros pegavam a agulha pra furar as pontas dos dedos, até que me surgiu a brilhante ideia. Saí de mansinho da sala e fui ao banheiro, comecei então um movimento uniformemente acelerado até ejacular. Em alguns minutos, já com a minha ausência notada, entro no laboratório. Segundo Marcão, subiu um cheiro de QiBoa (água sanitária) - Peguei o vidrinho, botei aquela matéria orgânica mais do que viva e todos se aglomeravam para ver os poucos Keuzinhos que sobreviveram, até porque, para quem não sabe, em contato com o oxigênio, o esperma morre!
E a professora? Era a primeira da fila!!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

130 anos de Jacobina


Todo dia 28 de Julho, desde 1880, comemora-se o aniversário da mais bela cidade da Bahia.
Estive lendo pela internet pra achar algo interessante e trazer pra vocês aqui, mas, o máximo que achei foi à latitude, a altitude, a população e, localização geográfica; Dados que nos interessam, claro, mas somente numa pesquisa de colégio ou para maiores informações para fora. O que quero aqui é um pouco mais do que já sabemos, quero saber qual a importância dessa cidade pra você? Qual sentimento você tem por ela? O que precisa melhorar e o que faria para ajudar? O que você sabe de Jacobina?
Até dois anos atrás eu residia na melhor rua da cidade, rua Cônego Samambaia, no bairro do leader. Lá existia um casal de senhores, Nina e Seu Vivaldo, onde numa pesquisa de colégio fui saber mais sobre a história daquela rua, os seus antepassados, as curiosidades e evoluções. Foi a partir dalí, ainda pequeno que me interessei por histórias que envolvessem a minha cidade. Taí uma coisa que me encanta é história, aquela contada por um velho que olha pro horizonte sorrindo como se estivesse vivendo tudo aquilo de novo, na meninice, na grandice e na velhice. Como uma vez ouvi de Ivanilton da DEFINE, toda conversa é proveitosa, com um doutor de Direito até um analfabeto da zona rural, basta você ter um diferencial e saber extrair algo pra sua vida que com certeza, será de grande valia.
Alguém ai conhece a Igreja da Missão? Já repararam pra onde ela é virada? Tudo tem que ter uma explicação, e o motivo dela ter sido construída apontando para a Jacobina II, Catuaba, Paulo Souto, não é em vão. Se repararem um pouco, esses são locais alagados, porém planos, o que facilita a construção civil, a instalação dos povos, o que provavelmente desenvolveria mais a nossa cidade, deixando a parte de trás, as serras, morros e cachoeiras apenas para visitação. Mas, não! O povo daquela época que vinha aqui pra debaixo de casa, pro Rio do Ouro, garimpar, arriscar o dia com suas famílias, com pás, cavadores, peneiras, na tentativa de achar o bendito ouro, preferiu se instalar por aqui mesmo, por cima das serras, onde hoje estou, o que dificulta tudo, desde até a chegada da água com rapidez e eficácia, até os problemas com chuvas que arrasta consigo tudo que tenta tomar o seu lugar. E a importância que ela tem pra você? Jacobina representa tanto pra mim que, fico preocupado às vezes quando ouço “A TERRA DO OURO”. Não! Jacobina não é a terra do ouro! O ouro é dos outros! Jacobina é a cidade do ECO-TURISMO. Possuímos aqui dezenas de cachoeiras, grupos radicais, como o Aranhas da Chapada, Sertão 90º, Vôo Livre, entre outros. Uma galera que não conheço, mas que é massa! Que valoriza o que tem, que aproveita e desfruta da nossa maior riqueza, as nossas riquezas naturais. Não venha você me dizer que a JMC é uma droga pra Jacobina que você será mais um alienado, desinformado. Como e bebo da mineração, como papai costuma dizer, mas volta e meia estou futucando ele, procurando saber isso e aquilo, o motivo de comentários daquele jornal, ou daquele vilarejo, e afirmo que, sem a Jacobina Mineração e Comércio seriamos como éramos quando ela fechou, uma cidade morta, sem comércio, vazia e ociosa. Já trabalhamos aqui na JMF com até 92 homens diretos, a sua grande maioria com antecedentes criminais, mas são pais de famílias retirados da suposta criminalidade e agora trabalham dignamente com suas carteiras assinadas com muito prazer em dizer, sou morro velho! (A minha capacidade de começar num assunto e terminar em outro me impressiona. Mas vamos lá!) Adoro Jacobina de um jeito, de um jeito que sinto arrepios quando cruzo a ponte do roncador e mais na frente avisto o pico do Jaraguá. Local que também merece uma preocupação, uma valorização maior dos nossos superiores que, me perdoem, andam pisando na bola. Quero nesse povo que aqui habita um sentimento de prazer de aqui estar, um prazer de dizer, sou Jacobina. Nunca apresentei a minha cidade a outrem para este não sair satisfeito, feliz e realizado de conhecer uma cidade tão linda, de um povo acolhedor e com certeza, lindíssimo.
Eu sou um dos e tenho amigos que pensam e querem mudar a nossa cidade, levá-la para o lugar que lhe é devido, transformar as nossas riquezas naturais, minerais, pessoais, torná-las públicas, trazer pra cá, movimentar e desenvolver Jacobina.
Existe uma enorme diferença entre crescer e desenvolver, e a nossa cidade cresce sem o acompanhamento simultâneo do desenvolvimento. Chega desse povo, chega dessa gente. Vamos aproveitar esse aniversário, pensar como anda a nossa cidade, quem botou, quem pode tirar, o que podemos fazer e o que vamos fazer para melhorar a nossa cidade. Meus parabéns Jacobina! Eu te amo Jacobina!


Foto - Pico do Jaraguá - Keu - Itã - Primo de Itã - 2009
Fotográfa - Gabi Mello