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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Sim! Amanhã é dia do 15!
Amanhã é um dia importante. Depois de quatro anos de especulações, três meses de campanha, o dia da vitória nas urnas e algumas nos tribunais da vida, pessoas eleitas nas urnas de Jacobina serão diplomados, sendo eles prefeito, vice, vereadores e suplentes.
Diplomação é um ato formal, solene, momento em que os eleitos são oficialmente convalidados pelo judiciário. O STF convalida o Presidente da República, o STJ diploma o Governador e o juiz da comarca do interior, diploma, convalida, ratifica a vontade das urnas dos seus representantes a nível municipal. Dá um papelzinho pra ele assinar atestando por “A + B” que você foi eleito, democraticamente pela vontade geral. E que essa minoria se faça respeitar e seja respeitada da mesma forma, como diriam os meus xerocados de Ciência Política.
Há divergências doutrinárias quanto à competência deste ato. Se ao judiciário, se ao legislativo. Pior do que isso há divergência no que tange a ajuizamento de ação para tentar impugnar o ato. Três ou quinze dias? Não há mais possiblidade? No popular seria um famoso “já era!”? Em quem acreditar? O que a famosa legislação nos traz de concreto? Eu estudante de direito querendo fórmula jurídica? De onde tirei isso?
Abro o código eleitoral, a nossa Constituição, estudo vacância, peço opinião de procuradores, professores, colegas, amigos semi ou já até advogados, passo minutos e quase horas supondo, fantasiando e querendo acreditar no melhor.
Com toda essa movimentação, afirmo-lhes que não é nada mais incômodo que insegurança jurídica. Ela não tira meu sono, acredito que muito menos o de pessoas lá de casa ou do prefeito eleito, Dr. Rui Macedo e sua família. Atormenta o cidadão comum que Flávio José canta pra gente e que se eu fosse você pararia de ler esse texto para ouvir, com certeza é bem melhor.
Hoje foi dia de mais uma vitória. Sei lá se é vitória. Pra alguns é. Pra mim é dia de mais um alívio. Pra quem também não sei. A juíza denegou a Ação Cautelar que pedia impugnação da diplomação marcada pra amanhã, dia 14 de dezembro.
Dia importante pra papai, pro povo lá de casa. Queria tá junto. Não ia espernear, tampouco chorar com gritaria. Ficaria como um bobo e bobo, só que de longe, talvez acompanhado de Gi ou Mamãe, caso não precisasse se utilizar da sua bela imagem pra compreender as formalidades que ela “hates” com força. Como poetizou o jornalista amado e odiado Corino, o dia 14 virará 15.
Povo alegre, ansioso, nervoso, perguntador, vai ou racha?
Obrigado aos que sentiram minha falta até agora por não fazer parte deste dia. Agradeço de antemão (palavra que aprendi a escrever com Lucas) aos que sentirão minha falta.
Confesso que estou em fase de adaptação, me habituado. Quero me sentir bem a vontade ao lado da família 15 que amanhã voltará a fazer uma linda festa nas ruas jacobinenses.
Parabéns a Dr. Rui, aos 15 vereadores eleitos, aos suplentes e em especial ao meu Vice. Vou continuar daqui, tentando fazer sua assessoria jurídica, comunicação, pessoal, qualquer coisa...
Dia importante. Farei falta. Nem que seja no meu interior do meu eu.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Aviões e Garota Safada em Jacobina
Eu sou um fã incondicional de Forró. Tempos atrás tinha uma comunidade no Orkut que me proporcionou muita coisa boa, vide minhas amizades que fiz pelo Nordeste e meus conhecimentos estranhos do ritmo. Saia Rodada x Aviões. Tempo passou e essa comparação hoje é meio desproporcional.
Agora em dezembro nossa cidade será palco de dois grandes eventos. Aviões do Forró dia 16 e Garota Safada dia 22. Elas sim protagonizam a grande disputa não sadia que o Forró presencia.
Dia 16, um domingo, organizado pela equipe do Ourofest que ainda desperta um pouco de desconfiança e comentários desnecessários, receberá no Hangar Fest, a maior banda de forró do mundo. Xand e Solange voltam a Jacobina pela terceira vez com a banda renovada, cheia de autoestima e com músicos que tornam à boa casa. O mestre e maestro Valcir volta com tudo. Ele e Riquelme são responsáveis por quase cinquenta por cento do som que a gente ouve no PAzão. Com um nome estável, a nível global, internacional e fazendo parte do casting das melhoras bandas do País, Aviões, junto com Forró do Muído, uma excelente banda e também renovada, com a presença de Márcia Felipe (ex cantora de Aviões e Garota Safada) e do mais novo baterista famoso R10 (também ex Garota Safada), farão um show pra ficar novamente na história dos grandes e bons eventos de Jacobina. O clima não é tão bom quanto aquele que Everaldo proporcionou na primeira vez que ele trouxe Aviões (Ourofest 2010), tampouco a bilheteria será como foi. Apesar de acreditar no sucesso e qualidade do evento, torço pra que ele consiga se dar bem. Jacobina precisa reconhecer o esforço dele. Contudo, torço pra que ele faça uma festa boa - como de fato essa é - num dia de sábado. Esse sim é dia de festa em Jacobina.
Já dia 22, data excelente, cidade lotada, feriadão de Natal, todos em suas casas pra comemorar o nascimento do menino Jesus e com uma festa em alta, comentada, muito esperada e pouco vão tirar dela. Sim, a pessoa faz a sua festa, mas existem fatores que cooperam.
O Casarão do Forró viverá uma das maiores ou talvez a maior lotação que ele já viu. Garota Safada, a responsável por tudo isso, protagonizará um show diferente. Preciso em poucas palavras ressaltar que Léo di Almeida e Estakazero não acrescentam em 10% no público dessa festa. Minha vontade é de dizer que nada, nada, nada...não acrescenta em nada. São bandas que servem pra completar grade. Sendo assim, acho desnecessário pagar 20 ou 25 mil em Estakazero e 6 ou 8 no couver de Léo Magalhães.
Minha função aqui é falar sobre o general WS e a Garota Safada. Banda essa que fará show dobrado com a cidade de Irecê. Torço pra que Jacobina seja o segundo show, caso contrário, além de vermos uma Garota Safada depenada por seu general, veremos uma Garota Safada depenada e corrida. As músicas serão cantadas somente até a segunda estrofe, como Aviões fez no Abafa Hits de Verão, quando teve que tocar em Alagoinhas no mesmo dia.
Pra quem não entende de música é o seguinte: Garota toca em Irecê e Jacobina, ou seja, uma das duas cidades vai ser um show pequeno, sem muito tesão, o segundo show ele não tem mais compromisso na noite, então pode brincar, interagir, cantar com gosto. Tomara que essa bronca seja lá pra Irecê.
Sem falar que a banda Garota Safada chega em Jacobina com 16 dos 20 profissionais que gravaram o DVD demitidos por causa desconhecidas ou ignoradas. R10 e Valcir, os dois músicos mais famosos que o Safadão fazia questão de manter debaixo das suas asas, hoje está na A3 e estarão também em Jacobina, só que no dia 16, com Muído e Aviões, respectivamente.
Sem baixista, sem tecladista, sem sanfoneiro, com baterista pegando o repertório, com dançarina jogando a mãozinha pro lado errado, metal sem entrosamento e muita coisa estranha rodando aquela banda. Que a LUAN aprenda com a A3 e faça um 2013 melhor pra o general e toda a Garota Safada. Que o menino Jesus cubra dona Bil de sabedoria e paciência.
Que a Garota Safada consiga se firmar em Jacobina e nos faça esquecer do vexame no OuroFest 2011, quando o brilho do menino estouradinho do Forró foi ofuscado por Bel, o rei do Axé music.
Quem quer festa boa faz sabe o que? Vai pras duas. Serão dois espetáculos e Jacobina merece tudo isso e muito mais.
domingo, 25 de novembro de 2012
Teu pai vai se retar?
Mais de mês já se passou e pode apostar que as nossas conversas em mesa de bar ainda giram em torno da política.
Vai perdurar por mais algum tempo ou talvez quatro, oito anos, vida toda. Afinal, existem bastidores, feitos, aventuras, segredos que ainda não foram revelados. Talvez seja interessante que não sejam, aí a gente pode viver bem. Em contrapartida, acho que não é do meu feitio passar por cima de coisas que sei e que finjo não saber. Acho que vai chegar a hora que explode. Mas eu tenho a capacidade de reconstruir mais do que os orientais em tempos de catástrofes naturais. Talvez essa conversa também se estenda em virtude das pretensões. Dessa vez se não é autoexplicativo, deixo que use sua imaginação.
Ainda não foi dada a largada para a contagem dos quatro anos de gestão, mas se articula, especula, se torce contra ou a favor do que está por vir, contudo, tiro esse momento para fazer um agradecimento.
Dizem “os caras” na resenha que é o voto mais duvidoso que existe é o de Dips. Pra mim é um voto certo, voto bom de ter.
Algum qualquer dia por aí perguntaram em quem ele votaria. Em Rui ou Valdice? Esqueceram de Amauri, mas ele disse. Em nenhum. Eu voto em Fagundes.
Bom de ouvir. Bom sentir aquele arrepio.
Aproveito o ensejo e contarei para vocês um bom capítulo que faz parte da minha história.
Era madrugada no “Chateau” e lá estávamos, tomando uma ao som de um bom pop de Lucas Kadosh. Confesso que a vodka ajuda. As conversas pegavam fogo com o som alto mesmo tendo que gritar.
Analisávamos pontos fortes e fracos dos candidatos, até que cheguei à conclusão de que poderia tá fazendo algo a mais pra’quela candidatura. É que eu moro em Salvador. A campanha era em Jacobina. Quero me meter nessa budega!
Eu tinha vários projetos, mas todos eles envolviam outros dois amigos que tomaram outros rumos na campanha.
No outro dia, na hora do almoço, contei a minha pretensão. Papai aceitou, Dr Rui se surpreendeu.
Combinamos então de fazer uma reunião nas comunidades em torno da palmeirinha, esconso e estrada nova.
Lá fomos nós. No velho guerreiro começamos a fazer o nosso jeito diferente de fazer política. Parando de bar em bar. Já pensou que coisa boa? Uma skol, um limãozinho, um peixe que nem como, por que não?! Parávamos de casa em casa, com adesivos, preguinhas, bandeiras, uma boa conversa e um convite. O convite era feito informalmente, me apresentando, apresentando os meninos, sentado na calçada, chamando para que eles pudessem, no dia 7 de setembro, receber Dr. Rui e Fagundes no terreiro do bar de Robério.
Findou esse primeiro dia de visitas e voltamos bem satisfeitos com o feito. Numa outra oportunidade, como ia a Jacobina somente em finais de semana, tornamos fazer essas visitas e convites. Lá pro lado da estrada nova, perto do Gonçalo, Paraíso, entramos num bar e uma boa surpresa. Era uma senhora que é fanática por Dr Rui e que já tinha na sua casa vários adereços da campanha. Eles ficaram muito alegres com a visita e confirmaram a presença na reunião.
Mais uma vez, já pela noite, voltamos pra o centro com a satisfação lá em cima. Lembro aqui, nesse momento, de um bar na entrada do Esconso que tem a placa -> Gonçalo, alí no alto, ainda na BR 324. Na conversa e no jogo de Sinuca ele estava muito desconfiado. Eu perguntei se poderia colar alguns adesivos. Ele disse que sim, mas ainda muito estranho. Eu então tomei a liberdade e disse:
- Eu sei que o senhor não vota no 15, mas queria só que pudesse prestigiar a nossa conversa no dia 7 de setembro. Posso contar com você?
Ele riu com uma cara de menino e mencionou o sim com a cabeça.
Chegado o dia 7 de setembro. A assessoria e coordenação da campanha estavam altamente desconfiadas com essa reunião. Eu estava confiante. Ouvi dias atrás que um vereador tinha feito uma reunião numa outra comunidade com cerca de 40 pessoas. Se é assim, conseguiremos mais, conseguiremos satisfazê-los.
Um pouco irritado perguntei se podia deixar marcado ou se continuaria aquela indecisão. É que eu tenho pavor quando botam defeito nas minhas coisas. Nessa então, eu tava mexendo com pessoas, com confiança e com um povo simples, que se diz que o jegue morreu, pode vender a cangalha.
Eu, sinceramente, não conseguia entender os outros compromissos. Não tinha porque entender. Se tá na programação, vamos cumprir.
Foi aí então que fiz o desfile cívico com papai, cumprimentando e brincando do jeitão dele e depois cada um tomou seu rumo.
Depois do almoço, saímos com tudo. Um carro de som, fogos, microfone e muita empolgação.
Passávamos pelas comunidades, dessa vez sem parar, somente com voz de locutor fajuto convidando o pessoal, informando que estaria chegando a hora.
- É isso aí, é isso aí! Está chegando a hora, o grande momento! Venham todos, peguem sua bandeira, seu adesivo e venham conosco. A partir de 7 da noite no bar de Robério. Vamos receber Rui e Fagundes, futuro prefeito e vice da nossa cidade. É o 15 meuu povoo!!!!!!
Agora você imagina isso num microfone saindo em dois alto falantes meia boca. Era no mínimo, cômico. Animava muito, acredite. Entre uma fala e outra eu soltava as músicas de campanha e ia levando. Tava quase um Angel Rosa ou Maurício Dias. Passamos na Sapucaia e Várzea da Laje, mas foi na Palmeirinha que duas casas nos pararam querendo também fazer parte da reunião. Acho que totalizava umas 20 pessoas. Marquei então de pegá-los seis da tarde.
Mais adiante, já nas comunidades que iríamos fazer a reunião nós paramos no bar e pensamos num fenômeno negativo. É que o nosso público, o verdadeiro foco, não estava se manifestando. Ninguém saía na porta, não via um pé de gente. A hora era chegada e nada de gente.
- Teu pai vai ficar retado?
- Oxe. Por que ficaria? Tentamos. Se o pessoal não veio é outro departamento. – Falei tentando me enganar.
Por dentro estava triste, angustiado e decepcionado com meu projeto. A ideia era boa, mas enfim...
- Vou alí na palmeirinha pegar aquelas pessoas que ficaram de vir, pelo menos a gente não passa tanta vergonha.
Na ida percebi que o IDEA estava vindo. Estávamos na BR e dei sinal de luz. Encostamos e conversamos alguns segundos.
- E aí, zé mané. Como é que tá lá? – Disse papai
- Rapaz. Deu bom não.
- Tem quantas pessoas mais ou menos? Umas 20?
- Deve ter. Contando com a gente... Foi mal!
- Bora, bora lá ver como tá. – Falou papai meio agoniado
Meu carro, o dele, Dr Rui, Milton da Natureza e alguns fogos com o carro de som. Minha adrenalina estava com tudo, mesmo meio decepcionado.
Ao chegar no terreiro do bar, a grande surpresa.
- Oxente! Você não disse que não tinha ninguém?
Papai me abraçou com o braço direito, trazendo pra perto, sabe como é?
- É. Deve ter chegado aí. Sei o que foi não.
É que nesse meio tempo havia chegado um ônibus carregado de gente pra poder receber de braços abertos os nossos candidatos. A felicidade voltou a tomar conta de mim.
Era uma alegria e tanto em todos alí presentes. De forma livre e espontânea.
Depois dos cumprimentos, fui incubido de presidir aquela reunião informal, no terreiro de um bar, numa roça, mas que tinham 108 pessoas nos prestigiando somente daquelas casas. Sem contar com as pessoas que vieram de Jacobina. A contabilidade foi feita por Catucha, uma grande pequena pessoa que tomou a campanha pra si. Ela é retada!
Começamos, passei a palavra pra Robério, dono do Bar, que mesmo com toda simplicidade falou muito bem. Depois apresentei Milton da Natureza que também falou muito bem. Ele tem uma relação bem estreita com a zona rural.
Chegava a hora de apresentar os nossos candidatos da chapa majoritária, e eu disse mais ou menos assim:
- Essa é a minha terceira visita PO-LÍ-TI-CA aqui na comunidade. É que em outras ocasiões já estive em festas e em montaria a cavalo. Nas caminhadas que fiz para convidá-los pra essa reunião, explicava pouco a pouco a nossa intenção e dizia que era filho desse aqui no adesivo, bem pequenininho. Ele é pequeno no adesivo, mas vai ser grande pra vocês. É, assim como vocês, criado na terra. Apresento pra vocês agora o melhor vice-prefeito que Jacobina vai ter o prazer de ter. Com vocês, meu pai, Fagundes.
Depois que ele falou, muito bem, diga-se de passagem, tomei a palavra novamente e disse que seria o maior fiscal daquele povo. Eu não queria e nem quero deixar de andar por lá, portanto, o povo me cobrava lá e eu cobraria em casa.
Em seguida, para encerrar a reunião, apresentei Dr. Rui. Disse que dos oitenta mil habitantes de Jacobina, só existia um capaz de resolver o problema da saúde, e essa pessoa era Dr. Rui Macedo.
Finalizamos, agradecemos e eu caí na gandaia. Fui parar no Paraíso pra tomar uma. O dia tinha sido cansativo, tenso e prazeroso.
Foi bom de verdade. Foi uma experiência única. Nossa primeira empreitada política que é do jeito que ela é. Traiçoeira, fria e quente, agitada.
No outro dia, com uma ressaca boa, como era um sábado, acordei com papai abrindo a danada da porta do meu quarto. Eu nem gosto quando me acorda assim, principalmente dia de sábado.
- Acorda! E ontem? Gostou? Parabéns, viu?! Foi bom mesmo. Bó tomar café...
Eu que agradeço. Agradeço ao Dips. Valeu, caboclo! Fizemos parte da vitória do 15.
sábado, 24 de novembro de 2012
Quem nunca?
Quem nunca pegou um cabrunco de um stopô de um ônibus errado? Seja ele em Salvador ou em qualquer outra cidade, deixa você fora de si.
Em Salvador, lhe asseguro que é dez vezes pior do que em qualquer outra metrópole.
Ontem, 22 de novembro de 12, peguei dez reais para me garantir ida e volta para faculdade/estágio/casa.
No estágio, com três e vinte no bolso, pensei ligeiramente que deveria ir ao SSA CARD e recarregar meu passaporte. Para tanto, precisaria ir até a rodoviária, atravessar a passarela, Iguatemi, sacar Money, ir ao SSA CARD, tan, tan, ir pra casa.
Foi então que passou o primeiro ônibus e li na placa lateral a palavra RODOVIÁRIA. Só ela precisaria, nada mais. Parece que cega, só enxerga o que quer ver. Se é pra lá que eu vou, ou pelo menos quero ir, é esse que eu vou pegar. Paguei os três reais, peguei meu troco de vinte centavos e fiquei com quarenta no bolso. Depois de pagar vem o susto contido.
- Cobra? Passa na rodoviária, né?
- Passa, mas só depois.
Pensei que estivesse tudo bem, afinal, demoraria um pouco, mas chegaria logo logo. E também tava liso, não adiantava espernear.
O danado do ônibus subiu com tudo a ladeira do Saboeiro, botou a primeira naquela subida que não me traz boas recordações e me levou para não sei aonde.
- É fim de linha, véi. – Gritou o filho da puta.
- Sim, meu filho. Eu vou pra rodoviária. Vou esperar aqui – Falei com uma voz mais mansa do que puta.
O motorista indagou que só e eu decidi ir embora. Eu não queria confusão. Segui o conselho de Anderson Silva. Contei até dez, peguei meu celular e comecei a ligar pra alguns amigos. Rafael, Caps e Dips tiveram que me suportar e deram muita risada com a besteira que tinha feito.
Eu tava muito longe de qualquer lugar. Eram brenhas, vielas, ruas estranhas e muita gente caminhando, assim como eu. A diferença é que eles estavam perto de casa. Eu não.
Perguntava pra quem ia passando por onde deveria ir para chegar até a UNEB. Se chegasse lá saberia mais ou menos que rumo tomar. O troço é que as pessoas davam uma risada quando eu perguntava isso. Acho que era por conta da distância. Teve uma que disse: Pode ir indo, indo...
Tá bom então. Irei...
No início deu uma raiva, uma vontade de fazer e acontecer com o cobrador e motorista que não foram nada simpáticos comigo. Se fosse mulher a conversa era outra. Eles deixavam em casa.
Só que o que me traz aqui é um programa de Regina Casé. Aquele esquenta que passa em períodos na TV Globo, dias de domingo pela tarde.
Em um deles que falava sobre preconceito, dificuldades e num sei quê, sei quê, falavam de cegueira. Foi aí que apareceu uma menina na plateia que também era cega dos dois olhos. Ela tinha os olhos vivos, fazendo com que as pessoas duvidassem da sua real deficiência, porque era como se ela estivesse te olhando. Ela usava bengala, mas não sei porque danado ela não usava óculos. Certamente a dúvida não existiria.
Achei interessante uma passagem que ela falou das suas aventuras em coletivos no Rio de Janeiro. Ela no ponto pedia pra alguém a-colocasse no ônibus certo. Alguns, com maldade, diziam o ônibus errado. Ela entrava e quando descobria dava risada. Encarava com naturalidade e como piada. Ela fazia da vida dela e até os ônibus errados motivo para sorrir sempre. Imagine eu, com o bucho deste tamanho.
Não sou a alegria e paciência em pessoa não, mas é importante lembrar de pessoas como ela em momentos como esse.
Aprenda com ela: Um leão por dia, mas com alegria!
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Aô saudade de Tabatinga
Dia desses passei um final de semana bem diferente aqui em Salvador. É que, como muitos já sabem, não sou fã daqui, apesar de achar que venho falando isso pra mim mesmo na tentativa de dizer que não, não estou gostando de Salvador. Enfim...
Era na ilha famosa de Rafael. Amigo nosso cheio de prezepada. Ausência de Caps e Daniel já era uma grande perda, apesar de anunciada. Ao chegar, boas surpresas. Uma excelente casa, um
clima muito bom e uma lembrança.
Era um muro pequeno que fazia vizinhança com a casa ao lado, lógico. E de onde tu se “alembrou”?
Lá de TABATINGA, ora.
Em letras garrafais porque amigos meus cansam de ouvir histórias da minha querida e inesquecível Tabatinga. Praia do litoral sul potiguar, pertencente à cidade natal de papai, Nísia Floresta.
Lá fico na casa do tranquilo Tio Toinho e da amada (por filhos, sobrinhos, irmãos, mãe, cunhados, todos) Tia Graça. Casal que é pai dos meninos famosos. Flávio, Bruno e Breno, da quase dupla sertaneja.
Lá a gente faz vizinhança com seu Valdomiro e Dona Francisca. Dois senhores aposentados e muito gente boa. Avós de Marcelinha, Karina e Katarina. Tem tantas outras, mas me refiro em especial às três.
Na ilha, me encostei no muro e era como se estivesse vendo elas brincando, correndo, tomando banho de piscina ou gritando, tentando chamar a atenção de alguém, bem do jeitinho delas que é peculiar e muito bom de se recordar.
Não passava de um sorriso no rosto. Acho, inclusive, que pode ser um sintoma de saudade. Sinal que é hora de voltar à Tabatinga. Passar 10, 15, 20 ou até 40 dias, como já passei. Como são outros tempos, todos com afazeres, seja Breno no escritório, Tia Graça no colégio ou Toinho no DNPM, 15 dias seria excelente. Seja também Marcelinha tendo que fazer vestibular, Katarina se matriculando no ensino médio e Karina na faculdade.
Como é bom essa sensação causada pelo fator tempo. Como danado elas estão? Espero que possam recordar do pequeno muro com bons olhos.
Espero, também, que estejam crescidas e não esquecidas dalí. Acho que o fato de ser uma praia tranquila, as-chateia ou as-entedia.
Barreta e Pirangi devem estar nos planos, mas não abandone os pobres Fagundes.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Gonzaga - Será que sou o único?
Ontem eu assisti o tão comentado "Gonzaga - de pai para filho".
O diretor me chamava a atenção. É o mesmo de "2 filhos de Francisco", que deu um 'up' na carreira da dupla que tava esquecida.
Confesso que achei que o tal "Gonzaguinha" ainda estivesse vivo. Seria o filme uma tentativa igual a dos fí de Chico. Tem gente também que vai ler e vai pensar como eu. E morreu? É, morreu!
Já cheguei desconfiado, mas sai insatisfeito.
Filme fraco. Excelente de atores com alguns globais e, principalmente, os que interpretaram tanto Gonzaga quanto Gonzaguinha. Zéze Mota também dá um toque especial em qualquer projeto. Ela sabe representar bem qualquer "mãe preta".
Direção de arte muito boa, atores - como já disse, bons - cenário, maquiagem, sotaque, músicas. Mas parece que o enredo, o formato não me convenceu, não me chamou a atenção.
Tô c preguiça de escrever, mas esperava mais.
Fico no aguardo de um documentário com a vida de "Lua". O meu Rei do Baião.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
O Carlismo não voltou
Brinquei no facebok ontem que estaria indo às ruas com praguinha no peito, bandeira na mão para vencer a eleição.
Rodamos quase doze horas de relógio fazendo movimentos pelo Canela, Federação, Barra, Rio Vermelho e Imbuí. Eu, Heitor, Daniel, Caps e Rafael, de carro novo e cheio de adesivos escondidos do 25.
Onde a gente chegava era meio que contagiante. No sinal da Garibaldi, enquanto Daniel não chegava, a gente fazia banderaço e colava adesivo em quem passava. Remendando bandeira, algumas fotos e um abraço d’uma senhora que agradeceu a nossa presença. Segundo ela, somente o PT teria passado por alí. Estaríamos então, levando alegria. É sério! As pessoas gostavam mesmo. Isso aconteceu também na sexta no bar Estrela e sábado no Rio Vermelho com as gringas que não nos deram ousadia.
Passou rapidinho, diferente de quinze dias atrás, que a tarde parecia eterna. É que o meu não tava na reta, então tanto fazia, mesmo torcendo muito pela vitória de Neto.
Cinco horas era hora de ir para UFBA, tomar ciência das urnas de lá, que pra nós, só dava PT. A militância estava presente em todas as seções, com reforço de prefeituras vizinhas, inclusive a de Lauro de Freitas, que impediu o candidato do DEM de votar. Doze da noite ficamos sabendo através do fiscal de seção, o juazeirense Vicente, que em todas, absolutamente todas as urnas da Faculdade de Direito da UFBA, Pelegrino não conseguiu ultrapassar 100 votos. Neto acima de 200.
Nesse meio tempo fomos para o Comitê na Vasco da Gama. Os votos eram computados e poucas pessoas se faziam presente. É uma política realmente diferente da do interior. O que me alegrava, contudo, era a quantidade de não burgueses que estavam alí. Muita gente bem vestida, com cara de assessor e chefe de transalvador, mas também o povão, com cachorro de rua adesivado, a galera indo até o chão com o hit de Márcio Vitor, etc.
Com os anúncios feitos por um cidadão no mine-trio que “ele” estaria chegando, o cidadão locutor disse em alto e bom som que “O Carlismo” tinha voltado. Na hora eu e Thola nos olhamos como num filme romântico, mas com cara de desespero.
“Charmuta! Como é que um louco desse fala isso?” Brincou Heitor...
É que comungamos de uma opinião.
O carlismo não voltou e não seria interessante que ele voltasse. Somos novos, portanto, não sabemos muita coisa do que representou essa era, que hoje é encarada como algo pejorativo na cidade de Salvador e idolatrada por outros poucos.
A foto de ACM desfilava ontem lá meio a multidão e cantavam “Ô Ô Ô ACM voltou!”. Acontece que tenho a ligeira impressão de que ACM, o Neto, que tanto fez questão de ser chamado de NETO, carregando por trás a força do avô e mostrando que é, por si só, um brilhante político, vai levar para sua administração somente as qualidades do seu avô. A maior, sem dúvidas, é a de ter aprendido a amar e defender a Bahia. E foi isso que ele disse ontem, disse que aprendeu a amar, respeitar e defender a Bahia com seu avô, que dedicou sua vitória, falando da felicidade de onde quer que esteja, refletia naquele povo.
As pessoas não percebem ou talvez eu e Heitor percebamos demais.
Por trás daquele discurso, deixa claro que o carlismo não voltou. O que chegou foi o Neto de ACM, que com 36 anos de idade era pequeno quando toda a trajetória do seu avô deu início.
Quando veio a falecer, aposto muito na postura de Neto semelhante com a de Luís Eduardo Magalhães, seu tio, que batia de frente com seu pai, discordando e chegando a ser amigo e altamente confiável de inimigos políticos do seu pai. Postura essa que nos direciona pra uma política de reestruturação da capital baiana e o tão famoso choque de gestão, que muitos políticos adotaram pra campanha municipal 2012.
O que me deixa feliz, também, são as boas companhias de Neto, que tem como vice a Verde Célia Sacramento. Acredito que será a responsável por levar até o palácio Tomé de Souza os problemas do subúrbio. Fará com que essa rotulação de Neto em relação ao gueto seja quebrado mais uma vez, isso porque ontem os números mostraram que não passa de mito. Isso também exclui a existência desse temido carlismo. Acho que Toinho malvadeza não daria espaço para atitudes como essa.
Partidos pequenos, como PV e PPS que compõem a coligação de Neto, deixam Neto a vontade para não fatiar a prefeitura, e sim, colocar pessoas técnicas, capacitadas. Parece difícil, mas é menos podre do que aceitar o povo do PT. Não precisa, quando for ler esse texto, botar tanto nojo como eu no “povo do PT”, tá bom?
Tem o PMDB que deu apoio no segundo turno e vai ser uma confusão retada daqui a um tempo pra saber quem vai pra Senado e pra o Palácio de Ondina. Geddel não abre mão, Lúcio já tem a câmara e tem Nestor Neto, que merece um empurrãozinho na política.
O agradecimento de Neto ontem no palanque ao Deputado Federal, Nelson Pelegrino, mostra também a inexistência de Carlismo ou coisa parecida. Parabenizou pela campanha, agradeceu a disputa e disse que contaria com ele, a presidente Dilma, o vice Temer, o Governador Wagner e todos que pudessem de qualquer forma contribuir para o crescimento de Salvador.
Feliz e satisfeito, como diz Vô Zé Fagundes quando come bem, fui embora com a mesma satisfação.
Leve, alegre, contente. Tenho convicção de que brinquei, fiz zuada, mesmo sendo um boca-preta, querendo o bem de Salvador. O bem pra Salvador hoje é ACM Neto, com as qualidades do Avô, com as suas qualidades, com a faca e o queijo na mão. Ele não se queimar.
Então, você aí que ta contente que o “Carlismo” voltou. Desista! Já era!
É hora de seguir o slogan de Beto Maia. Afinal, é tempo de ideias novas.
domingo, 28 de outubro de 2012
Maria's de Lourdes
São esses os nomes das minhas duas avós.
Comuns, teve essa coincidência que não era tão difícil de acontecer.
A de Jacobina, mãe de mamãe, morreu quando eu ainda tinha oito meses. Ela me conheceu, mas eu não. Câncer, Parkinson e outras complicações a mais.
Dizem as primas que era legal. Mais legal ainda são as histórias meio sem jeito contadas por mamãe. Fazia roupas pras filhas vender na feira. Vendia broa e dava dinheiro pras filhas irem tomar sol na 2 de Janeiro queimada por coca cola quente. Quando nova era bonita feito moça rica. Parece até que os pais delas tinham um pouco de dinheiro. Tudo ficou para os irmãos homens, que hoje pouco tem. A minha aproximação com as gerações passadas é mínima das mínimas. Tem uma história que acho que mamãe me contou quando era pequeno e vou lembrar pra sempre.
A caixa d’água era pouco habitada, mas lá morava uma mulher que devia pouca coisa à minha vó. Mandada ir cobrar, mamãe foi na casa, subindo e descendo serra por duas vezes. Na terceira, novamente sem achar, pulou a janela e pegou livros na estante como forma de pagamento. Chegando em casa, noticiou que não tinha achado e que pegara aqueles livros para ler. In natura, ela nem sabia que tava fazendo isso.
Indignada, Vó Lourdes mandou voltar e botar no mesmo lugar. Quando foi fazer isso, a devedora já estava em casa. E agora? Pular novamente? Teve que bater palminhas, contar toda a história pra devolver os livros.
O Parkinson faz a pessoa tremer sem querer. Tia Olga, do RN, diz que ela me pegava no colo e as mãos tremiam. Com vergonha ela dizia para essa tia que estava me ensinando a dançar. Me imagino bebê rindo pra ela, como se tivesse gostando.
A do RN quando veio a falecer papai tinha pouco mais de dezoito anos.
A do RN era querida ao extremo. Reza as histórias que ouço, que no dia do seu sepultamento a delegacia foi aberta e os presos puderam ir ao seu enterro. É que ela levava água de côco, leite e doces para a delegacia. Ele não deixa transparecer, mas parece ter um sentimento eterno por ela. São histórias que eu sei que não é interessante contar aqui, porque é de família. Mas são bonitas de se ouvir. Não canso.
Sei nem se ele gosta que fale nisso. Mas falo porque já cheguei a dizer que se morresse, morreria feliz. É que encontraria com minhas Maria's de Lourdes.
Se tem uma coisa que não vou fazer quando vivo, é conhecer as minhas avós. Queria muito.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Rapidinhas da Política 2012
“As grandes indústrias de Jacobina são educação e saúde. Turismo, esses negócios, vem depois” Fagundes.
Calma, papai! Né assim não! kkk
“Quando acabar a política vai ter muito vereador doido e liso” Mateusinho
Te dou uma lista com nome completo e número de legenda. Começo pelo 70 ou 36?
“Olhem para a prefeitura e gritem: Fora! Fora! Fora!” Rui Macedo
Era um grito engasgado e bonito de ver.
“Me ligaram querendo me comprar, mas dinheiro eu já tenho. Quero homem pra apostar” DiAssis
Aô caba vei macho e doido! Sangue no olho e pesquisa na mão.
“Painho disse que tem um Thiago Dias que vem estourado” Lucas Dias
E num é que esse João Dias é vivido?!
“Daqui uns dias vai dizer que Duda Mendonça copiou ele também” Tamara Leal
Pegou pesado com minha equipe de marketing, mas bateu bonito.
“Valdice e seu marido inelegível...” Corino Urgente
PQP! Ainda bem que Rui ganhou. Não aguentava mais ver Corino falar mal de Valdice.
“Eu abro mão dos meus votos pra Federal se Amauri reconhecer que Rui é o melhor para Jacobina” Lúcio Vieira Lima
Tá de brinks comigo, né? Não abriria nem pra um trem, veja lá pra Amauri, coitado.
“O 11 significa...cada mulher que não acreditou que pudesse fazer a diferença em Jacobina” Valdice Castro
Eu não acreditava que seria tão...tão...desastroso.
“Quando em Jacobina foi visto um projeto habitacional da magnitude que aconteceu nessa gestão?” Luciano da Locar
Tá. Parei...
“Participei do outro grupo durante 25 anos e hoje estou aqui bem recebido pela família do 15” Cristiano Teti
Sei lá se dura nesse novo lar...Aprendeu muita coisa com Leopoldo. Parece ser um bom aluno.
“Já temos o presidente do PT, já temos o governador que é PT. Só falta um prefeito PT, venha você.” Amauri Teixeixa
Oxente, achei que era ele, mas é você. Mas tá bom de 13. Gosto não, oh...
“Hoje teve reunião pra mudar a estratégia de Edgar no Caém” Rafael Muricy
Teve jeito não, caba véi.
“Oxe, Keu. Arnaldinho ta virando” Gustavo Raonne
Eu disse que era melhor você pular. Era só acompanhar tio Nilton. Ahahha
“Estamos trabalhando pra ter de mil a mil e duzentos votos” Marcos Andrade
Quantos? Quem? Nessa eleição? Ok!
"Quer apostar?" Dips
Nunca vi gostar de tanta aposta... Deus é pai!
“Eu não voto em Rui, voto e confio no seu pai” João Ribeiro
Valeu, Dr. Sou do seu time. Rui tem que surpreender a gente. Quero isso dele.
“Pra mim você é o prefeito” Neide da Lunar
Pra mim não. É um colaborador...dos bons, confesso.
“Confirmei Gildo Mota e Rui e Fagundes” Vicente Gouveia
Essa merecia uma foto de Cristiano Teti olhando pra papai. Foi balançando a cabeça dizendo NÃO risonho.
"Eu já sabia" Galdino
Eu sabia de nada não. E morria de medo! Mas ouvi do senhor que "a única certeza que temos da vida é a família".
“No Junco o 15 tem três vereadores. Duas putas e um viado” Toin do bar
Aí eu num sei, mas independente, na próxima eleição é Davi + 14.
“O viado teve mais votos do que Sônia” Raniel
E já não era sabido? Sobe a plaquinha: Eu já sabia!
“Eu conheço esse povo como a palma da minha mão” Flor
Bonito foi a resposta: “Sério? Que coisa linda. Bonito mesmo...”
"Rui perdeu, KEU!!!" Flávio JR
Imaginei Blair de GossipGirl falando em inglês: SÉRIO?
“Sou o vice-prefeito de Jacobina” Fagundes
Estamos em 30 de junho? Não seria o candidato?
“Fagundes disse SIM a Valdice” Marcos Andrade
Uffa! Mateusinho não ficou sabendo. Seria uma boa mídia. Acho que iria fazer muitos rirem.
"Calma! 92% das urnas. Ainda não acabou" Flávio JR
A esperança não acabava. Só perdia pras contas de Daniel Cajé.
“Lojita e Paulo Jacotel são 15” Keu Fagundes
Putz! Que gafe. Prato cheio pra situação.
“O macumbeiro disse que o fumo vai entrar em Dr Rui” Netão
Parece que foi mesmo. Dicumforça!
“É 11! É 11! É 11! É 11 porra!!” Omar Brandão
Pela manhã já tava nesse desespero. Como vai? Um bom dia! Classe medonha a minha, viu?! Auto-paguei pau.
“Ei pow. Queria falar com tu. Não deixa teu pai gastar 1 milhão não.” Ribeirinho da Sapucaia
Eu dei o recado pra ele, mas ele tem milhão não. KKKKK
terça-feira, 2 de outubro de 2012
E você, vota(ria) em quem?
Essa época é complicada, mas é gostoso fazer torcida, acreditar num projeto, numa pessoa ou num determinado grupo.
Não vou adentrar no mérito político das explicações, das teorias da coletividade ou qualquer que seja.
Direi apenas a cidade e o prefeito que eu votaria para vereador e/ou prefeito.
Vem comigo! Vem torcer comigo! A sua cidade tem muito a melhorar com essas intenções de voto, modesta parte.
Salvador – 1º turno Mário 15 e Edvaldo Brito – 14 100
2 º turno Neto 25
Feira de Santana – Zé Ronaldo 25
Nova Fátima – Amado 22
Ourolândia – Yohnara – 13
Umburanas – Roberto Bruno – 44
Miguel Calmon – Cáca – 13
Caém – Arnaldinho – 40
Capim Grosso – Marcos – 65
Serrolândia – Gildo 65 e Beto Maia 65 000
Várzea do Poço – Paulo 65 e Willyan 65 656
Caldeirão Grande - Aparecida 45
Coité - Assis 13
E Jacobina?
Peense num negócio complicado é votar pra verador.
Direi alguns nomes que morro de vontade de votar e que só me decidirei na hora “H”. Merecem meu respeito, são respeitosos, são comprometidos com as causas que defendem ou mesmo por uma questão de afinidade e ir com a cara do tal. Sem essa de “não voto em fulano que ele quer legislar o que compete a União”. Isso deixa pra depois. O voto pra vereador é difícil justamente por isso, por termos um balaio recheado de boas opções. Com a quantidade de aproveitadores e nomes horrorosos, segue abaixo minhas sugestões:
Zé do PT – Dr Pedro – Dr Aloísio – Sônia do Junco – Milton da Natureza – Professor Dibas – Tavinho
E pra prefeito? Vou com a vontade do povo. Vou com o 15.
Boa sorte pra todos no domingo, dia 7.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Anjo negro iluminado
Amanhã quem completa nova primavera nesse começo de primavera é o meu parceiro de faculdade, futuro colega de profissão e eterno amigo, Igor Carvalho.
Direto da cidade baixa, do lugar mais lindo de Salvador com suas praias, churrascos na laje e muita alegria. Como Denni timbalada grita: PARIPE!!
Essa semana foi um verdadeiro inferno astral na vida do cidadão.
Depois de mais um convite pra ir a sua casa, comer as delícias de dona Kátia, para comemorar o seu aniversário, fizemos uma verdadeira coisa do mal. rs
Todos, absolutamente todos não poderão ir à sua casa. Ninguém poderá almoçar com ele amanhã. Ninguém poderá ao menos sair pra tomar uma cervejinha com nosso "Iguinho".
Tudo mentira. É tudo muito amor.
Amanhã teremos uma surpresa legal pra ele. Iremos fazer a prova de direito de família, sair, sentar, conversar como de praxe e ficar na praça de alimentação da Jorge, como se nada estivesse acontecendo.
É aí então que todos deixarão ele na mesa sozinho, sem que perceba. Voltaremos todos com uma bela torta, chapéu de aniversário de criança e muita alegria e emoção.
Ele vai adorar!!
Hoje ele me perguntou assim:
"Vc ta achando que to puto com você né, vei?"
Eu? To achando nada.
Pena que não poderemos ficar com você amanhã. Só isso. Que pena, IGUINHO! HahaHahAHAh
"Como um príncipe encantado, bem preto como um carvão. Anjo negro iluminado"
Meus parabéns, mão!
Deus continue abençoando você e sua família. São ouros lapidados.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Que coisa feia, tio Edvardo.
Dei início hoje pela manhã ao meu segundo congresso jurídico. O primeiro, discutimos as novas teses das ciências criminais. Nesse segundo, um pouco diferente, falaremos dias 13, 14 e 15 de setembro sobre as mudanças do CPC.
Com os mais variados temas, uns estranhos, outros comuns e habituais da sala de aula, serão mais de 20 horas de puro civil.
Grande nomes, grandes mestres e algumas decepções.
Ada Pellegrini falou sobre prescrição e decadência nas ações de improbidade administrativa. Um sono só...Pode ser renomada como for, mas entrou no rol de juristas que estão no folheto de palestras para atrair a atenção do cliente/estudante.
Humberto Theodoro Junior, o qual tenho o prazer de ter uma obra sua, foi pra mim, morno, monótono. O que a gente menos quer saber nesses congressos é de histórica, aristocracia, parlamento de mil seiscentos e lá vai bolinha...sei da importância (ou não), mas sinceramente, é preciso dinamizar esse tipo de encontro.
O que me traz aqui é a presença do meu querido “Edvardo meu fiu”. Nada mais, nada menos que o nosso vice-prefeito de Salvador e candidato a vereador, Edvaldo Brito.
Entre um intervalo e outro, Igor o-avistou e não acreditava no “tamain do negão”. Animado, fui cumprimenta-lo e não perdi a oportunidade de dizer:
- Bora meu vereador!
Um aperto de mão firme e um pedido de apoio.
Depois das apresentações dos presidentes de mesa e o famoso “sem mais delongas”, que é demorado pra caralho, Edvaldo pegou o microfone começou seu showmício.
No começo ele arrancava algumas palmas entre um pause e outro, mas logo se percebeu que naquela palestra sobre direitos reais e seus direitos “res nullius” e “res derelicta”, ele aproveitava a oportunidade e se valia das suas armas políticas. Dedo pra cima, voz quase falhando, falando sem pause, supervalorização da juventude, batidas firmes no peito e mais uma vez palmas e mais palmas, sempre puxadas por uns que estavam lá na frente. Entendi como assessores ou “cabra-eleitorais”.
Falava repetidamente que era filho de pedreiro e de lavadeira. Falava repetidamente que era um “negão ousado” que tem orgulho de ser advogado e que em São Paulo foi discriminado.
Enfim, Edvaldo utilizou do nosso palco do centro de convenções pra se autopromover, para entregar um plano de aula com suas qualidades em letras garrafais e esquema de direito minúsculo.
Eu fiquei extremamente chateado com a situação. Comício eu vou de livre espontânea vontade. Congresso eu pago pra assistir. Edvaldo Brito, o jurista e político eu admirava de corpo e alma. Saí do STIEP um pouco retado com o comportamento do nosso futuro vereador e advogado até a morte.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Ações da UJJA no Governo 15
O projeto do “Jacobina é 15” a cada dia que passa toma proporções que nos guiam para a vitória no dia 7 de outubro.
Mas, e eu que estou participando diretamente do pleito e dando minha cara a tapa? O que tenho para oferecer?
Das várias áreas que Rui e Fagundes se propõem a fazer nos quatro anos de mandato, eu, Cleuber, irei tomar a frente de algumas ações.
São inúmeras, algumas são sonhos, mas como disse meu amigo Itã, tudo começa de uma viagem e os primeiros que acreditam fazem dos sonhadores líderes.
1ª ação: Executar a primeira caminhada da diversidade –
É um projeto da UJJA (União da Juventude Jacobinense) que, infelizmente, ficou no papel por falta de recursos e tempo. Acredito que se tivéssemos uma das duas coisas (tempo ou recurso), obteríamos êxito nessa empreitada. É algo diferente, novo, que reúne num dia de festa os mais variados tipos de protestos. Ala de negros, idosos, crianças, mulheres, cultura, LGBT, sociedade civil, etc...que organizados reivindicarão, mostrarão suas forças, sua gente, seus trabalhos. Peças teatrais, marujada, “blocos dos cão”, seria bacana.
Você já parou pra pensar o que seria essa manifestação? Será, sem dúvidas, algo marcante pra história de Jacobina. O intuito é torna-la oficial no calendário de festas da cidade.
2ª ação: domingo da árvore
Como a atual administração vem matando constantemente árvores que nos sombreiam e às vezes fazem até parte da história da comunidade, criaríamos um domingo solidário, com mudas de plantas doadas das mais diversas espécies, acompanhados da guarda municipal, da secretaria de agricultura, de botânicos, urbanistas e todos que simpatizam com a causa que é nobre. Movimentaria os domingos monótonos de Jacobina em prol de uma cidade mais verde, mais limpa de se ver e respirar. Não podemos e não vou deixar Jacobina perder sua essência de interior bom de se viver, passear, trabalhar, morar.
3ª ação: Ciclovias Jacobina
Sou muito adepto ao Partido Verde (PV), que muito embora tenha a minha querida Marina Silva como candidata a presidente na disputa passada (2010), temos também na nossa base aliada pessoas como Cledson Sady, Osvaldo Licuri, Ivan Aquino, Gracinha, Professor Dibas e Milton da Natureza. É um partido novo, com ideias novas, olhar futurista.
Pensando nisso, criarei junto com algumas criaturas que estudam e sonham comigo, um projeto que viabilize no condomínio motinha ou no parque Santana (anexo à missão) um parque de caminhada, com ciclovias, pistas de skate, bike, patins e um palco para pequenas apresentações e/ou manifestações culturais.
Talvez seja o mais difícil que tenho em mente, visto que exige um projeto bem elaborado, uma passagem na câmera de vereadores e a sanção do nosso executivo.
Seria a hora de buscar recursos com o privado, uma mineração da vida, que vai acrescentar muito na nossa administração.
4ª ação: Som de quarta
Já pensou no quão inútil é aquela concha acústica?
Já pensou, também, como é fácil torna-la um ponto turístico, um ponto de apoio para os artistas jacobinenses?
Jailton Leres e Augusto Jacobina, dois cantores da cidade, são candidatos a vereadores pela chapa “Para reconstruir Jacobina” depois de levar infinitos “não” da atual administração. Muito criticados por serem artistas e disputarem uma vaga no legislativo, essas duas figuras e toda a gama de artista de Jacobina, merecem respeito e incentivo.
Jacobina é historicamente falando, berço de vários artistas que, por questão de sobrevivência, saem da nossa cidade pra buscar a música lá fora.
Eu sou um apaixonado pela música, e repito, fazendo parte diretamente da família 15, tentarei fazer o “som de quarta” na concha acústica.
É um projeto simples e alternativo. Seriam aqueles degraus da concha os responsáveis por muitos romances, muita diversão, som de qualidade e uma boa pedida para sair de casa num dia normal e “de branco” como é a quarta feira. Mais um dia de movimento para o nosso Alto da Missão, que já é contemplado pelo movimentado rodízio de Pizza do Ponto Chic. Todos os bares e restaures ganhariam também com a iniciativa. Ambulantes, equipe de som, iluminação, mídia, rádio. Jacobina é rica, precisa que seu dinheiro circule dentro dela.
5ª ação: Reuniões distritais
Quando cheguei numa comunidade nas caminhadas do “QG 15”, entrei num bar e ouvi um jovem enfaixado e meio bêbado.
“Só assim o Soropó vê gente. Quem vai pagar uma pra mim?”
Na hora eu desisti de comprar a água e fiquei matutando.
“Eu vou tentar mudar isso, fica vendo”. Pensei sozinho. Dizem que é por falta de tempo, mas pensei em montar um esquema de visitas mensais. Os representantes do executivo e os do legislativo que tivessem interesse, sairiam um domingo por mês para determinado distrito.
Ex: Domingo, dia 15: Visita ao povoado do Pau Ferro: A comitiva sairia e andaria de casa em casa, como se faz agora nas políticas. Ao invés de pedir voto, ouviríamos os pedidos, os elogios, as críticas, as reclamações e duvidas da população daquele local. Afinal, o voto eles já nos deram, agora falta a nossa contrapartida. Ao final, um almoço, um lanche, uma confraternização com aqueles que ali residem. Sem segregar quem é A ou B, movimentaríamos e faríamos daquela visita algo esperado pela comunidade e com o resultado, sairia um filtro com as necessidades mais iminentes.
É uma forma de valorizar aquela população, de aproxima-los da administração pública e de fazê-los parte do nosso governo.
Vamos pensar nisso?
Eu sei que tem pra mais de 15 mil querendo me ajudar e fazer parte disso tudo.
É tempo de mudar, de chegar junto, da juventude fazer a diferença, tomar pé da situação, tomar a frente de projetos, mostrar serviço e compromisso com a comunidade.
Avante 15!!
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Amaury: o deputado e o candidato
Por Lucas Dias,
O cenário político de jacobina tem se mostrado interessante. Há dois anos, a eleição do Deputado Federal Amaury Teixeira promovia no jacobinense a esperança de mudança. Certamente, os quase dez mil votos destinados ao deputado haveriam de ser recompensados com um trabalho serio na Câmara. O trabalho veio, e junto com ele os rumores de que Amaury seria um dos prefeituráveis do “time de Lula”. Para alguns a candidatura do deputado soava como a mudança que há anos era sonhada, para os grupos políticos que se alternavam à frente da prefeitura o sentimento era de preocupação.
Chegado este ano eleitoral a candidatura que vinha se desenhando acabou por se concretizar. Amaury se recusou a fazer aliança com os adversários e vem sustentando a ideia de que poderá assumir a prefeitura no próximo ano. Na verdade, as pesquisas apontam que o deputado chegará ao final da eleição como terceiro colocado com uma votação pouco expressiva.
Por trás das estatísticas o que se revela é a imaturidade política do candidato. Amaury não vem agradando quando o assunto é politicagem, escolheu péssimos “companheiros” e parece não ter o segredo do aperto de mão que garantem o voto do indeciso.
O deputado que se mostra fraco no discurso e pouco carismático, é um político e tanto. Não a figura do político das ruas, das feiras e das caminhadas, mas aquele que sabe fazer trajando terno e gravata.
Cresci ouvindo a voz sabia de meu avô que dizia “há males que vem para o bem. Talvez a falta de “politicagem”, essencial quando se fala em eleições municipais, possa continuar revelando o bom “politico” que é o Deputado.
Com um pensamento que deixa de lado a vaidade e o egoísmo, diria que Jacobina tem Federal, falta-lhe um prefeito.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Atendimento na PROFIS
Essa semana (13 a 17 de agosto) eu sou o escalado para fazer atendimento na PGE/PROFIS. Ou seja, vou ver as pessoas que eu cobro todo santo dia através de telegramas e por telefone.
A gente trabalha com os dois impostos estaduais. São eles o ICMS e IPVA.
Hoje é meu quarto dia e já entendo o porquê mamãe é fascinada pela Receita, pelos seus contribuintes.
Eu cheguei meio assustado, com a cara, a coragem e a ordem. “Cleuber, é você no atendimento”. Só fiz me apresentar e sentar na minha cadeirinha.
Passado o nervoso do primeiro dia, vou para o quinto e ultimo bem tranquilo e carregado de elogios. Como deixei de ficar o dia todo com meus coleguinhas do parcelamento, ganhei novos. Eles dão risada do meu sotaque, logo querem conhecer Jacobina e hoje me carregaram de elogios. “Vc sentiu a pressão, né? Mas você ta jogando duro”. “Rapaz...Cleuber não para! Tirou de letra”.
Na saída eu peguei na mão de cada um e eles riam comigo, felizes com a desenvoltura.
Lá em baixo eu tô com a bola toda, mas lá em cima, com a coordenadora mesmo tomei uns dois quilos de “prestenção no serviço”.
Quando se tem boa vontade, se sabe ouvir e procura entender o lado de quem está do lado de lá é bom demais. Você entrega um DAE (documento de arrecadação estadual) para o cidadão e ele ainda beija sua mão – literalmente - por ter, finalmente, resolvido seu pepino.
Certos comportamentos me credenciam para ser no futuro bem próximo um bom advogado. Acho até que esse atendimento me ascendeu uma lâmpada para o meu TCC (trabalho de conclusão de curso). Até onde vão os limites do Estado? Parar por aqui, afinal, hoje sou um estagiário que advoga para tal.
Grande abraço de Cleuber, Glauber, Cleiton ou qualquer outro nome que o contribuinte consiga entender ao me cumprimentar.
Na foto meus amigos de estágio.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Em Salvador eu voto para prefeito!!
Não sei se o título é embaraçoso, mas quero dizer que em Salvador votaria para prefeito, e não, voto para prefeito em Salvador.
Vamos procurar entender?
Disputam uma vaga no palácio Tomé de Souza seis criaturas, sendo eles ACM Neto (DEM), Hamilton Assis (PSOL), Márcio Marinho (PRB), Mário Kertész (PMDB), Nelson Pelegrino (PT) e Rogério da Luz (PRTB).
Tirando a ordem alfabética da coisa, como manda a lei eleitoral, nos restam apenas três grandes nomes que, de fato, brigam por esta vaga. Diria até que, dessa vez lembrando de Uziel Bueno, só pensam em ter uma secretaria ou coordenação em Janeiro de 2013.
Na minha opinião, restam ACM Neto, Mário Kertész e Pelegrino.
O PT vem com um chamado desgaste político. Acho até que a nível nacional e estadual. Mensalão, o filho mais novo de Lula, e as mais polêmicas greves na Bahia (PM’s/Rodoviários/Professores) queimam o PT de tal forma que nenhuma cidade na Bahia consegue emplacar (vide Jacobina). Desta forma, anulamos o PT, que mesmo não brincando em serviço e com a máquina na mão, vejo bastante enfraquecido.
Neto, novo, inteligente, não quer se queimar na política e promete ser o melhor prefeito que Salvador já teve. Duvido muito. Aprendi com Itã que o primeiro ano de governo de qualquer que seja a esfera da administração pública, serve único e exclusivamente para dar segmento ao plano de governo anterior e por ordem na casa. Passado esse tempo, resta um ano para Neto angariar fundos para lançar a sua campanha para o tão sonhado GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA.
Sendo assim, ao invés de arriscar meu voto num cidadão com “companheiros” saturados e envergonhados de pertencer à sigla e com um pré candidato a governador do Estado, votaria no radialista Mário Kertész. Confessando aqui que conheço pouco a sua trajetória, dizem que sua administração quando prefeito foi fraca. Mas, ouço também que na época o Carlismo predominava, era por indicação, não completou o mandato, etc e tal.
Me preocupo com Salvador porque hoje resido nela. Quero o bem dela e desse povo engraçado, simpático e trabalhador. Além disso tudo, os vices dos dois candidatos que descartei anteriormente me assustam. Com todo respeito às mulheres, não quero que nenhuma tome conta de Salvador. Tenho uma experiência a nível local que me causa estranheza, náuseas e dar forças para tirá-la.
Além disso (novamente), o vice de Mário, o pequeno notável Nestor Neto, me agrada muito. É atuante, cabeça nova, fresca e vai exercer bem seu papel de vice.
Cá pra nóis...tem vice prefeito dando trabalho!!!
Vote 15!
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Não vem que não tem!
Existem dias que parecem eternos. Ele não passa. O celular não toca ou toca demais. A notícia não vem, a notícia chega logo. Na vida a gente tem que tomar decisões especiais, decisões que nos guiarão para o resto da vida.
Estou vivendo uma fase dessas. Fase de decisões que irão me guiar, irão me definir. Importante mesmo é poder chegar ao fim desse dia corrido e quase que eterno e poder dormir tranquilo, leve, sadio, satisfeito.
Bom mesmo é ter alguém que toma decisões dessas, compartilham e se torna um exemplo. "Nunca vão me olhar torto" - "Nunca vão me incluir nessa lista".
Môs parabéns. Dormindo feliz...Boa noite!!
terça-feira, 17 de julho de 2012
Entrevista com Fagundes - A Notícia
José Maria Fagundes, 55 anos, casado, pai de dois filhos, técnico em mineração e empresário, natural de Nísia Floresta (RN), residente em Jacobina desde abril de 1983.
Maria da Conceição Lopes – Advogada: Fagundes, há quatro anos atrás você atacou de forma intensa a política e a forma de administração do ex-gestor, hoje seu líder político. A repercussão desfavorável em relação à sua "nova aliança" encontra-se ativa na população. Não seria isso uma forma de demonstração de que não há segurança no político Fagundes?
Fagundes - Líder político? Comigo isso não existe. Somos aliados em busca de algo novo. É absolutamente normal que haja uma repercussão nesse sentido. Marchei com a situação até o dia da eleição em 2008. Antes mesmo de a prefeita assumir eu já era oposição. Não podia ser conivente com o que assisti de perto. Por fim, segurança no político FAGUNDES vocês não vão ter nunca. Entrarei como empresário, com uma visão administrativa, de crescimento, de prosperidade. Político aponta dedo. Fagundes corrige o erro. Político fala mal. Fagundes aconselha. Muito prazer, Fagundes.
Júnior Federal – Policial Federal: O que levou Dr. Rui Macedo, de última hora, reverter uma situação com Juliano Cruz, e colocá-lo como candidato a vice prefeito, já que um dos motivos do "racha", segundo comentários na cidade, foi a escolha do nome do vice?
Fagundes –
O vice-prefeito de uma cidade exerce uma função de suma importância. Acredito que tenha que ser uma decisão pensada, e não de ultima hora. Várias pessoas foram sondadas para poder melhor exercer o cargo. Fui escolhido pelos representantes dos partidos da base da candidatura. Não votei, apenas fui votado.
Mateus Sousa – comunicólogo: Você não é conhecido da juventude, não tem carisma político. Qual a sua opinião para ter sido escolhido no lugar de Juliano para ser o candidato a vice-prefeito?
Fagundes – Fui escolhido justamente por ser isso que você diz que não sou. Pai de dois jovens, sou amigo dos amigos dos meus filhos. Orgulho-me de ter o respeito e carinho dessa massa juvenil. Sou gritado na feira livre, sou o que sento na matriz, que jogo dama na missão e no mercado velho. Sou Fagundes. Apenas...
Mateus Carvalho – publicitário: É público e notório que o atual governador Jaques Wagner odeia o político Rui Macedo, isso atrapalha vocês e tira confiança do eleitor em votar na chapa pois sabem que se acontecer a vitória Jacobina pode ter um atraso devido a esse motivo. Você tem alguma ideia para conter esse problema?
Fagundes – Acho que nos ajuda. O desgaste do atual governador da Bahia está passando dos limites. Brincando com segmentos essenciais para um país que se considera em desenvolvimento. Por favor, ignorar a educação não dá.
Vanessa Tínel – Estudante Assistência Social: Rui vem de um desgaste de duas derrotas seguidas, vai enfrentar duas máquinas, uma da prefeitura e outra do governo do estado, isso não desanima?
Fagundes – Só uma coisa poderia me desanimar. Acordar na segunda feira pós-eleição e pensar que poderia ter feito algo para o pior não acontecer. É isso que estou fazendo. Atendendo a um pedido dos meus amigos, conhecidos e população em geral que não aguentam mais. A maior máquina de Jacobina é um pedido de socorro!
Simão Pedro – estudante do Yolanda: Fagundes, todos sabemos que derrotar a situação, que está frente ao governo não é fácil. Porém, qual o plano de metas, será apresentado pelo grupo, para o bem estar e melhoria do povo jacobinense?
Fagundes – Respondo agora a pergunta de um amigo do meu filho. Tenham certeza que também é meu amigo. Teremos três intensos meses pra demonstrar nosso plano de metas. Repito: As grandes indústrias que se pode pensar pra Jacobina chamam-se educação, saúde e infraestrutura. Serão quatro anos administrativamente falando nunca vistos nessa cidade.
Equipe A Notícia: Fique a vontade para fazer as suas considerações finais.
Fagundes – Quando cheguei em Jacobina, em plena micareta, em abril de 1983 como estagiário da mineração, nunca que poderia imaginar responder essas perguntas. Dei cada passo, construí cada degrau pra um dia chegar a esse patamar de respeito e consideração mútua com a população jacobinense. É uma experiência diferente, ousada. Entro com o objetivo de acrescentar. Se for para diminuir, nunca me prestaria a esse papel. Rui Macedo terá um parceiro ao seu lado. Um grande abraço, Fagundes.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Manu Profis - Surpresa boa
Com seis meses de estágio nas costas, recebo hoje a notícia que Manu irá nos deixar. Mais do que uma colega de uma às cinco da tarde, Manu Profis não chega a ser uma amiga confidente, mas se tornou e é especial.
9 de janeiro, aqui nesse mesmo ambiente sentei do lado de uma menina bonita, bem arrumada e com belos dotes.
Como disse Cabelinho, uma “mulher” como essa não poderia não ter namorado. Seria injusto!
Nervoso, tenso e com medo de uma mudança, aprendi tudo detalhadamente por essa figura paciente e com o dom de ensinar. Esse mesmo medo ela ta vivendo agora. O medo da mudança, da recepção, do como chegar, como sair, como nos deixar, também.
Somos meio que uma família no turno vespertino. Acreditem!
Fico imaginando daqui um tempo como vai ser...
Se ela me permitir, nunca mudarei o seu nome no meu celular. Mesmo advogada, promotora, juíza ou com uma cela especial por ter curso superior na Lemos de Brito, será pra mim sempre a Manu Profis, mesmo sabendo do seu sobrenome Lobo e sua mãe Lícia e o digníssimo famoso e ainda anônimo Mateus Durães.
Boa sorte, Manuela! Vou/iremos todos sentir falta da sua beleza, simpatia e companhia aqui na PGE/Profis.
Mais do que uma estagiária, você foi uma “boa supresa”.
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Espumas ao vento - Jeo e Nega Mai
Hoje a noite o poeta forrozeiro Flávio José irá tocar aqui em Salvador. Como de costume, sempre gosto de assistir os seus shows, mas hoje, mesmo tão perto, vou perder.
Ouvir falar nele me lembra alguns episódios engraçados. Tem um que eu me acabo de rir com Renatinha. É que logo quando cheguei na faculdade eu tagarelava falando de Jacobina, e acabei falando de uma certa quadra de vôlei.
Era mais ou menos assim: Uma quadra de vôlei, uma rede, duas duplas. De um lado eu e Maiara, minha digníssima namorada na época. Do outro, Jéssica Liz com qualquer outra pessoa. Durante o jogo, exigente e chato que sou, sempre reclamava com os erros de Maiara, que por sinal jogava muito. Jéssica, pra não perder a graça, começava a cantarolar do outro lado.
“Sei que ai dentro ainda mora um pedacinho de mim, um grande amor não se acaba assim, feito espumas ao vento”.
Já vi gente ficar com raiva, mas com essa música só faltava matar a nega Mai do coração.
A fase passa, as cenas ficam e marcam pra vida toda.
Como era bom...muito bom!
Eu amo as duas de coração!!! Beijos, meninas!
O levante da política de pão e circo
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Finalmente o cenário político começa a se definir. Os jornais, rádios, televisão e revistas começam a veicular as notícias e a mostrar sua parcialidade, infelizmente, diante das eleições 2012. Cada um defende seus interesses como pode, sem, é claro, pensar na grande massa em quem, de fato, sentirá na pele o peso das decisões apuradas em outubro nas urnas.
A política de pão e circo romana vem à tona mais do que nunca nesse período. Agora, sem máscaras, pelo menos pra mim. Digo que vem à tona, por que nunca deixou de existir. A diferença é que as apresentações de carnificina com os leões foram substituídas por micaretas e obras “tapa buraco” e agora é o povo que luta por sua sobrevivência. Peço perdão pelo coloquialismo, mas é que não encontrei outro termo pra definir as obras feitas no último ano de mandato dos políticos em todo o Brasil, inclusive na cidade “rodeada por serras majestosas”. Esse é o momento de mostrar serviço à população; surgem obras por toda a cidade, em prol, segundo os representantes do povo, do bem estar da comunidade. Eles se esquecem de dizer que fazem as obras a fim de investir numa possível e esperada reeleição. Essa é realmente uma das grandes ironias dessa história. Roubar mais 4 anos não tem preço. Aliás, quem paga o preço é você, cidadão que trabalha 8 horas por dia para ganhar 1 salário mínimo.
Me pergunto como é tão fácil ludibriar assim a população. Não é possível que não enxerguemos os verdadeiros interesses, aqueles que estão por trás de cada ‘jogada política’ – jogada de mestre, diga-se de passagem. Às vezes eu penso que estou no meio de uma partida de xadrez, onde cada um planeja e prevê as jogadas do seu adversário. A política é, sem dúvidas, um jogo de inteligência, mas diferente do xadrez, a moral e os bons costumes não valem muito. Contudo, como no jogo, apenas um poderá dar o xeque-mate. E acreditem, para conseguir a vitória vale tudo! E game over para o povo!
A corrupção, a sujeira e a impunidade envergonham a ‘pátria amada’. A política virou um circo, onde os palhaços são, na verdade, a sociedade. E os mágicos, os próprios políticos, que são capazes de trapacear e fazer desaparecer provas que os incriminam da tão assistida improbidade administrativa, além, é claro, de desviar o dinheiro público; fazendo valer a idéia de que no Brasil ‘tudo acaba em pizza’. Esse circo, no entanto, não desperta bom humor, ao contrário, causa indignação.
Muitos preferem fingir não ver, não se importar e não perceber toda a movimentação existente por trás das cortinas do espetáculo político. Fechar os olhos para essa realidade feia deve ser mais fácil, pelo menos para alguns. Falo isso por que muitas vezes preferi ter fechado os meus para as contradições do sistema. Talvez por amar tanto o meu país, a minha cidade. Mas enfim, essa não é a melhor solução. Cruzar os braços nunca fez ninguém conseguir nada. É preciso ter esperança, defender as nossas ideologias e lutar pela tão sonhada democracia, que ainda está longe de ser totalmente compreendida e cumprida.
Como boa sonhadora que sou, prefiro acreditar que no meio de tanta sujeira, ainda existem políticos sérios, responsáveis e de bom senso. Capazes de lutar pelos direitos da população que o elegeu e pelo bem da nossa nação/cidade. A decepção de muitos é tão grande, que até fica difícil reconhecer esses tais políticos que se encontram em extinção em meio a tanta roubalheira e descaso.
O eleitor esperto vai pesquisar, estudar as propostas, verificar o passado político dos candidatos e também a índole. Convido a todos os jovens, não só de idade, mas de alma, a refletirem um pouco antes de dar um passo tão importante – escolher seus representantes. O voto é o exercício da cidadania. Suas escolhas podem mudar a realidade social do seu país/cidade. Vamos ter cautela e senso crítico.
SAÍZE FREIRE
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Jardim do Campinho
Mais uma noite que acordo e venho escrever. É que percebi que fazia tempo que eu não me benzia. Aquele em nome do pai, filho, espírito, santo e o amém.
Lembrei de alguns amigos. Luan, irmão de Luquinhas, e de Lucas cabeção. Luan lembrei porque ele sempre dizia que antes de dormir rezava, caso estivesse cansado, era no mínimo um pai nosso. Era um ensinamento bonito que aprendera com sua avó lá do balneário. Hoje a gente se cruza pelas ruas e um “oi” é tudo.
Esse outro amigo é Lucas. Filho de Leu e Iran. Irmão de Igor, Bim e Juninho. Eram quatro irmãos. Sim, eram quatro. Lucas faleceu num acidente de caminhão em 2010 ou 2011.
Amigo/primo do meu amigo Terão e Cley, filhos do saudoso Leão e Tereza, Lucas era criança como eu, brincalhão como eu, porém um pouco mais velho. Acho até que papai não aprovava nossa amizade.
Cheguei até a passar um final de semana no sítio dele. Ficava na serra da pingadeira, alí depois da Vila Feliz, bairro jacobinense.
Lembrei dele ao lembrar do campinho. Terreno baldio que fica vizinho a minha antiga casa. Lá a gente brincava de tudo, só precisava uma boa sandália pra proteger dos terríveis espinhos.
Pensando em acabar e fazer daquele terreno infértil algo produtivo, iniciei com Lucas, com minhas invenções agrárias, um jardim.
Regamos por alguns dias, botamos terra, barro e até trouxemos um saco de esterco para adubar o solo. Plantamos todos os tipos de flores. Plantamos também coentro, alface e cebolinha pra vender na quitanda dele. Acho que pegava a minha parte em bolas de gude ou chupava melancia por conta da casa.
O jardim era lindão. Vivo, feliz, bem cuidado, com pedras ao redor de cada flor plantada. Arrancava até elogios das velhinhas insuportáveis lá da rua.
Hoje, muuuito tempo depois, estou aqui contanto um pedaço de uma história pra vocês. Falar que Lucas era meu melhor amigo é bobagem. Tivemos nossa fase de andarmos juntos, aprontarmos, brincarmos. Porque a vida é feita disso. É feita de pessoas que passam por nós e deixam sua marca, mesmo que seja pequena, que seja um jardim plantado no quintal emprestado da sua casa.
Espero do fundo do meu coração duro e lacrimejoso, que papai do céu tenha guardado um bom lugar pra ele. Mais um jovem nas estatísticas em mortes acidentais nas rodovias.
sábado, 16 de junho de 2012
Vou sentir saudades! Vou? Vou...
Eu cheguei em Salvador em fevereiro de 2010 pra estudar e morar com Sara. Dois anos e meio depois Sara se formou e eu vou morar só.
Se vai ser bom ou ruim ainda não sei, mas a minha encostada de testa no vidro da janela me fez pensar muito em uma fração de tempo. (16-06-12).
Quantas vezes já desci a ladeira do prédio querendo ir ou que ela fosse embora? Quantas vezes já pensei em jogar tudo pro ar por brigas e confusões bobas.
Agora a pouco fiz uma brincadeira com ela pra pirraçar e ela começou a chorar do nada. Dips achou que foi por causa da brincadeira, mas eu já conheço ela um pouco.
Ela ta sentida porque vai embora, porque vai voltar pra casa, lugar que ela vai ter o máximo de apoio possível, mas vai deixar pra trás cinco anos de uma história construída em Salvador.
O choro foi por causa disso e não pela batida forte provocante na cozinha.
Brigamos mais que tudo nesse mundo, mas somos irmãos. Irmão é sangue. Quando vc menos espera já ta abraçado na porra da cama. Sei que poucos imaginam isso, mas a gente se abraça de verdade.
E os Mc Donalds? Almoços no Canela? Brigas por carro? Me leve! Não levo! Vamos hoje ou amanhã?! E o iguatemi? E o bater na porta do quarto pra levantar e ir pra faculdade? E o saia da sala que eu vou estudar ou assistir?
Ainda bem que eu tenho viadinho que está à minha direita dormindo que vai me ajudar muito. Da mesma forma que eu vou ajuda-lo, afinal, a irmã dele também formou e ta indo simbora. Como não canso de dizer, em Salvador, nesse mundo cão, a gente tem que se ajudar, caso contrário, não sobrevive.
A gente dia desses tomou uma no cabula e brincávamos, falando da liberdade, dos bailes funks e reggaes regrados a muita cachaça e mulher pra gente arroxar. A gente vai ter isso? Só depende da gente. Não teremos, contudo, a nossa querida ou miserável irmã pra gente brigar e ir mandar ir pra porra a hora que quiser.
Valeu, Sara!! Meus parabéns, garoténha.
Imatura você as vezes é. Chata quase sempre. Imcompreensível ad eterno, mas é minha irmã e vai fazar uma falta fora do comum.
Parabéns pela formatura e que logo logo arranje um bom emprego sem ajuda do papai. Competência pra isso você tem de sobra. O seu TCC (à mostra na biblioteca da FJA) tá ai pa provar isso.
Acredito ter aprendido muito nesse período. Quero poder aprender muito mais nessa nova fase, por mais difícil que ela seja.
Conto com vocês, amigos leitores, virtuais ou presenciais.
Vou nessa. Assoar o nariz e lavar o rosto. Essa tela ta um tanto quanto embaçada.
terça-feira, 22 de maio de 2012
VINTEI!!!
Sexta passada, 18 de maio 2012, completei duas décadas de vida. Bem vivida!
Um abraço de Dips e em Sara logo na madrugada (Não imaginava que protagonizariam, mais adiante, um capítulo a parte) e alguns recados no facebook.
Pela manhã, pegar Gi na rodoviária. Veio de Jacobina ao meu pedido, deixando mamãe e seu braço de radiola.
Umas onze da manhã, já sem querer ir pra aula, recebo minhas primeiras visitas. Os bonitões Itã e Netão. Serviu pra confirmar que iria ficar por ali mesmo, sem faculdade e talvez, sem estágio.
Ao redor de vários e excelentes amigos, tomamos cervejas, cervejas...só me restava comunicar que tiraria um dia de folga na minha querida PGE/PROFIS, mesmo desejando infinitamente receber o abraço das minhas amigas de estágio.
- Fome bateu, bota na mesa, Gicélia!!!
Gritavam os meninos, ansiosos para comer o delicioso e repetitivo nas datas comemorativas vatapá de Gi.
Fabi, Rafael, Dips, Marcão, Netão, Itã, Daniel, Gi, Sara, Jeane, Lando, Brunna e Caps me acompanhavam no dia legal.
A tarde se estendeu com mais cervejas, mais comidas, som alto no quarto, um DVD antigo do parque das sete passagens em 2007 e várias conversas pra recordar, pra não perder o pique nem o costume.
Por volta das seis da tarde fomos até o Garcia, alí atrás, continuar a bebedeira. Dessa vez somente Dips e Marcão. Como toda em mesa de bar, além de pepetas, falamos sobre o pleito de outubro. Isso me assustou, me deu vontade de ir no dia votar e vir embora. Quero que chegue novembro, ou segunda pós eleição me basta.
O bolo dos Raizeiros, presenteado por Sara, digamos que tenha sido a grande e boa surpresa do dia 18.
Depois, ainda na sexta, fomos para o bar de Selminha, no meu querido Doron. Várias cervejas e o empório nos esperava.
Dizem que já foi um ambiente melhor, mas acho bastante animado. Dips e suas danças lindas de morrer, eu conversando com uma menina louca e Marcão querendo dar a sorte de Dips.
Ressaca! E assim começou o dia que oficialmente comemoraria o meu aniversário. O sábado, dia que ngm teoricamente trabalha nem estuda, mesmo tendo uma importante aula de processo civil, fomos arrumar as coisas, checar cerveja, comprar detalhes que faltavam e rezar pra parar de chover. Eu realmente queria que muita gente fosse comer essa água.
Cheguei a acreditar que não tomariam as 5 caixas de cerveja que havia comprado. Doce engano! Terminamos com o dobro.
Churrasco excelente, todo o cuidado de mamãe em mandar, preparar, oferecer e ajudar; A paciência de Gi em não se estressar com meus amiguinhos que pertubam demais; A presença de várias pessoas legais.
Pessoal de Jacobina, da faculdade, do estágio, do prédio...estivemos todos durante todo o dia 19 comemorando as minhas duas décadas.
No final, imprevistos!! Tinha tido boas surpresas durante o final de semana, aquilo não poderia acabar de uma hora pra outra. Seria um bom passo...
Por fim, sem querer me estressar na postagem, continuo acreditando nas pessoas, que um dia possam crescer, amadurecer e resolver seus pepinos.
Não se pode querer brilhar ofuscando ninguém. Inda mais quando se tenta ofuscar a alegria.
Meus peixes! Olhe aqui pro Keu... tão olhando?
Iapois... nenhuma briga deve ser levada a sério quando se tem cachaça pelo meio. O dia seguinte com certeza a mão vem automaticamente na testa e a gente se pergunta:
- Que porra foi essa?
Quero, dessa vez por fim mesmo, registrar uma ligação e um abraço.
O abraço é do meu amigo Caps. Na sexta ele me abraçou e falou algumas coisas. Coisas que todo mundo escreve no facebook, twiiter e Orkut, mas ele sabe dizer do coração olhando pra você. Pena que eu não consigo retribuir o olhar. Eu me abaixo e vou ao banheiro, lavar o rosto.
A ligação é de Vôvo. Zé Fagundes, lá de São José de Mipibu. Se ele lembra ou não, não importa. Mas o que me fez pensar mesmo foi o seguinte:
- Até quando vou ouvir a ligação dele desejando tudo de bom em carreirinha, sem parar, quase sem respirar?
Tomara que por mais uma década. Devo deixar de ser chorão com 30 anos.
Beijos, abraços e obrigado a todos que estiveram comigo em corpo, alma ou coração.
sábado, 12 de maio de 2012
Produtor musical?
Cinco ou seis anos atrás, lá no quarto dos meus pais, uma boa coca e uma passatempo do bar de Carlito.
Uma bolsa de DVDs e muitos sonhos dentro dela.
Não podia ter um dinheiro trocado que eu ia no beco do Paraguai, comprar meus DVDs piratões pra poder assistir. A moça loira da barraca da esquina já gritava:
- Ei, tem novidade!
Na época eu gostava muito e não achava só uma brincadeira. Eu levava a sério. Fazia anotações no meu caderno, as qualidades e defeitos, prós e contras.
O Forró se via louco com meus comentários.
Lembro de alguns trabalhos que me marcaram, como por exemplo, Jorge Vercilo, Alexandre Pires e Alcione.
O DVD volume 2 do Saia e um do Forrozão Chacal também me chamavam muito a atenção pela qualidade.
O volume 1 do Aviões pra mim é um dos piores trabalhos oficiais já realizados, por um simples motivo.
Uma banda do nível e qualidade musical que tem, não poderia abrir um DVD com “olha a barriguinha” depois de uma abertura fantástica.
Fora a questão visual com várias fotos de aniversário de quinze anos espalhadas pelo palco, pingos d’água na câmera (no dia chovia muito em Itapebussú) e ambulantes com várias caixas atrapalhando.
Chego a ter o prazer de dizer que possuo um DVD extraoficial do Saia Rodada que não foi lançado, mas não deixa de ter seu brilho. Foram poucas unidades (tiragem), mas merecia tá no mercado.
Digamos que reativei essa minha paixão por DVDs. Abro, escuto e me delicio com meus vários artistas, tão diferentes e que vocês devem se perguntar:
- Sério que Keu ouve isso?
Ouço sim e adoro!
Dormi ouvindo Maria Gadu e agora acordo ao som da minha Paula Fernandes.
Pontos para a Universal Music.
Essa sabe trabalhar...
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Adeus, Orkut!!
Acabo de excluir um grande amigo, o meu Orkut.
Resisti fazer, resisti excluir.
Nele fiz coisas inimagináveis. Nele me tornei amigo de pessoas especiais, pessoas de todo o Brasil. Alguns já tive o prazer inclusive de conhecer.
Vide Laysa de João Pessoa, Mony, Thayizinha e Max das Alagoas, Priscila, Maria Amanda e Marina do Recife. Acrescentadas ao nobre Raphael Acioli e toda a banda Saia Rodada, que sempre me pediram pra “deixar de confusão” na internet e que a banda tava tentando melhorar, entrando no eixo. Coisa que nunca entrou e nunca vai entrar.
Tem também Dudu e Bia Rodrigues do meu querido Rio Grande do Norte. Jéssica e uma amiga da minha praia de verão Barreta.
Vixeee! São tantas histórias, boas histórias.
Um pause e um salve aos meus eternos companheiros de Forró e da minha amada, mas amada mesmo comunidade do Orkut Saia Rodada x Aviões.
Quase todas dessas amizades surgiu de lá, daquele ambiente que eu morro de saudade.
Tenho certeza absoluta que todos eles também guardam um carinho por mim.
Foii de arrepiar!!!
Me expus, briguei, chorei, namorei, terminei, conheci, dei uma de doido, aprendi a escrever, me relacionei, aprontei e aprendi.
Muito obrigado, Orkut.
Acredite! Parece loucura mas essa ferramenta virtual teve uma passagem significativa na minha vida.
Deixo pra trás muita coisa boa, mas preciso me desapegar aos poucos da internet (como oba-oba). Aproveito a ocasião que ele está defasado e junto com ele a exclusão do meus dois perfis.
Grande abraço, querido!
terça-feira, 8 de maio de 2012
Professores - FJA e Yolanda
Gosto muito da minha faculdade. Lá tenho quase tudo. Um curso reconhecido, bons amigos que vou levar comigo pra sempre, pessoas que por ser de um jeito, me orgulha por ser ao contrário, uma biblioteca completa, praça de alimentação que muitos shoppings perdem, tem até cabelereiro de 20 reais (coisão).
Lá não tenho uma coisa.
Tão simples...
Sinto orgulho do Yolanda porque além de colegas de sala que são meus amigos “ad eternum”, tinha professores especiais.
Essa classe, tão pouco valorizada, sempre foram meus ídolos no Yolanda. Desde pró Fátima’s, Dulce, Neuma, Rosa, Conceição, Edneide, Cleide e Geysa que fizeram parte do meu infantil à quarta série, até os do ensino fundamental até o meu querido, alegre e inesquecível terceiro ano.
Fredson, Paulino, Bob, Márcio, Galdino, Jacimário, Dibas, Boaventura, Cajú, Clebinho e porque não Demson e Vandré?
Jádna, Joseanne, Lucy, Andréia, Rita, Luciana, Ana Patrícia, Zeniara, Lindaura, Michelle, Evelin, Adriane e porque não Ana Beatriz? Afinal, aprendi balancear a química com ela.
Não se engane, poucos desses eu passo na rua e não dou um abraço.
Quase todos são meus exemplos e tenho uma boa história pra contar.
Seja história na sala de aula, em jogos estudantis, em reggaes, carnavais, festas fora da cidade ou até mesmo estudando, por que não?
Sei de uma coisa... foram pessoas que marcaram na minha vida. No ensino superior ainda não achei nenhum pra ter orgulho e ser um fã número um.
Na foto está nosso professor e amigo Jacimário. Além de artes e história, ele ensinava como era vida.
domingo, 6 de maio de 2012
Fabio não! Fabinho...
Era um dia de domingo qualquer, que a gente se reúne, chama um bom amigo e almoça algo diferente do santo feijão semanal.
Satisfeitos, sentaram no sofá de casa, na minha adorável Cônego Samambaia, papai e seu amigo das antigas Rogério. Conversa vai, foi e veio.
Futebol não é o forte, política não vos interessava à época, então, vamos conversar sobre desigualdade social?
Todos sentam pra conversar sobre esse batido tema, seja numa mesa de bar, num almoço em família, fóruns internacionais e salas de aula.
Muito se fala, mas pouco se resolve.
Eu sou filho d’um cidadão que sabe resolver problema, mas tem que ser dos outros, porque se for dele, ta fudido.
Algumas palmas soavem levemente no portãozinho do quintal de casa. Gi e mamãe atenderam assustadas uma mulher alta, negra, com dois meninos negros, franzinos, sujos e com fome.
- Vamos entrar! O que querem?
Se prontificou papai, sem titubear.
Acho que ele tinha que provar que era tão bom quanto o discurso inovador e corajoso da proza.
Tomaram banho de mangueira, almoçaram, brincaram, fizemos um movimento na nossa rua.
Era uma mulher que poderia vestir roupa de Gi tranquilamente, uma criança da minha idade que vestiu roupas minhas e um outro, de dois anos, no máximo.
Esse ultimo, a razão por este conto, era divertido, feliz sem ter um porque, só por existir, catarrento e danado, como toda boa criança. Tínhamos Marcelinho e Rafinha, duas crianças da mesma idade que prontamente (seus pais) doaram roupas para o sapeca Fabinho.
Mas, e agora?
Vão voltar pra rua, dormir na rua, pedir na rua, continuar a vida de cão?
Veio a ideia então das irmãs, as minhas queridas Irmãs de Calcutá. Um grupo de freiras que moram no nosso bairro e cuidam de crianças carentes, alimentando, divertindo e catequizando.
Outro problema: Fabinho poderia ficar, a idade permitia. Seu irmão e sua mãe não.
Ainda dormiram uma ou duas noites, mas os dois apresentavam problemas psicológicos, anulando qualquer chance de continuarem no ambiente.
Com muito pesar, continuaram a vida na rua, até sumirem no mundo.
Fabinho continuou na casa das irmãs e algum tempo depois surgiu um convite especial. A irmã Terezinha queria que papai e mamãe fossem os padrinhos daquele “guri”.
Marcada a data, curso de padrinhos feito, tudo certo e aprumado pra batizá-lo dia 24 de dezembro de algum ano que não me recordo.
Igreja lotada, ele um pouco assustado, mas brincando e muito feliz. Ele tava todo importante, era bom de ver.
Mamãe com ele no colo, inclinou a cabeça do boy e o Frei Raimundo disse:
- Fábio eu te batizo...
Imediatamente ele enxugou os olhos e disse:
- Fábio, não! Fabinho...
A cena foi fantástica!
A igreja caiu nas graças do menino arrancando boas risadas dos presentes.
Depois fomos pra casa, afinal, era Natal, dia especial em que o forno cheira a coisa boa, a fruteira ta arrumadinha com frutas intocáveis (coisa de pobre – não notem).
A gente brincou um monte, até que deu a hora do almoço.
Mesa posta, tudo muito bonito e gostoso.
Começamos a almoçar, fizemos o prato de Fabinho que comia devagarzinho.
- Algum problema, Fabinho? Quer mais o que? Diga ai, diga...
Lembro que eu tentei ir dando de aviãozinho, gostava mesmo dele.
Eu, ele e Jeverson (primo). Lembrei agora...na mesa só tinha nós três.
Depois de afastar o prato com as duas mãos, ele perguntou assustado:
- Aqui não tem farinha não?
Ter, tinha. Mas o almoço não pedia aquele acompanhamento.
Eu fui no armário e trouxe a farinha. Ele, dessa vez sorrindo, botou a mão dentro do farinheiro, pegou um punhado de farinha e botou na boca.
Era o retrato fiel da pobreza, da falta do que comer, do costume de tá se alimentando noite e dia d’um alimento sagrado, típico da nossa região, mas que não sustenta o cidadão.
Eu saí na hora, peguei uma uva na intocável fruteira e saí pra lavar o rosto. Era pequeno, mas sou filho de quem sou e não aguentei assistir aquela cena.
O que a gente tinha que fazer era matar a fome daquele nosso amigão, nem que fosse com farinha.
Inventamos, esquentamos feijão, um arrozinho e a tal farinha, do jeito que ele queria e adorava.
Espero, do fundo do meu coração que ele esteja bem, comendo farinha, mas com um bom feijão. Esteja vestido e calçado numa boa havaiana. Não esteja passando frio nem fome.
É isso que qualquer um lá de casa sente sempre que falamos nesse nosso anjo negro Fabinho, que um dia passou por nossas vidas.
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